17 outubro 2012

Pratique esporte


"Queria comer-te, mas subiste o IVA"

Frase do cortejo da Latada, ontem em Coimbra.

«coisas que fascinam (150)» - bagaço amarelo

menino

Tenho ido almoçar a um restaurante onde a dona me trata por menino. Não me lembro da última vez que me chamaram menino da maneira que ela o faz, mas isso chegou para ter ficado cliente assíduo logo na primeira vez que lá fui. A cozinheira saiu da copa com um prato de sopa fumegante e perguntou alto para quem era. "É para aquele menino!", disse a dona. Eu sorri. É que vou fazer em breve quarenta e um anos.
Uma vez, em criança, recusei-me a comer um prato de sopa assim, também fumegante. Pior, recusei-me a almoçar. Não tinha fome. A minha tia disse-me que eu estava com cara de menino apaixonado e que era por isso que não queria comer. "Já está um menino!", concluiu ela olhando para o meu tio, que acenava com a cabeça concordando. Na altura não percebi como é que ela adivinhou uma das minhas primeiras paixões, mas liguei imediatamente as palavras "menino" e "apaixonado". Pelos vistos era preciso ser a primeira para sentir a segunda.
Não me sinto velho. Na verdade sinto-me mais novo do que velho, embora não seja nem uma coisa nem outra. O que eu sei é que estou continuamente apaixonado há três anos e meio, mais coisa menos coisa, e para ser franco acho que isso nunca me tinha acontecido na vida. Deve ser da idade, lá está. Pelo menos é o que penso de vez em quando. Talvez finalmente tenha aprendido a Amar. Ou então foi sorte, sei lá.
Já estive apaixonado na vida durante mais de três anos e meio, claro, mas nunca assim desta maneira: ininterruptamente. Admito que isto às vezes me dá medo, mas o que me dá mais vezes, quase sempre, é o oposto. Uma coragem qualquer que não sei explicar bem. Pela primeira vez na vida sinto-me, de facto, menino outra vez.
Quando era novo, menino mesmo, fartei-me de ouvir incentivos para me tornar homem. "Faz-te um homem", "Vê lá se cresces e arranjas uma mulher!" ou "Estás um homem feito!". Cheguei a pensar que ser menino é ser inconsistente, que é um limbo entre a criancice e a vida a sério. Aquela em que, lá está, arranjamos uma mulher para a vida. Depois cheguei à vida a sério e apeteceu-me ser menino outra vez. É que é uma desilusão descobrir que o Amor pode morrer devagar.
Tem piada, agora que penso nisso acho que foi a maior desilusão que tive na vida, essa de acordar de manhã e descobrir que o Amor morreu. Tive que estar agora mais de três anos ininterruptamente apaixonado para o voltar a ser. Menino, digo. Menino!


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

A censura é fodida!

Isto já foi na semana passada mas fica para memória futura.
Já tive uma conta no Facebook que foi eliminada. Depois, criei lá uma página minha, identificada com conteúdo para adultos e com acesso reservado a maiores de 18 anos. As 418 pessoas que "gostam" da página só lá estão porque... gostam! Então, que caralho tem a gerência do Facebook a ver com o que a malta lá publica?


Deve ter sido por não gostarem de amarelo...

