27 janeiro 2013

Femen - impressão de mamas para angariação de fundos

Escola de verão


Cativava-me aquele olhar e pele ameríndia. Quando o apito da fábrica dava o meio-dia para todas as aldeias em redor eu já estava a empurrar o portãozito da escola primária para me refugiar sob o alpendre. Ouvia o zunido da zundapp a aproximar-se e a parar a uns metros seguros da escola.

Ele chegava em silêncio e num beijo mergulhava em mim como se nessas pálpebras cerradas apagasse a imagem do pai nas festas das vilas vizinhas, no meio do intenso cheiro a chanfana, a distribuir cervejas pelos rapazes que aceitassem a troca de ele os transformar em gargalo de Super Bock.

Eu esgrimia aquela língua na utopia de absorver aqueles músculos construídos a baldes de cimento, no calor daquele verão onde a toda a hora despontavam os fogos aqui e além. Ele encostava-me literalmente à parede e escorria por mim até a sua cabeça se enfronhar debaixo da minha saia de flores até que os meus dedos puxassem os seus cabelos para trazer de volta a sua boca molhada à minha. Desapertava-lhe as calças reforçadas a pingos de tinta e ajoelhava-me para fazer levedar a massa na minha saliva. E como sempre, era nessa altura que me pegava ao colo até à velha mesa de lanches daquele alpendre e fazia dela a cama onde se estendia sobre mim, mimando o missionário. Sem palavras, rolava-me para cima dele e fazia-me rodar até os dedos dos meus pés tocarem as pontinhas dos seus cabelos escorridos, segurando-me as nádegas tal qual como a tigela onde bebia a sopa de manhã enquanto eu debicava o croissant empinadinho até atingir o creme de doce de ovos.

Está a ouvir Senhor Doutor?... Desculpe mas eu falava do último verão em que o toquei em carne e osso, em que nos beijámos com as bocas encharcadas, já que ele resolveu trocar a plantação do quintal que até a mãe achava que era linda pelos pózinhos que lhe deram a overdose logo no inverno. E quando soube apenas desejei que ele tivesse tido a sorte de antes experimentar uma queca completa.


[Foto © José Pedras, 2008, Mists of passion]

Retalhos

Bebe-me
que eu sirvo-te estremeções
que eu sirvo-te a dor
que eu sirvo-te rasgões
por uma gota de amor

A nudez dá audiência


Fonte: Daily Mail

Já postei aqui o caso da mulher que usou seus seios como espaço publicitário, porque a nudez dá audiência.
Recentemente, a britânica Aimi Jones publicou um anúncio no eBay da venda de um vestido seu. Porém, na foto tirada, no canto esquerdo havia um espelho, e a vendedora saiu na foto. Nela Aimi aparece de sutiã e sem calcinha. Será que alguém é ingênua de acreditar que ela não havia reparado?
Logo a imagem virou um viral e se espalhou pela internet. Com isso, sem dúvida, o vestido ganhou grande repercussão. Em seguida Aimi substitui a foto por outro, mas desta vez, aparecendo com um casaco mas com as pernas de fora. A ação foi tão efetiva que o vestido foi leiloado por um valor muito acima do esperado.


Obscenatório

26 janeiro 2013

«Fuck Me In The Ass Because I Love Jesus» (legendado) - Garfunkel and Oates

"Come o meu cu porque eu amo Jesus"



Estas duas meninas sabem divertir-se e divertir-nos. O canal delas no YouTube é aqui.

«respostas a perguntas inexistentes (221)» - bagaço amarelo

"Talvez eu tenha estado aqui em criança, num passeio de fim de semana com os meus pais". Foi a primeira coisa que eu lhe disse quando saímos do automóvel. Eu nunca tinha ido àquela terra, ou pelo menos era o que eu pensava, mas assim que respirei o ar da praça central reconheci qualquer coisa, sem saber muito bem o quê. A Raquel deu-me a mão e manteve-se em silêncio, como se esperasse que as minhas memórias daquele lugar viessem lentamente à tona.
Quando visitamos um lugar pela primeira vez na vida, essa primeira vez fica-nos gravada na mente como se fosse um carimbo. É por isso, aliás, que eu gosto de viajar com a Raquel. Nunca poderei voltar a algumas cidades, vilas ou aldeias sem me lembrar dela, porque foi com ela que as conheci.
O motor do automóvel ainda trabalhava, num esforço arfado para arrefecer debaixo do calor intenso, e eu acabei por desistir. "Vamos beber uma cerveja e comer qualquer coisa, ali naquele café". Pedi-lhe, num tom de quem desespera por estar em qualquer sitio com uma temperatura que dê algum conforto ao corpo.
Vieram duas sopas mornas e duas cervejas, fez-se silêncio sobre a refeição e sobre assunto. Entre cada colherada ou gole, fui espreitando pela janela para avivar a memória. Reconheci a localização dum pequeno parque infantil que entretanto já tinha sido modificado, e acabei por me lembrar de uma só cena: dois baloiços, um escorrega e uma roda com três cavalos de pau tinham ali estado há mais de trinta anos atrás.
Vi-me a subir apressadamente ao escorrega. Um rapaz qualquer, que vinha atrás de mim, empurrou-me no momento em que hesitei lançar-me rampa abaixo e caí descontrolado. Bati com um joelho no próprio queixo e comecei a chorar. De facto, não me lembro do abraço do meu pai nem da minha mãe, portanto eles não estavam lá. Lembro-me duma miúda se ter sentado ao meu lado depois de ter ralhado com o próprio irmão, me ter dito que aquilo ia passar, abraçar-me, dar-me um beijo na face e desaparecer a correr por entre as árvores que ainda ali estavam. Nunca mais a vi.
A Raquel perguntou-me se eu queria seguir já viagem ou dar uma volta à terra. "Vamos sentar-nos ali, debaixo daquela árvore junto ao parque para os putos", pedi-lhe. Pousei a cabeça na palma da minha mão direita assim que me sentei. Queria saber em que contexto e circunstâncias é que tinha ali estado em criança, provavelmente com cinco ou seis anos de idade, mas não conseguia. Até hoje, aliás, nunca consegui. A Raquel abraçou-me, deu-me um beijo na face, e disse-me que estava ali.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Mulher em três peças de barro vidrado

