26 março 2013

Sapatos Brian Atwood - Primavera 2013 (com Eva Herzigova)

Eva portuguesa - «Novo ano»

[Dezembro/2012]
O Natal já passou, se bem que ainda lhe sentimos o cheiro.
Começamos agora a fazer um balanço do ano que se acaba, rezando e pedindo para que o próximo seja melhor...
Com ou sem arrependimentos, todos nós fazemos agora as nossas resoluções de ano novo, na esperança de termos a coragem de as conseguirmos cumprir... mas pelo menos tentamos...
E nao é isto a vida? Uma sucessão de tentativas, de erros e acertos, de quedas e vitórias? Pequenas batalhas diárias que são a nossa grande luta, a nossa grande guerra...
Paz, amor, saúde e dinheiro (não necessariamente nesta ordem) são,creio eu, o nosso desejo universal, aquilo a que todos aspiramos.
Pois bem, é isto que quero para mim e que desejo para vocês!...
E se não vos posso proporcionar tudo, deixem pelo menos, durante uma hora, dar-vos um pouco de amor e de paz... fazer-vos sentir bem e desejados. Deixem-me proporcionar-vos uma despedida deste ano que finda a dois, nos braços de alguém que fica realmente feliz quando vocês vêm... eu!
E para que isso seja possível estou hoje, amanhã e sexta-feira dia 28 até às 2h. No meu ninho de amor... na minha alcova do prazer... à vossa espera...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«vou atravessar o corpo das coisas» - Susana Duarte

vou atravessar o corpo das coisas,
para nelas rever as amoras rubras
do teu peito, e encontrar luas novas

nas sombras dos olhos onde me deitei.

em ti, atravessarei o corpo estranho
de todas as coisas
onde não estás.
...
saberei das tuas mãos, flores
impressas
nos seios,

para depois as atravessar e, içada
pelas faixas de luz da tua voz,
reencontrar os fantasmas
de um comboio invisível,

que retirarei dos ferros das mãos
que te deixaram atravessar as portas.

lembrar-me-ei das mãos,
impressões digitais dos olhos e dos dedos
sobre as veias e todas as amoras
do meu corpo.

atravessarei o fio invisível da partida,
para saber se setembro

foi o corpo das coisas,

que se agitam ante a ausência
da tua boca

sobre mim.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Lenço dos namorados à minha maneira

Um meu sonho de há muito tempo era ter um lenço dos namorados com uma das quadras mais tocadas pela malta da Tuna Meliches:

"A cona da mãe tem asas
Tem asas mas não avoa
O caralho do pai tem ranho
À cona da mãe se assoa."

Contactei várias bordadeiras de lenços de namorados e foi uma agradabilíssima surpresa a receptividade de duas delas para fazerem um lenço com uma quadra com tanto calão. Feita a opção (pela resposta mais rápida), seguiu a encomenda. Seria usar como base o «lenço da coroa»...


... com uma adaptação que enviei, feita em PhotoShop pedindo que, "em vez de uma coroa circular, as flores formassem dois arcos, para dar a entender, subtilmente, o formato de uma vulva. Como assim serão bordadas menos flores na coroa, podem pôr pequenas flores nos 4 cantos dos versos da quadra?":


E o resultado já está na minha colecção. Apreciem-no (por aqui, enquanto não tenho um espaço de exposição da minha colecção):








25 março 2013

Homens, nunca rasguem um vestido!

«conversa 1955» - bagaço amarelo

Ela - O meu filho está sempre a falar daquela série que viu na tua casa uma vez, quando fui jantar contigo.
Eu - Os Thunderbirds?
Ela - Sim, é isso. Emprestas-me?
Eu - Empresto. Acho fixe o teu miúdo gostar dessa série. Foi feita nos anos sessenta...
Ela - E depois? 

Eu - Hoje em dia há tantos filmes em 3D para crianças, tão bem feitos, que acho fixe o teu filho gostar duma coisa feita com bonecos há quase cinquenta anos. Mesmo o pessoal da minha idade não costuma gostar nada daquilo.
Ela - Suponho que isso é normal. Eu também fui feita nos anos sessenta, tenho quase cinquenta anos e o pessoal da tua idade não costuma gostar nada de mim.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Luís Gaspar lê «No corpo…» de Carlos Drummond de Andrade

"No corpo feminino, esse retiro


— a doce bunda — é ainda o que prefiro.
A ela, meu mais íntimo suspiro,
pois tanto mais a apalpo quanto a miro.

Que tanto mais a quero, se me firo
em unhas protestantes, e respiro
a brisa dos planetas, no seu giro
lento, violento… Então, se ponho e tiro

a mão em concha — a mão, sábio papiro,
iluminando o gozo, qual lampiro,
ou se, dessedentado, já me estiro,

me penso, me restauro, me confiro,
o sentimento da morte eis que o adquiro:
de rola, a bunda torna-se vampiro."

Carlos Drummond de Andrade

Ouçam este poema na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Não traia seu marido

As consequências desse simples ato podem ser catastróficas!