Os homens não têm sentido romântico

Crica para veres toda a história
Contacto visual


1 página

oglaf.com

16 outubro 2012

A «Love Me More» tem agora uma deliciosa página internet

De Lagos para o mundo, as ideias sensuais da «Love Me More» estão agora disponíveis na nova página internet.
A Joyce Craveiro
pode orgulhar-se do resultado. E explica ela própria:
"A minha exótica mistura leva as pessoas a perguntarem-me frequentemente - “De onde és?”, pergunta para a qual não tenho uma resposta simples.
Nascida em Moçambique, criada em Portugal mas educada nos E.U.A., é natural que me sinta como sendo um pouco de cada um desses lugares, e às vezes, de nenhum.
A Love Me More nasceu há muitos anos no meu imaginário mas começou a tomar forma pouco depois da crise financeira se começar a instalar em Portugal e eu ter perdido o emprego. (...) Foi da necessidade de criar algo diferente que resolvi embarcar neste projecto.
A ideia, desde o início, foi a de abrir um espaço glamoroso dedicado à sexualidade e sensualidade; um espaço que inspirasse as pessoas e que as fizesse sentir sedutoras e sexy.
Abri assim a primeira Love Me More num espaço magnífico no Centro Histórico de Lagos. “Love Me More” é um “Ama-me mais”, que tanto pode ser um pedido feito a outrem como um relembrar da importância de nos amarmos a nós próprios.
Com a Love Me More comecei a promover eventos como encontros para solteiros, workshops a que chamei de “Ero-Lúdicas”, durante as quais falo de sexo, emoções e ligações amorosas, de auto-estima, e apresento um leque colorido dos produtos que vendo.
Apercebi-me também que as pessoas se viravam para mim para pedir conselhos ou simplesmente desabafar, e foi assim que nasceram as secções “Apaixonados Anónimos” e “Desabafos de Amor” do site - para quem quiser partilhar, desabafar e, quiçá, aprender algo com as situações e opiniões dos outros.
Quando consegui finalmente reunir a equipe e o dinheiro para ter um website como queria, comecei a aperceber-me que Lagos é uma cidade demasiado pequena para um projecto que eu quero ambicioso: a Love Me More já se tinha mudado para um espaço mais visível no Centro Histórico de Lagos e, apesar de receber diariamente elogios acerca do projecto, continuava também a ouvir de pessoas que tinham vergonha de entrar na loja. Foi então que tomei a dolorosa decisão de fechar a loja para me dedicar ao website e à divulgação da Love Me More através de eventos.
Creio que a Love Me More ficará para sempre como uma memória positiva para todos aqueles que alguma vez lá entraram e o novo website abrirá a possibilidade a um maior número de pessoas de conhecer e usufruir dos produtos, dicas e do espírito da mesma Love Me More.
Ame-se mais!
Joyce Craveiro"

A página de entrada (do site que está também disponível em inglês):


Na página da cultura (literatura), há ali um livro cujos autores me são familiares...

«Dança-me» - Susana Duarte

dança-me na ponta dos teus dedos
e desabita-me dos meus fantasmas

sussurra-me os segredos das casas brancas

e habita-me na noite de todos os segredos

dança-me. dança-me na ponta dos teus dedos
e remove-me a seda dos olhos e dos medos

habita-me nas zonas escuras das mãos

e leva-me ao sol dos dias e à rosa-chá da emoção

habita-me na noite de todos os segredos

e desabita-me

de mim

e do esquisso dos meus medos

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Manifestantes despidas de preconceitos

Para ontem, a Meteorologia dava forte arrefecimento nocturno. Mas formou-se um micro-clima lá para os lados de S. Bento.

"Manifestantes despem-se em frente à Assembleia da República para protestar contra a austeridade e o Orçamento do Estado"
RTP notícias (com video)

"(...) quatro manifestantes despiram-se em frente da Assembleia da República (...)"
JN

"Portugueses protestam sem roupa diante do parlamento nacional, nesta segunda-feira (15), em Lisboa. Os planos de austeridade do governo tem aprofundado a crise no país, gerando descontentamento em grande parte da população"
UOL Notícias (imagem 74)

"Protestantes cercam Assembleia e até se despem contra austeridade"
Correio da Manhã (que fez disso a primeira página)

"Cerco ao Parlamento termina de forma violenta - Polícia carregou sobre manifestantes depois de terem sido lançados pedras e outros objetos"
TVI24 (com video)

"Houve alguns incidentes e duas mulheres e dois homens chegaram a retirar a roupa como forma de protesto."
Diário Digital

"Esta noite tivemos uma originalidade, a senhora da fotografia decidiu despir-se de preconceitos e manifestar-se da forma que podemos ver... será que andava por ali o mesmo policia que se deixou abraçar pela menina da outra vez? E será que esta também vai fazer uma produção fotográfica para uma revista cor de rosa qualquer?... Por certo, a da outra vez apesar de estar mais vestida, era bem mais gira.
Agora a sério, qual é que era mesmo o objectivo dela?"
Jorge Soares (blog «O que é o jantar?»)






