07 dezembro 2012

18:34

– Provavelmente já não te direi mais nada. – Gonçalo desapoiou o queixo da mão direita, passou os dedos em volta da boca e continuou: – Não sei o que mais te podia dizer. – Fez uma nova pausa e concluiu: – Não sei o que te dizer, Inês, não sei mesmo.

Gonçalo respirou fundo e engoliu em seco, sentia uma tristeza que lhe pesava fisicamente. Olhou em volta sem ver nada, sem a ver, atento só aos primeiros acordes da música lenta e desconsolada que parecia envolver todo o espaço. “Codex”, reconheceu. Não os podia ouvir muito tempo, sabia disso. Por exemplo, adorava “Kid A” mas quando chegava ao fim ficava normalmente num estado lastimoso, como se o mundo não tivesse solução nem a vida qualquer sentido. Ouviu os mais de quatro minutos da música em silêncio e sem se mexer.
– Eu sei que fiz tudo mal, Inês – Gonçalo recomeçou a falar num fio de voz mas como se não se tivesse chegado a calar. – Devia ter insistido. Devia ter-te dito que te queria. Eu queria-te, Inês. – Gostava de ouvir o nome dela. Precisava de dizer o nome dela. – Eu quero-te, Inês. A ausência de nomes nas conversas, magoavam-no. Percebia que as pessoas não fizessem por mal. Sabia que ele próprio era capaz de falar horas sem dizer um nome mas sabia, sabia tão bem, que, no fim, lhe ia custar perceber que não nomeara com quem falava. Que falara com aquela pessoa como se falasse com outra pessoa qualquer. – Provavelmente… – riu. – Provavelmente… – repetiu em tom sarcástico, acenando com a cabeça, censurando-se. – Quem eu é que eu quero enganar com estes provavelmentes? As coisas são o que são e os provavelmentes são pontos de fuga que arranjamos para não assumir todas as culpas. Todas as responsabilidades. A probabilidade de uma coisa não ser o que nós fizemos que ela fosse não é da nossa responsabilidade. Se, contra todas as probabilidades, um acto ou um conjunto de actos não tem o fim que devia mas sim um melhor do que o esperado, isso não se deve a quem os praticou, pelo contrário, aconteceu apesar da nossa culpa. – Gonçalo calou-se e concentrou-se na música mas não a reconheceu. Não lhe sabia o nome. Ainda eram os Radiohead e estavam a fazer-lhe mal. Isso sabia. Começou outra música. – Provavelmente – riu-se da repetição da palavra que, no entanto, julgava ser acertada nesta frase. – Provavelmente, esta não é a melhor banda sonora, Inês. – Levantou os olhos e viu-lhe a face inexpressiva e inescrutável. Fez uma careta para si próprio e, então, suspirou, sem querer mas sem o conseguir conter. – Desculpa – murmurou, sentindo o suspiro como uma falha. Levantou-se da cadeira e foi até ao leitor de mp3 que alimentava as colunas de onde saía a música. “Give up the ghost”, leu e sorriu. Tornou a ler e o sorriso abriu-se mais. Virou-se para ela. – Acho que ias achar piada a esta – disse. – À situação – riu. – É um bocadinho macabro e demasiado negro mas give up the ghost é, dirias tu se não estivesses aí, se não fosses tu o ghost, a banda sonora ideal para animar as visitas.
Gonçalo aproximou-se da cama onde jazia o corpo de Inês, tocou-lhe na mão, que o surpreendia sempre pelo calor que emanava e pela maciez, beijou-a levemente no rosto e despediu-se. – Até amanhã, Inês.
 – Ah! – Gonçalo encostou a porta que já abrira para sair. – Hoje vou pedir ao teu irmão que acrescente os Smiths ao mp3. – Riu como se risse com ela. – Claro, Inês, o que é que havia de ser? E saiu a trautear: – "Girlfriend in a coma, i know, i know, it's serious."

Casais pagam 150 libras a hora para consultor sexual


Fonte: The Sun

Em Nova York, casais frustados sexualmente contratam o terapeuta do sexo Eric Amaranth por £150 a hora para que ele possa vê-los transando. Ele observa as técnicas do casal e oferece dicas e orientações para ajudá-los na vida amorosa.

