«Bokespeare» - Patife
Hoje logo pela manhã encontrei uma paixão proibida de um tempo passado. Ela era de uma nobre família fortemente católica e na altura só a queriam ver a ser cortejada de forma séria por alguém que fosse à igreja todos os domingos. E eu era apenas um maltrapilho ateu com um grande nabo. Dado o reencontro e a impossibilidade da paixão antiga, foi inevitável lembrar-me de Shakespeare. Por isso sentei-me numa esplanada do Chiado a comer um croissant enquanto pensava que se o Bocage e o William Shakespeare fossem um só, podiam ter criado autênticas tragédias porco-românticas capazes de elevar a dramaturgia para patamares incalculáveis. E se o Bocage e o William Shakespeare fossem um só, teriam certamente criado coisinhas dramáticas lindas assim:
Um fodão na casa dos Capuletos
Se minha mão profana seu relicário, ROMEU (a Julieta)
em remissão aceito o que serei,
mas o meu falo é peregrino e solitário,
e com ele pinar-te-ei.
Ofendeis vossa mão, bom peregrino, JULIETA
que se mostrou afoita e ardente.
Com a mão já tenho grande ensino
Na vulva quero o teu beijo quente
Os devotos não te deixam louca? ROMEU
Não, só servem para outras orações. JULIETA
Deixai, então, ó santa! que esta boca ROMEU
te deixe a cona aos trambolhões.
Aos saltos, a chona exalta o suco. JULIETA
Então põe a greta a jeito, pois ROMEU
o meu nabo já está maluco.
Patife
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