Hoje sonhei contigo. Não se foi um sonho, uma ilusão, uma visão ou a antecipação de uma realidade quase demasiado boa para ser verdadeira... Mas, sabes, muitas vezes dou comigo a sonhar acordada, a imaginar a minha vida de outra maneira, a ver os meus sonhos serem cumpridos....
Mas hoje foi contigo....
Chegavas, abraçavas-me bem forte, deixando-me sentir a segurança e o calor que o teu corpo me transmitia... e ali, aninhada nos teus braços, sentia algo que há muito não sinto... como se o mundo pudesse desabar, que tu não deixarias que nada de mal me acontecesse, nem que nada nos separasse...
Olhavas dentro dos meus olhos, tentando chegar às profundezas da minha alma; e nessa partilha de uma intimidade única, verdadeira e cúmplice, dizias que me amavas, que eras o princípe que eu há tanto esperava e que o único receio que eu tinha que ter era o de ser demasiado feliz...
Tentando fugir a mais uma desilusão, perguntei-te: porquê eu? E como podes tu amar uma mulher que faz o que eu faço? Tu sorriste e beijaste-me na testa, perguntando-me como seria possível não me amares... E nesse momento entreguei-te o meu coração, o meu ser, a minha vida, a minha felicidade, o meu destino. O beijo que trocámos foi também uma entrega de almas... foi uma promessa de felicidade,o início de um compromisso e de uma vida nova.
E amei-te... amei-te como não amava alguém há muito tempo... como já me esquecera de o fazer. Decorei o teu cheiro, o teu sabor, o teu toque... e rezei... rezei para que aquele momento durasse para sempre... rezei para que fosse real este meu sonho... rezei para que tu existisses, assim, tal e qual como te vi e senti... e que fossem puras e honestas as tuas palavras e os teus sentimentos...
Imaginei o anel no meu dedo, que me daria a certeza que partilharias a tua vida comigo... e que eu faria parte integral e inequivocamente de ti, da tua vida, do teu presente e do teu futuro...
Ainda não sei se existes realmente... ainda não estou segura de seres real... mas espero... por ti... por nós... porque hoje sonhei contigo.
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
13 novembro 2012
A mecânica da coisa
Um gajo deve preocupar-se quando lhe falam de lubrificação e a primeira coisa que lhe ocorre é ter que marcar a revisão do carro.
«Menina Jesus» de Ana Bossa (Estremoz)
«Presépio» em barro sobre novelo de lã.
Comprei-o numa loja de artesanato de Guimarães, para a série da minha colecção «objectos que supostamente não seriam eróticos».
Comprei-o numa loja de artesanato de Guimarães, para a série da minha colecção «objectos que supostamente não seriam eróticos».
12 novembro 2012
«conversa 1926» - bagaço amarelo
Ela - Já viste o rabo daquela gaja lá fora?
Eu (olhando) - É grande...
Ela - Grande?! É enorme.
Eu - E porque é que estás com uma cara tão feliz de repente? É por veres uma mulher com o rabo grande?
Ela - Não, não... nem sei bem porque é...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
11 novembro 2012
Anúncio também é vetado no Reino Unido
No Reino Unido, um anúncio com atores nus foi vetado. Mas o motivo foi outro.
A propaganda criou uma repercussão no país. Algumas pessoas questionaram a nudez aparecendo na TV, alegando que era inadequado e que crianças poderiam assistir. Palhaçada! Mas não foi este o motivo que levou o órgão que regula a publicidade no país a banir a veiculação do anúncio. O vídeo traz várias pessoas nuas em um campo e um rapaz canta e come um sanduíche de presunto Richmond, que diz ser o único 100% natural produzido no Reino Unido. Aí é que vieram as reclamações de outros produtores de presunto, que afirmaram também produzir presuntos 100% natural.
E aí, é obsceno pra você?
Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/
A propaganda criou uma repercussão no país. Algumas pessoas questionaram a nudez aparecendo na TV, alegando que era inadequado e que crianças poderiam assistir. Palhaçada! Mas não foi este o motivo que levou o órgão que regula a publicidade no país a banir a veiculação do anúncio. O vídeo traz várias pessoas nuas em um campo e um rapaz canta e come um sanduíche de presunto Richmond, que diz ser o único 100% natural produzido no Reino Unido. Aí é que vieram as reclamações de outros produtores de presunto, que afirmaram também produzir presuntos 100% natural.