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Eva portuguesa - «O sexo e o vinho»

Ontem, sozinha no aconchego da minha casa, depois de um dia infrutífero de (não) trabalho, pensei cá para comigo que bem merecia relaxar e mimar-me depois de 13 horas no apartamento sem atender ninguém!... Liguei uma luz suave, pus a tocar a Luz Casal, comecei a encher a banheira para um reconfortante banho de imersão e nisto recordo-me que tinha sobrado um pouco do excelente vinho tinto que me tinham oferecido no Sábado para bebermos num jantar com amigos que fiz lá em casa.
Enchi um copo e deitei-me na espuma quente que me mimou o corpo, saboreando aquele momento de profundo não pensar, aquela voz divina e triste e aquele vinho do nosso maravilhoso Alentejo.
E deixei a minha mente divagar ao sabor das sensações que me íam invadindo e dos sentidos que elas despertavam... E concluí que o sexo é muito semelhante ao vinho!...
(Eu sei, as coisas que me passam pela cabeça depois de um dia frustante!...)
O sexo pode ser como um vinho tinto carrascão: é mau, sem qualidade, mas na falta de melhor bebemo-lo à mesma. E tentamos que passe o mais rápido possível. Logo a seguir pedimos um café para tirar aquele sabor amargo da boca....
Pode ser como um vinho rosé: tão leve que nem nos apercebemos o que é nem sentimos nenhum sabor que fique...
Pode identificar-se com um bom vinho branco: refresca, alivia, sacia, é aromático e não pesa... É leve e com uma sensação de leveza nos deixa..
Ou pode ser como um bom vinho tinto (como aquele que estava a saborear): primeiro apetece cheirar, sentir o seu aroma para tentar identificar de onde vem a sua pureza. Depois apetece ir apenas molhando os lábios, muito lentamente, quase com receio de perdermos a sua composição nas nossas papilas gustativas, muitas vezes pouco refinadas... A seguir, quase sofregamente mas ao mesmo tempo com moderação, deixamo-lo entrar na nossa boca, sentindo a sua rude suavidade no nosso palato, deixando que nos escorregue pela garganta, deixando um rasto ligeiramente picante mas também adocicado...
Por último, deixamo-lo enrolar-se na nossa língua, impregnando-nos com o seu sabor, deixando que o saboreemos em toda a sua plenitude, sentindo a sua essência e deixando que aqueça a nossa alma...
E, mesmo depois do último golo, nada mais pomos na boca, para continuarmos a sentir aquele sabor, aquele prazer orgásmico, mesmo depois deste já se ter ido...
Realmente,o sexo bem pode ser comparado a um copo de vinho...
E, de todos, é comprensível por que nada para mim substitui um bom vinho tinto... ;)


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

A posta na coragem propriamente dita



A coragem publica-se.

Pin-Upchka - matrioshka francesa dos anos 60

Nem mesmo o facto de lhe faltar a peça mais pequena lhe tira charme.
A partir de agora, junta-se à matrioshka sado-masoquista na minha colecção.



15 outubro 2012

A poluição obscena, um pleonasmo


No Rio de Janeiro, os novos bairros da classe média, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, 200 imóveis lançam esgoto pelas belas lagoas da região. 200 é o que informa a CEDAE, mas, vivendo aqui há 25 anos, não me parece ser uma conta real.
A descaracterização da natureza a favor da especulação imobiliária, que resulta no aumento do valor dos imóveis, no desmatamento e no fim do habitat natural de muitos animais, como a poluição dessas lagoas, são uma das maiores obscenidades do ser humano.
Fonte: O Globo
Obscenatório