Muito interessante, este conjunto de 3 peças que forma uma mulher.
Não me recordo da origem, mas está já há muitos anos na minha colecção.

Um sábado qualquer... - «Ideias para Deus»



Um sábado qualquer...

25 janeiro 2013

Quarenta minutos

– Queres dizer que… já tinham acabado quando fizeram sexo pela primeira vez?
– Foi.
– Acabaram e depois foderam?!
– Sim.
– Que raio de merda… E depois?
– Vestimo-nos.
– Foda-se! Não é isso!... Andaram três meses…
– Quase quatro.
– Ainda pior! E durante esse tempo nunca, nada?
– Algumas coisas, muitas vezes.
– Mas… Mas, sexo com penetração não.
(ri) – Não, sexo com penetração nesses quase quatro meses não.
– E depois, sim.
– Sim.
– Logo depois?
– Não, logo depois não. Já tínhamos acabado aí à meia-hora.
– Ahn?!
– À vontade. Foi mais de meia hora. Para aí uns quarenta minutos.
– Andam quase quatro meses e nada e quarenta minutos depois de acabarem...
– Pois.
– Mas que lógica é essa?!
– Aconteceu. Estávamos mais soltos, mais à vontade. Já não havia constrangimentos, sei lá… Aconteceu.
– E agora?
– Agora, o quê?
– Sei lá… Nunca mais se viram?
(olha em volta e murmura) – Não, vimo-nos… (ri com a expressão involuntária que lhe saiu). Temo-nos visto.
– E não só visto…
– E não só visto, de facto. Na maior parte do tempo estamos nus.
– Desculpa?
– Era um trocadilho com o facto de não ser só visto. Na maior parte do tempo eu não visto nada e ela também não. Não teve graça.
– E porque é que olhaste em volta antes de responder?
– Olhei?
– Olhaste.
– É que (torna a olhar em volta) andamos com outra pessoas.
– Tu e ela?
– Sim. E não há necessidade de alguém saber e não gostar. Entre nós não há qualquer ligação sentimental, nada. É uma coisa física, mais nada. Ambos sabemos o que temos e o que queremos e não queremos.
– Não querem mais.
– De algumas coisas sim, de outras não. (ri)
– Isso é evidente. (ri)

Lei da Moral e dos Bons Costumes é aprovada no Rio de Janeiro


Que diabos vem a ser essa Lei da moral e dos bons costumes? Será que agora seremos obrigados a casarmos virgens, namoro na rua apenas de mãos dadas, nada de fio dental e topless nas praias e prisão em casa de beijo homossexual?

O nosso queridíssimo governador da Guanabara, Sergio Cabral, sancionou uma bizarra Lei que pretende ser um "Programa de resgate de valores morais, sociais, éticos e espirituais" (o que viria a ser isso?), segundo consta na notícia de hoje do jornal O Globo.

E de quem foi essa ideia nefasta? Da também queridíssima e ex-atriz Myrian Rios, do PSD (Partido Social Democrático). Para a ilustríssima deputada, a sociedade perdeu o conceito de bom e ruim, pois hoje tudo é permitido, sendo necessários resgatar os valores tradicinais. Pois é, Myrian Rios, aquela que em um vídeo teceu comentários preconceituosos contra homossexuais, igualando à pedofilia, e afirmando que não queria ter um funcionário homossexual, assim como não queria ver seus filhos agindo "dessa forma", pois a educação que ela dá é para que eles cresçam e continuem propalando a espécie humana. Também é a mesma que em 1978 fez dois ensaios sensuais para a Revista Ele Ela (e agora posa de defensora da TFP - Tradição, Família e Propriedade), da então antiga Block Editores, comprada pela Editora Manchete. Confira alguns desses ensaios (aproveitem, pois pode ser por pouco tempo, pois o Rei Roberto Carlos, então noivo de Myrian Rios na época, constrangido, comprou o direito pelas fotos):








Noite de Outono



O lento despertar de uma clara luz de Outono
sussurrou-me o líquido marulhar de um riacho
que despontara das raízes grossas
de um rochedo velho e imponente…
A geada beijou-me as pálpebras semi-abertas,
perfumando-me o rosto com as tulipas e rosas
que nessa madrugada tinha pintado de rosa e violeta.
Cada pedaço de nuvem que me cobre os pés nus
é um tapete ambulante e voador
que eterniza o sonho já acordado
e que agora viaja para outros destinos,
onde as estrelas e a Lua brilham solitárias
na densa escuridão de um firmamento desconhecido.
Esgueiro-me numa das cinco pontas cruzadas,
tão brilhantes quanto um cristal dourado
e observo a luz refletida nesse véu cinza
com que me deito todas as noites!

Lua Cósmica
http://luacosmica.blogspot.pt

Viva a banda desenhada

Crica para veres toda a história
As aventuras da verdadeira cabra


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