31 julho 2012

Eva portuguesa - «Para ti»

Apareceste no meu mundo e na minha vida sem eu esperar... Não te fizeste anunciar, não te identificaste nem sequer mencionaste quem eras...
Dás-me a visão de um mundo para mim totalmente desconhecido, que me assusta e me atrai ao mesmo tempo...
Ofereces-me a vida e a salvação...
Desconfio, recuso, aceito.
Transformas sentimentos num negócio, não sei se para te enganares a ti ou a mim...
Poder, dinheiro e sexo - parece ser apenas este o teu mundo. E, apesar das jóias, das roupas, das viagens, do luxo, é um mundo que me atormenta pela sua (aparente) superficialidade... estranho, não é? Eu, a prostituta, a sentir que não pertence a um mundo onde o dinheiro é rei...
Mas foi o que senti na altura... poder não me interessa; sexo ainda menos; manipulações amedrontam-me e a futilidade enoja-me...
Mas tu disseste-me para não ter medo...
E, aos poucos, muito subtilmente, foste deixando cair a máscara... e disseste que sim ao meu pedido de amor... mas exigiste muito em troca, porque não podias deixar de ostentar o teu poder...
Mas eu também, muito lenta e subtilmente, fui começando a enamorar-me de ti...
O que nenhum de nós contava é que o destino não se deixa manipular... é que o poder, neste caso infelizmente, nem sempre é válido...
Lembro-me de um dia me teres dito que eu te estava destinada. Achei bonito na altura. Só agora me apercebo que ninguém manda no destino. E, infelizmente por ti e por mim, estavas enganado, meu amor...
Embarcaste numa viagem em que não te posso seguir... e é uma viagem sem retorno...
Queria despedir-me de ti, dizer-te que não estás só na hora da partida. Queria que, nem que por pouco tempo, se cumprisse o que dizias: Estás-me destinada...
Mas tu não queres um adeus... nem sequer aceitas a mão que te estendo...
E eu sofro, choro e sangro... por ti... por mim...
Mas acredita que, de alguma forma, mesmo não sabendo quem és, te mantenho comigo, no meu coração.
Acredita que viverei em sonhos a vida que não pude ter contigo.
E, se algum dia realizar o sonho de ter outro filho, irei pôr-lhe o teu nome. Porque tu foste o meu sonho inacabado... a minha esperança escondida...
E, porque amanhã iria ser o primeiro dia do resto das nossas vidas, preparei-me tal como te disse que faria: tenho o vestido e os sapatos que iria usar e, na minha agenda, tenho a página preenchida com o teu nome...
O destino pregou-nos uma rasteira mas não vou baixar os braços... Tentarei, não sei bem como, que amanhã seja o primeiro dia do resto da minha vida. E, se realmente nos estamos destinados, numa outra vida, num outro universo, iremos estar juntos...
Para ti, que jamais esquecerei...
Se não posso evitar a tua partida, então que o faças de forma feliz e serena...
E que saibas que não estás só...
Obrigada por me teres mostrado um sonho...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Cinto com uma mulher a beijar... outra

Já vos disse que tenho muito orgulho na minha colecção de arte erótica?
Este cinto, acabadinho de chegar de França, é uma criação de Camille Ungun, mede 90 cm de comprimento e a fivela, em metal, mede 22 cm. Pesa mais de 1,5 Kg.
A senhora francesa que mo vendeu teve muita pena em desfazer-se dele. Eu também teria.