A atriz Aniela McGuinness e seu marido Jordan procuraram pelos serviços de Eric. O terapeuta assistiu à transa do casal sentado em uma cadeira, no canto de um quarto de hotel, enquanto ele oferecia diversos brinquedos eróticos e passava instruções.

Se os casais com problemas sexuais pagarem tão bem aqui no Brasil essa será a minha nova profissão.

Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/

Menino pobre



Sigo-te menino errante de cara escura...
A noite lava-te a alma com as estrelas e a lua,
expurga-te da fome e do frio,
enquanto te aconchega debaixo do seu manto
feito de sonhos entrelaçados em fitas de arco-íris!

O dia estala-te no rosto magro e anémico
mas nem o sol intenso de Verão devolve o bronzeado de outrora,
quando corrias de pé descalço à beira-mar,
saltando a espuma das ondas e pontapeando a água salgada...
Tinhas o mundo pela frente e a esperança dava-te asas:
parecias uma ave de rapina, astuta e determinada!
Mas roubaram-te esse dom que te guiava
quando caíste na armadilha da idade adulta
e percebeste que afinal não somos todos iguais...

Nasceste pobre e serás sempre pobre!

Lua Cósmica
http://luacosmica.blogspot.pt/

As fantasias e os fetiches mais bizarros do mundo



Via Sweetlicious

06 dezembro 2012

bad santa


Raim on Facebook

Decameron: O Frade e a Regra

Um frade viu uma jovem lindíssima, filha, talvez , de algum dos lavradores da região . A jovem apanhava algumas ervas nos campos. Assim que o frade a viu, sentiu-se acometido pelo interesse carnal . Por esta razão, acercou-se mais da jovem e travou conversa com ela. E tanto saltou de uma palavra a outra, que terminou por firmar um acordo com ela . Por esse acordo firmado, levou-a à sua cela , sem que ninguém o percebesse. Instigado por um desejo excessivo, brincou com ela , e de um modo menos cauteloso do que seria conveniente .

Sucedeu que o abade do mosteiro, deixando a sua cama , onde dormira, e passando, sem fazer ruído , em frente à cela do tal frade, escutou o barulho que ele e a moça faziam. Para identificar mais precisamente as vozes o abade aproximou-se da porta da cela. Notou sem nenhuma dúvida, que havia uma mulher lá dentro. Sentiu-se tentado a ordenar que se abrisse a porta. Entretanto, pouco depois, julgou que seria mais conveniente agir de outro modo, em semelhante caso. Retornou ao seu quarto e aguardou que o frade deixasse a cela.

Apesar de ocupado com a jovem, e ainda que gozasse de enorme prazer, o frade não deixou de desconfiar de algo; a certa altura , tivera a impressão de ouvir um arrastar de pés , pela ala dos quartos de dormir. Por essa razão, olhou através do pequeno orifício e viu que o abade ali estava à escuta. Entendeu, perfeitamente, que o abade devia saber que a jovem estava na sua companhia. Reconhecendo que, por essa razão, seria punido com grave castigo, mostrou-se profundamente aborrecido . Contudo, sem deixar que a moça percebesse a sua contrariedade, buscou na sua mente algo que o auxiliasse a escapulir daquela enrascada. Finalmente, ocorreu-lhe uma artimanha, que calhava bem a esse fim. Então, fingindo já ter ficado o suficiente em companhia da jovem, disse-lhe:

– Quero achar uma maneira de sairdes daqui de dentro sem que vos vejam; assim sendo, ficai aqui mesmo, calmamente, até que eu regresse.

Deixou a cela e trancou a porta com a chave. Encaminhou-se diretamente para a cela do abade, dando-lhe a chave, conforme a tradição, quando se ausentava do mosteiro. Disse, então, com expressão tranquila e amiga:

– Senhor abade, não pude, esta manhã, ordenar que trouxessem ao mosteiro toda a lenha que pude arranjar; por esta razão, com sua permissão, desejo ir ao bosque, para mandar que a tragam.

