01 agosto 2012

Invento-te




Mergulho no teu retrato
e aqui de longe,
saudosa,
beijo-te os lábios
e invento o toque da tua mão
que me mima os seios famintos
e me traz a paz
ao meu aconchego.

Tu não sabes
mas segredo-te gemidos
e deixo que me penetres
em pensamento
e em espasmos
sou néctar da tua boca,
sou alma, sou tua.

Invento-te aqui
e sou verso e teu poema.


Vera Sousa Silva
poema do livro "Bipolaridades"


«coisas que fascinam (144)» - bagaço amarelo

Passei a manhã e a tarde de ontem sozinho. Telefonei quatro vezes à Raquel, sempre com uma desculpa inventada à pressão, só para no fim da cada conversa lhe poder dizer que a Amo.
A estratégia é sempre essa: dizer que se Ama, assim como quem não quer a coisa, sempre que o coração aperta. Sei que a Raquel não se deixa enganar pelas razões que me levam a telefonar-lhe. Ainda bem. É por isso que o continuo a fazer.
Não faço a mínima ideia de quantas pessoas o fazem neste mundo. Para além de mim, talvez sejam todas ou talvez não seja uma única. Sei que é um luxo poder telefonar a alguém por uma merdice qualquer, só para depois poder dizer-lhe que se a Ama.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Chama só a cavalaria sexual se estiveres em desespero!

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Cavalaria sexual


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oglaf.com

31 julho 2012

Efeito Hipnótico




de Max Yan
via Zupi

O Webcedário tem o PRAZER de informar que hoje é...


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Antiguidade clássica 1

Eva portuguesa - «Para ti»

Apareceste no meu mundo e na minha vida sem eu esperar... Não te fizeste anunciar, não te identificaste nem sequer mencionaste quem eras...
Dás-me a visão de um mundo para mim totalmente desconhecido, que me assusta e me atrai ao mesmo tempo...
Ofereces-me a vida e a salvação...
Desconfio, recuso, aceito.
Transformas sentimentos num negócio, não sei se para te enganares a ti ou a mim...
Poder, dinheiro e sexo - parece ser apenas este o teu mundo. E, apesar das jóias, das roupas, das viagens, do luxo, é um mundo que me atormenta pela sua (aparente) superficialidade... estranho, não é? Eu, a prostituta, a sentir que não pertence a um mundo onde o dinheiro é rei...
Mas foi o que senti na altura... poder não me interessa; sexo ainda menos; manipulações amedrontam-me e a futilidade enoja-me...
Mas tu disseste-me para não ter medo...
E, aos poucos, muito subtilmente, foste deixando cair a máscara... e disseste que sim ao meu pedido de amor... mas exigiste muito em troca, porque não podias deixar de ostentar o teu poder...
Mas eu também, muito lenta e subtilmente, fui começando a enamorar-me de ti...
O que nenhum de nós contava é que o destino não se deixa manipular... é que o poder, neste caso infelizmente, nem sempre é válido...
Lembro-me de um dia me teres dito que eu te estava destinada. Achei bonito na altura. Só agora me apercebo que ninguém manda no destino. E, infelizmente por ti e por mim, estavas enganado, meu amor...
Embarcaste numa viagem em que não te posso seguir... e é uma viagem sem retorno...
Queria despedir-me de ti, dizer-te que não estás só na hora da partida. Queria que, nem que por pouco tempo, se cumprisse o que dizias: Estás-me destinada...
Mas tu não queres um adeus... nem sequer aceitas a mão que te estendo...
E eu sofro, choro e sangro... por ti... por mim...
Mas acredita que, de alguma forma, mesmo não sabendo quem és, te mantenho comigo, no meu coração.
Acredita que viverei em sonhos a vida que não pude ter contigo.
E, se algum dia realizar o sonho de ter outro filho, irei pôr-lhe o teu nome. Porque tu foste o meu sonho inacabado... a minha esperança escondida...
E, porque amanhã iria ser o primeiro dia do resto das nossas vidas, preparei-me tal como te disse que faria: tenho o vestido e os sapatos que iria usar e, na minha agenda, tenho a página preenchida com o teu nome...
O destino pregou-nos uma rasteira mas não vou baixar os braços... Tentarei, não sei bem como, que amanhã seja o primeiro dia do resto da minha vida. E, se realmente nos estamos destinados, numa outra vida, num outro universo, iremos estar juntos...
Para ti, que jamais esquecerei...
Se não posso evitar a tua partida, então que o faças de forma feliz e serena...
E que saibas que não estás só...
Obrigada por me teres mostrado um sonho...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Cinto com uma mulher a beijar... outra

Já vos disse que tenho muito orgulho na minha colecção de arte erótica?
Este cinto, acabadinho de chegar de França, é uma criação de Camille Ungun, mede 90 cm de comprimento e a fivela, em metal, mede 22 cm. Pesa mais de 1,5 Kg.
A senhora francesa que mo vendeu teve muita pena em desfazer-se dele. Eu também teria.





30 julho 2012

«Momentos da Verdade» - AXE Get it Action

«respostas a perguntas inexistentes (206)» - bagaço amarelo

Teolinda

A Teolinda gostava secretamente de mim. Tenho a certeza. Todos os dias, sem excepção, me cruzava com ela na rua que ligava o hospital ao jardim das árvores grandes. Todos os dias, sem excepção, ela fingia que não me via e continuava o seu passo apressado a fingir que tinha para onde ir. Não tinha, e eu sabia-o. Sabia também que era por falta de coragem que ela desviava o seu olhar do meu. Às vezes sorria timidamente, outras vezes não.
Eu acordava todos os dias bastante cedo, penteava-me e fazia a barba, punha umas gotas do after-shave do meu pai e treinava um ar bem disposto no espelho do elevador. Tudo para o caso de ela ganhar coragem e decidir falar-me. Bastava que me cumprimentasse uma vez que fosse e eu dir-lhe-ia o quanto também gostava dela, mas nunca o fez. Por falta de coragem, tenho a certeza. Foi uma pena.
Ficou a chamar-se assim, Teolinda, naqueles dias em que deixou de passar por ali e eu, doente, passava os dias dum lado para o outro à espera de a encontrar. Devo ter feito aquela rua umas centenas de vezes, na esperança de passar por ela para fingir que nem a via e que ela, uma vez que fosse, não fizesse o mesmo que eu. Nunca mais aconteceu, e por isso dei-lhe o nome que sempre me pareceu ter. Teolinda.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

convivências...

Uma criança de cinco anos foi encontrada...
Raim on Facebook

Os homens são muito (con)centrados



a funda traduSão de um post de Danish Principle