06 agosto 2012

Amor na selva




Peço a todos os elefantes que estão lendo esta tira respondam também nos comentários

Capinaremos.com

05 agosto 2012

"Dormiste bem, Mari Graciolli?"


Bom dia, Mari Graciolli from Papo de Homem on Vimeo.

Em caracolafilia



Não o posso esmifrar no meio do grupo que ainda tenho um niquito de sentido das conveniências e não vou pular por cima das travessas de caracóis e com risco de derrubar as muitas canecas expostas para lhe saltar para o colo e aterrar as minhas nádegas nas suas coxas, umbigo contra umbigo, para lhe chupar aqueles lábios húmidos como se faz ao molho nas cascas e me apetece, mas torno óbvio que ando a catrapiscá-lo.

Acendo-lhe o cigarro e faço concha nas suas mãos. Com a cumplicidade espetada no sorriso chego-lhe mais um alfinete para que nada lhe falte para poder picar. Antecipo-me a pedir mais cerveja incluindo-o logo com a justificação de que importa ter a língua molhada e até lhe empurro o molho picante para o caso de querer dar um ar exótico ao petisco.

O molho que me delicia é descobrir nele alguém a quem os anos não embaciaram o brilho maroto de quem em criança partia pratos com pressão de ar ou encardia os calções a rolar pela terra. E tal como os garotos se pelam por isso, alegra-se no convívio com os amigos acreditando que o melhor que de si pode dar aos outros são as suas ideias e o seu carinho. E até os seus caracóis rebeldes são afinidade que me transporta a um tempo em que uns azulejos azuis setecentistas nas paredes e um piano na sala davam o cenário de conto de fadas ao mundo em que me sentia uma princesa.

Se recordar é viver também só sentimos falta daquilo que conhecemos pelo que se ele volta a passar o polegar pelo canto dos meus lábios para limpar a espuma, faço dele prato principal.

Churros do conhecimento



Ricardo - Vida e obra de mim mesmo
(crica na imagem para abrir aumentada numa nova janela)

03 agosto 2012

Coelhinhas da Playboy



HenriCartoon

Luís Gaspar lê «Tocar-me te» de Alzira Guedes

"dedos devorando pressa e tempo

urgência desejo, arfar, corrida
negação da paz esta guerra
fúria que exige ser combatida.
fechar os olhos ter-te onde o desejo queima mais perto
fonte generosa, drink indigesto
testa em brasa, beber-te
toco o orgasmo e esgoto o cio
apalpo o meu seio, ardente de frio
invento beijos, flagelo hemisférios
provoco-me, então, o doce arrepio
vibramos os dois, em camas diferentes,
no vazio do nosso leito

combato alguns dos teus medos, ainda sinto o teu coração correr
qual cavalo, no meu peito entre o lençol de algodão

e agora já calmos, os teus nos meus dedos.
masturbação."
Alzira Guedes

Ouçam este poema na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Fruta 95 - Gado registado

... Era uma vez...





Meninas WTF

02 agosto 2012

Como se saboreia a banana


blog A Pérola

«Bokespeare» - Patife

Hoje logo pela manhã encontrei uma paixão proibida de um tempo passado. Ela era de uma nobre família fortemente católica e na altura só a queriam ver a ser cortejada de forma séria por alguém que fosse à igreja todos os domingos. E eu era apenas um maltrapilho ateu com um grande nabo. Dado o reencontro e a impossibilidade da paixão antiga, foi inevitável lembrar-me de Shakespeare. Por isso sentei-me numa esplanada do Chiado a comer um croissant enquanto pensava que se o Bocage e o William Shakespeare fossem um só, podiam ter criado autênticas tragédias porco-românticas capazes de elevar a dramaturgia para patamares incalculáveis. E se o Bocage e o William Shakespeare fossem um só, teriam certamente criado coisinhas dramáticas lindas assim:

Um fodão na casa dos Capuletos

Se minha mão profana seu relicário,       ROMEU (a Julieta)
em remissão aceito o que serei,
mas o meu falo é peregrino e solitário,
e com ele pinar-te-ei.

Ofendeis vossa mão, bom peregrino,      JULIETA
que se mostrou afoita e ardente.
Com a mão já tenho grande ensino
Na vulva quero o teu beijo quente

Os devotos não te deixam louca?           ROMEU
Não, só servem para outras orações.     JULIETA
Deixai, então, ó santa! que esta boca     ROMEU
te deixe a cona aos trambolhões.

Aos saltos, a chona exalta o suco.          JULIETA
Então põe a greta a jeito, pois                ROMEU
o meu nabo já está maluco.


Patife
Blog «fode, fode, patife»