O abade, desejando informar-se por completo em relação à falta praticada pelo frade, ficou satisfeito com o seu modo de agir. Recebeu a chave e deu ao frade permissão para ir ao bosque. Ficou convencido, como se percebe, de que o frade nada sabia do facto de ele, abade , ter ficado à escuta da porta de sua própria cela .

Bastou o frade retirar-se, o abade procurou resolver o que seria mais certo fazer, primeiramente: abrir-lhe a cela, na presença de todos os frades do mosteiro, para que ninguém pudesse apresentar razões de queixa contra ele, no momento em que pela sua autoridade castigasse o frade pecador, ou escutar, primeiro, da jovem mesma, a sós, como se passara o caso. Cogitando, entretanto, que a jovem pudesse ser esposa ou filha de algum homem que ele não gostaria de fazer passar por essa vergonha, decidiu que o melhor seria tratar, primeiramente, de saber quem era aquela moça para depois resolver o que faria.

Silenciosamente, dirigiu-se para a cela do frade; abriu a porta; entrou e fechou-a por dentro, naturalmente. Vendo entrar o abade, a moça ficou desconcertada. Cheia de vergonha e de medo, pôs-se a chorar. O senhor abade olhou-a por muito tempo ; vendo-a tão bela e sensual , sentiu inesperadamente , ainda que um tanto idoso , os apelos da carne . Eram apelos não menos ardentes do que aqueles que sentiram o jovem frade. E a si mesmo começou a dizer:

– Enfim, que razão há para que eu deixe de desfrutar um prazer, quando posso desfrutá-lo, se, por outro lado , os aborrecimentos e os tédios estão sempre preparados para que eu os prove, queira ou não? Aí está uma bela moça, sem que nenhuma pessoa, no mundo, saiba disso. Se posso fazer com que me proporcione os prazeres pelos quais anseio, não existe nenhuma razão para que eu não a induza. Quem é que virá, a saber, disto? Ninguém nunca o saberá! Pecado oculto é pecado meio perdoado. Um acaso destes quiçá jamais venha a se verificar de novo. Julgo ser conduta acertada colher o bem que Deus Nosso Senhor nos envia.

Assim reflectindo, e tendo modificado inteiramente o propósito pelo qual fora até ali, acercou-se mais da moça . Com voz melíflua, pôs-se a confortá-la e a pedir, com instância , que não chorasse. Palavra puxa palavra, até que ele chegou ao ponto de poder evidenciar à moça o seu desejo . A jovem, que não era de ferro nem de diamante, atendeu, muito cómoda e amavelmente aos prazeres do abade. O padre abraçou-a, beijou-a muitas vezes, seguidamente, atirou-se com ela para a cama do frade. Seja por enorme consideração, ou ao venerável peso de sua própria dignidade, ou pela idade tenra da jovem – seja, então por recear causar-lhe mal, pelo seu excessivo peso –, o abade não se pôs sobre o peito da moça. Antes, colocou-a sobre o seu próprio peito. E, durante muito tempo, entreteve-se com ela.

Giacinto Gaudenzi

O frade, que havia fingido ir ao bosque, mas que, na verdade, escondera-se na ala dos dormitórios, viu quando o abade entrou ena sua cela. Assim, completamente tranquilo, compreendeu que seu plano dera resultado, ao perceber que o abade trancara a porta por dentro. Deixando o seu esconderijo, silenciosamente, foi até o orifício da fechadura, através do qual viu e ouviu o que o abade fez e disse.

Quando pareceu ao abade que já se demorara o bastante em companhia da jovem, deixou-a trancada na cela, e retornou ao seu quarto. Passado algum tempo, ouvindo que o frade chegava, e pensando que ele regressasse do bosque, decidiu censurá-lo e mandar que o prendessem no cárcere; assim procedendo, pretendia ficar sozinho na posse da presa conquistada. Ordenou, portanto, que o frade viesse à sua presença. Com o rosto severo e com graves palavras, censurou-o, mandando que fosse conduzido ao cárcere. O frade, sem nenhuma hesitação, retrucou:

– Senhor abade, não estou, ainda, há tempo bastante na Ordem de São Bento para conhecer todas as singularidades de sua disciplina. O senhor não me mostrara ainda que os frades precisam fazer-se mortificar pelas mulheres, assim como devem fazê-lo com jejuns e vigílias; agora, contudo, que o senhor acaba de mo demonstrar, prometo-lhe, se me conceder o perdão por esta vez, que nunca mais pecarei desta forma; ao contrário, procederei sempre como vi o senhor fazer.