E aí, é obsceno pra você?
Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/
Arranca-corações
Entrei ordenamente no comboio em minúsculos passinhos arrastados qual bombom no tapete rolante da fábrica até à embalagem final. Acomodei-me num lugar vago e puxei do relaxante diário Outono em Pequim até descortinar por trás das minhas páginas brancas a capa azul com manchas vermelhas d'Espuma dos Dias nas mãos enormes de um Gérard Depardieu mas em bonito.
Talvez fosse a oportunidade para trocar umas impressões sobre a mulher na montra a ser escovada nos seios ou a sensual Cobre de opulentas carnes escuras a contrastar com a cabeleira ruiva que espalhava prazer no deserto dos homens.
O seu sorriso irónico pespegado na minha capa revelava que tinha feito a mesma descoberta dos livros irmãos se atraírem como imãs. E sacou de um bloquinho argolado que provava não ser ele publicitário por não usar Moleskine e vá de rabiscar cinco linhas.
Guardei na memória o rascunho da interrogação se os blogueres ou bloguistas são um quarto sexo que comunica com os espaços em branco e reage apenas às vibrações sentidas quando a sob sua mão sente uma protuberância que obriga a afastar o dedo indicador do médio até ao estertor do publicado.
Talvez fosse a oportunidade para trocar umas impressões sobre a mulher na montra a ser escovada nos seios ou a sensual Cobre de opulentas carnes escuras a contrastar com a cabeleira ruiva que espalhava prazer no deserto dos homens.
O seu sorriso irónico pespegado na minha capa revelava que tinha feito a mesma descoberta dos livros irmãos se atraírem como imãs. E sacou de um bloquinho argolado que provava não ser ele publicitário por não usar Moleskine e vá de rabiscar cinco linhas.
Guardei na memória o rascunho da interrogação se os blogueres ou bloguistas são um quarto sexo que comunica com os espaços em branco e reage apenas às vibrações sentidas quando a sob sua mão sente uma protuberância que obriga a afastar o dedo indicador do médio até ao estertor do publicado.
10 novembro 2012
«pensamentos catatónicos (277)» - bagaço amarelo
Os objectos são todos estúpidos. A maior parte das vezes não nos apercebemos dessa estupidez latente em tudo o que nos rodeia e não vive, e quando nos apercebemos é demasiado tarde. É o Amor, ou a falta dele, ou a confusão nele, que nos faz sentir a estupidez dos objectos.
O problema é que nós sentimos sempre alguma coisa pelos objectos, nem que seja desprezo, e os objectos nunca sentem nada por nós. Este desequilíbrio da vida começa logo quando ainda somos crianças e decidimos dormir com um objecto qualquer. Adoptamos um urso de peluche, por exemplo, e fazemos tudo por ele durante anos a fio. Aguentamos firmes uma infância inteira, sempre leais, e quando finalmente os nossos pais, já preocupados com a nossa criancice aguda, nos separam à força, somos sempre nós que choramos. Nunca ele.
Hoje sentei-me no estúpido do meu sofá, por exemplo, com as mãos na cabeça e preocupado com a minha vida. Depois levantei os olhos e estavam todos na mesma, os objectos. A minha caixinha de música à espera que lhe desse corda, o televisor desligado e os sapatos amontoados a um canto da sala.
Os objectos fazem-nos perceber a nossa própria insignificância. Estão sempre na mesma, demonstrando que o mundo existe para além de nós, do que sentimos e de quem Amamos ou odiamos. A maior parte das vezes não nos damos conta disso, e quando damos é demasiado tarde. Para nós, não para os objectos.
Acho que é daí que vem a expressão mulher-objecto. Acabei de a ouvir, vinda amargurada da boca dum amigo meu. Dizia ele, enquanto virava as páginas duma revista qualquer com mulheres bonitas, que detesta mulheres-objecto. Eu percebo-o. Mulheres-objecto são aquelas por quem sentimos alguma coisa mas que se estão nas tintas para nós. São objectos, só porque nos fazem perceber a nossa própria estupidez e insignificância.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
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