30 julho 2012

«Momentos da Verdade» - AXE Get it Action

«respostas a perguntas inexistentes (206)» - bagaço amarelo

Teolinda

A Teolinda gostava secretamente de mim. Tenho a certeza. Todos os dias, sem excepção, me cruzava com ela na rua que ligava o hospital ao jardim das árvores grandes. Todos os dias, sem excepção, ela fingia que não me via e continuava o seu passo apressado a fingir que tinha para onde ir. Não tinha, e eu sabia-o. Sabia também que era por falta de coragem que ela desviava o seu olhar do meu. Às vezes sorria timidamente, outras vezes não.
Eu acordava todos os dias bastante cedo, penteava-me e fazia a barba, punha umas gotas do after-shave do meu pai e treinava um ar bem disposto no espelho do elevador. Tudo para o caso de ela ganhar coragem e decidir falar-me. Bastava que me cumprimentasse uma vez que fosse e eu dir-lhe-ia o quanto também gostava dela, mas nunca o fez. Por falta de coragem, tenho a certeza. Foi uma pena.
Ficou a chamar-se assim, Teolinda, naqueles dias em que deixou de passar por ali e eu, doente, passava os dias dum lado para o outro à espera de a encontrar. Devo ter feito aquela rua umas centenas de vezes, na esperança de passar por ela para fingir que nem a via e que ela, uma vez que fosse, não fizesse o mesmo que eu. Nunca mais aconteceu, e por isso dei-lhe o nome que sempre me pareceu ter. Teolinda.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

convivências...

Uma criança de cinco anos foi encontrada...
Raim on Facebook

Os homens são muito (con)centrados



a funda traduSão de um post de Danish Principle

Seu pedido é uma ordem (e a matemática não é uma batata)





Depois as mulheres dizem que a gente não se esforça por elas.

Capinaremos.com

29 julho 2012

Porta-Curtas - «Quando morremos à noite»

Ficção, Conteúdo Adulto
Director: Eduardo Morotó
Elenco: Junior Vieira, Roney Villela, Thaís Loureiro
Duração: 20 min Ano: 2011
Sinopse: Raúl conhece a menina mais cheia de vida que já encontrou.

Apetece-me algo


Sábado foi dia de ele me levar pelo braço Avenida abaixo como quem mostra a alegria que lhe vai na alma pela liberdade esvoaçante do meu vestido a tocar todos os olhares carentes dela. Entremeava os vivas à liberdade em que fazia coro com lindos brocados de minha linda, de docinha e até do meu nome próprio todo aconchegadinho num diminutivo que me soprava nas orelhinhas.

Suspirava fundo com a excitação de quem revive as memórias, de quando sacava aos cabrões capitalistas as suas filhas queques e boazonas para as levar ao castigo através dos ensinamentos vermelhos da cabecinha do galo de Barcelos ou do que quiserem chamar àquele pescoço de frango.

Arribados à praça lá encontrámos muitos amigos a quem ele distribuiu valentes abraços e aos quais me apresentou como a sua senhorita entre umas canecas de cerveja e uns pires de tremoços ao balcão que as mesas estavam apinhadas até ao momento que estalou uma mão marialva no meu rabo à vista de quem quis ver para me incentivar a um ala moça que está na hora de fazeres o jantar e creio que se me turvou a visão com a loiça suja na bancada da cozinha que ele não metia nunca na máquina e entre uma joelhada certeira no centro da sua grande área que até deu direito a mostrar a bandeira vermelha da minha lingerie bradei-lhe que me apetecia algo como a Revolução.


[Foto © Pedro Moreira, 2007, Red top]
Nota: Cuidado ao fazerem scroll para deslizarem pela imagem para não salpicarem os vossos monitores.

É um avião?! É um cometa?! É o Super-Homem?!...




Via Dick Art

Fonte dos desejos


Ricardo - Vida e obra de mim mesmo
(crica na imagem para abrir aumentada numa nova janela)

28 julho 2012

Homens, aprendam a fazer um batido de leite com chocolate

«conversa 1903» - bagaço amarelo

(num bar)

Ela - O que é que vais beber?
Eu - Um Bushmills sem gelo.
Ela - Ainda bem.
Eu - Porquê?
Ela - Gosto de pessoas que bebem da forma mais simples possível. Uma cerveja, um uísque sem gelo e pronto, mais nada.
Eu - Porquê?
Ela - Normalmente são pessoas mais simples e, por isso, mais fáceis de lidar.
Eu - E tu, o que é que bebes?
Ela - Um cocktail qualquer que tenha uma cor berrante. Ainda estou a pensar nisso.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»