O abade, como homem astuto que era, reconheceu logo que o frade não só conseguira saber a seu respeito muito além do que o suposto, mas ainda ver o quanto ele fizera. Por esta razão, sentiu remorsos pela sua própria culpa; e ficou vexado de aplicar ao frade o castigo que ele, tanto quanto o seu subordinado, merecera. Deu-lhe o perdão, mas impôs-lhe silêncio sobre tudo o que vira. Depois, levaram ambos a moça para fora do mosteiro; e, mais tarde, como é fácil de presumir, inúmeras vezes a fizeram retornar ali.

Boccacio, Decameron  (Quarta Novela da Primeira Jornada)

blog A Pérola

«Peeping Tom XI» - Patife

Os meses de verão foram um regabofe para os internautas em busca de chona, para as internautas com sede de pincel e para as alminhas que usam os motores de busca para encontrar respostas para as suas dúvidas sexuais. 90% destes vêm dar, invariavelmente, ao Fode Fode Patife. Aqui ficam as pérolas pesquisadeiras mais bizarras dos meses de verão que vieram dar com as sábias e nobres palavras do vosso amigo Patife:

Se eu soubesse que levar na cona era tão bom – Termina lá o raciocínio. A sério. Estou curioso. Já andavas a apanhar na senisga há mais tempo? Passavas todo o santo segundo a ser arrefinfada na patareca? Já te tinhas tornado numa devassa fodilhona antes?

Porque só penso em foder de manhã à noite? –Palpita-me que seja porque és um taradão de primeira água.

Mulheres com qualidade de A a Z Patife – Já expliquei uma vez mas volto a explicar: Há é mulheres com qualidades de A & Z. Ou seja, são perfeitas para o que se quer: Aviar & Zarpar

Os patifes fazem no por trás – E pela frente. E pela calada. E de lado. E em andamento. E a fazer o pino. Mas isso já é matéria avançada.

Cona grande como um avião – Até te faz a picha levantar voo.

Cona picha foda – Simples. Directo. Conciso. Espero que não sejas assim a pinar. Bem, ou isso ou tens síndrome de tourette nos dedos.

Desapertar soutiens – Consigo fazê-lo com a mente. E também já ensinei o Pacheco a desapertar soutiens sozinho. É sempre um bom desbloqueador de conversa.

Expressão popular que é Pacheco – É popular, sim, mas não é bem uma expressão. Diria mais que o seu tamanho mete é impressão.

Fode-me! Os homens gostam de ouvir? – Se fores toda boa, sem dúvida que sim.

Foder com gosto não cansa – Então é porque estás a fazer tudo mal.

Navo na cona – Ai queres levar com o navo na cona? E com a vanana na bulba? E que tal com o vacamarte na pachacha, ó cuaralho?


Patife
Blog «fode, fode, patife»

Preservativos Zero Zero Four - «Feel Everything»

«T-shirts Moloko 3» - por Luis Quiles


"Aquí os dejo unos cuantos diseños que tambien podreis encontrar en nuestra tienda de camisetas Moloko . En este caso se trata de (...) un diseño sobre el Bukkake. Antigua tradición del Japón feudal que con el paso de los años se ha transformado en una practica absurda del cine porno actual."

Luis Quiles

05 dezembro 2012

A posta numa relação Google Translator


Olá Queridos,
Como você está hoje? e como é que as coisas se movendo com você? espero bem e você está
em nome de health.My bom é Miss cicilia, eu estou procurando um muito bom
pessoa de amor, carinho, sincero, vai fácil, amadureceu, e
compreender, depois de passar pelo seu perfil agora.
  i pegar interesse em você, então eu gosto de você para me escrever
através do meu endereço de e-mail que é a seguinte ("cicilia.fredxx@yahoo.co.uk") para
que eu vou dar-lhe a minha imagem para uma discussão mais aprofundada, porque eu sou
realmente ansioso para uma amizade séria com você,
Cicilia seu novo amigo.