Os polícias ketchup e mostarda formam uma bela dupla.

Capinaremos.com

24 março 2013

Porta-Curtas - «69 - Praça da Luz»

Documentário
Diretor: Carolina Markowicz, Joana Galvão
Duração: 15 min
Ano: 2007
País: Brasil
Local de Produção: SP

Sinopse: Prostitutas de idade avançada ganham a vida na Praça da Luz, em São Paulo. Relatos inusitados e surpreendentes de cinco mulheres que revelam em detalhes suas experiências em todos esses anos de profissão.

O melhor do mundo são as criancinhas


[Foto © Theo Chalmers]


Ninguém me mandou ir trec trec trec atrás da minha mãe pela Lagoa de Santo André adentro até um baixio me obrigar a ir acima e abaixo glugluglu glugluglu glugluglu que quatro anos já era idade suficiente para ter juízo mas o que interessa é que sobrevivi para contar apesar de não me sair da cabeça que é daí que vem a minha alergia ao sal na comida porque noutras movimentações de cabeça abaixo cabeça acima não sei se pelo cheiro específico da carne de cada exemplar se por gostar de chouriço não manifesto nenhum trauma.

Depois o tormento da adolescência era aguentar dias e dias a fio com o período a correr desalmadamente como se eu fosse uma fábrica de concentrado de tomate em resultado de nestas idades o sistema ainda não estar bem calibrado e um dia foi dia de Santa Maria e lá fui de charola para o Hospital com tal grau de anemia que nem me mexia ou melhor, mexia os olhinhos de espanto para ver o granel de médicos que me rodearam, miraram de alto a baixo, apalparam por tudo quanto era sítio e dada a origem, meteram as mãos com os dedos preservados em luvas exactamente onde estão a pensar e depois disso espetaram-me todos os dias com aquela agulhita ligada a um saquinho de sangue e ainda foi em boa época quando não havia a moléstia daqueles lotes já com sida incorporada.

Agora que a idade não perdoa houve um bichinho da fruta que resolveu nidificar nas minhas laranjas que nunca as insuflei para meloas nem para gáudio dos eternos meninos que nelas gostam de encostar a cabeça e lá tive de ir à faca cortar uma o que me deu um trabalhão prévio do caraças a retirar todos os espelhos para fora de casa mas continuo a pensar que o melhor do mundo não são os cães obedientes mas as pessoas que em cada dia me surpreendem com um sorriso ou um toque na pele que o calor é muito importante para activar a circulação sanguínea e me deixam descobrir um bocadinho do seu mundo diferente do meu.

Prostituição - a minha história (V)

Verão de 1997... (...) Tocaram à campainha, eu calma, estranhamente calma, espreitei pelo óculo para ver o que me calhava e... e... era um sapo! Um sorridente sapo! Um sapo com um sorriso de orelha a orelha, tão contente que quase saltitava ao perceber-me espreitar! Abri-lhe a porta. Entrou, contente, contente, agarrou-me, deu-me duas beijocas e disse-me o nome. Não sei como fomos parar à cama, não sei se tomámos banho, não me lembro. Sei que continuava com a estranha calma de quem está a ver um filme. Lembro-me do sapinho deitado em cima da cama, de barriga muito redonda para cima, de óculos na cara, sempre de sorriso feliz, feliz! Lembro-me das mãozinhas sapudas e desajeitadas que me agarravam o peito com a pontas dos dedos e o abanavam. Lembro-me de estar de quatro, ele a gemer muito, os lençóis escorregavam, terminou assim, feliz e contente. No fim, quando saí um pouco da sensação de filme, percebi: esqueci-me de usar preservativo!!! O homem, já vestido, estendia-me o dinheiro, agarrei-o na mão, deu-me duas beijocas e levei-o à porta. Fui tomar banho, vesti-me, tirei o lençol da cama, meti lençol e toalhas na roupa suja. O telefone toca, atendo, era a Glória a avisar que a hora tinha terminado. Contei o dinheiro, eram vinte cinco contos, lembro-me que pensei que era imenso dinheiro. Não ter usado preservativo ainda na minha cabeça, a cansar-me, o filme persistia e voltei a flutuar. Saí, voltei ao escritório das apresentações. Entreguei o dinheiro, sentei-me na sala e nem tive de pensar, "meninas, apresentaçããããão!", lá fui, desfile, sala, mais duas vezes quase seguidas se repetiu esta cena: "meninas, apresentaçããããããão!", "Joana, vem, rápido", chamava-me a Ana, é meia-hora no apartamento x, toma a chave, o senhor paga aqui, já vai lá ter. O autómato Joana agarrou na chave e na mala e lá foi. Porta do prédio, elevador, porta do apartamento, entro, não sei quem lá vem porque foram várias apresentações seguidas e não fixei nenhum dos homens, aliás, nem sequer os vi, tinha o olhar desligado. Batem à porta, espreito pelo óculo e...

Os 20 penteados mais incríveis de uma xana



Obscenatório
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