Diabos me carreguem se este não foi o couro mais bizarro que já me bateram. Pelo menos entre os couros batidos por email.

«pensamentos catatónicos (279)» - bagaço amarelo

vinho

A Sílvia não me foi receber à porta, como é normal nela. Estava deitada no sofá, sem ligar nada às imagens que iam passando no enorme televisor sem som. Limpei, fazendo propositadamente mais barulho do que o normal, os sapatos no tapete da entrada, e então ouvi-a mandar-me entrar.
- Entra!
É-me difícil explicar o que a Sílvia significa para mim, talvez por significar tudo e nada ao mesmo tempo. Não somos propriamente amigos íntimos. Conheci-a, há já muitos anos, num jantar de aniversário de uma amiga comum. Depois acabámos por sair algumas vezes os dois. Íamos ao cinema, beber um copo a um bar qualquer ou, muito simplesmente, tomar café depois do jantar. Nunca, em vez alguma, senti um prazer especial pela sua companhia. Tenho a certeza que ela também nunca o sentiu pela minha. Mesmo assim, por qualquer motivo que nunca consegui explicar a mim mesmo, insistimos sempre em manter contacto um com o outro.
Já me senti totalmente apaixonado por algumas mulheres por quem, a partir de determinado momento, a coisa esfriou de tal forma que nunca mais as vi nem tive vontade de ver. Com a Sílvia, digamos assim, nunca tive uma relação quente, mas a verdade é que também nunca congelou. De vez em quando, sem nenhum motivo aparente, um de nós acaba por telefonar ao outro. Sem ser uma amiga do peito, é uma certeza da minha vida, e já tive momentos em que pensei que isso é mais importante do que qualquer outra coisa.
Foi assim que acabei por ir, mais uma vez, a casa dela. Tinha-me telefonado e dito, da mesma forma pragmática do costume, que sentia fome e não tinha vontade de cozinhar. Propus-me a passar em casa dela com uma garrafa de vinho, um frango de churrasco picante e uma salada de alface com tomate.
- Então, o que é que se passa? - perguntei enquanto abria a garrafa de vinho a custo, com uma imitação barata de um canivete suíço.
- Sinto fome. Não sinto mais nada. - respondeu ela ainda deitada no sofá.
- Mais nada?
- Mais nada. Não me sinto triste nem feliz, não me sinto apaixonada nem com vontade de me apaixonar. Tudo o que sinto tem estritamente a ver com as necessidades prementes do meu corpo: fome.

É isto que é estranho na Sílvia. Ela diz-me o que se passa com ela, de forma sucinta e resumida, e eu percebo-a tão clara e imediatamente que chega a ser assustador. Às vezes acho que é por sermos os dois tão parecidos que a nossa relação nunca aqueceu. Nunca discutimos, nunca discordamos. A vida a dois seria uma seca.
Fui à cozinha buscar dois pratos, dois garfos, duas facas e dois copos. Distribuí tudo na mesa da sala onde já estava uma toalha usada e com alguma nódoas antigas. Comecei por servir-lhe um copo de vinho que adivinhei ser necessário para que ela se conseguisse levantar e, finalmente, sentei-me à espera.
- Sentes-te só? - Perguntei adivinhando a resposta.
- Tenho-me sentido, mas apenas quando estou entre pessoas. No emprego ou na rua, por exemplo.
Ela levantou-se e veio para a mesa. Já tinha o copo vazio e servi-lhe outro. Vi-a sorrir pela primeira vez.
- Podemos jantar em silêncio, sem conversar? - Perguntou.
- Podemos.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Política de exclusão de fotos do Facebook é controversa



A foto acima foi um teste realizado pelo Tumblr Theories of the deep understanding of things, testando a política de exclusão de fotos do facebook. Confundindo os cotovelos apoiados na banheira com seios, o sistema de identificação de conteúdo obsceno do facebook excluiu a foto e retornou com a famosa mensagem de remoção de imagem. Nunca um cotovelo foi tão obsceno, imundo e depravado quanto a um seio.

O poeta Claudio Willer é um dos que têm combatido com veemência em seu blog a política de exclusão do Facebook em relação à imagens artísticas que apresentam nudez.

Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/