02 julho 2013

Eva portuguesa - «De volta ao trabalho»

De volta ao trabalho.
De volta ao meu ninho, onde tenho sido feliz tantas vezes.
De volta aos "meus homens", que me fazem sorrir, ter prazer, sentir-me desejada e me permitem ter uma boa vida.
De volta aos que me querem, aos que sentiram saudades, aos que ainda não me conheceram mas querem fazê-lo.
Segunda feira estou de volta...
Para vos receber com um sorriso, um abraço, um beijo.
Para vos dar prazer e vos poder sentir.
Para vos oferecer um café e um chocolate.
Para tentar ser aquilo que esperam de mim.
Para poder dar, receber e partilhar... suspiros, gemidos, minutos, conversas, pedaços de vida e pedaços de nós, pessoas, homem e mulher numa busca conjunta de prazer, de pequenos prazeres.
Sou vossa e volto para vós...
A partir de segunda feira, das 11h às 20h no sítio de sempre...
Na minha cama, que só está completa quando vocês lá estão.
Eu volto para vocês... e vocês, voltam para mim?


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«Seda» - Susana Duarte







caminho navegando as ondas
da tua serenidade alada, seda lavrada das noites
e dos olhares marginais das borboletas. sobre as asas
caminho, e sobre o caminho, perpetuo imagens de urdiduras

de mãos que se tocam.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Mulher deitada e mulher sentada

Sou cliente, há muitos anos, de várias lojas de artesanato das Caldas da Rainha. Uma dessas lojas, de visita obrigatória quando posso ir àquela cidade (que adoro) é a «Artesanato Costa», na Rua de Camões, em frente ao parque da cidade e muito perto da Pastelaria Machado (onde também recomendo as pilas, em maçapão com chocolate nos... na base e calda de morango na ponta).
Como não vou a estas lojas com muita frequência, é natural que as pessoas não me identifiquem. Mas basta um pequeno diálogo para eles reconhecerem que "você é especialista na matéria".
Em 1997, comprei duas estatuetas em barro que achei deliciosas, da autoria de Manuel Rodrigues, um artista das Caldas da Rainha. Aqui estão elas... na minha colecção:



01 julho 2013

Que sonho...


The Dream from Jerome Genevray on Vimeo.

«conversa 1996» - bagaço amarelo

Ela - A tua cadela é tão gira!
Eu - É! Agora está gira, sim. Quando a fui buscar ao canil estava muito maltratada e nem eu próprio percebi que ela era tão gira.
Ela - O que é que lhe fizeste, então?
Eu - Nada. Dou-lhe água, comida e levo-a à rua de vez em quando. Uma vez por outra dou-lhe banho.
Ela - Pois... era o que eu precisava que alguém me fizesse.
Eu - O quê?
Ela - Que me dessem água, comida e me levassem à rua de vez em quando. O banho, uma vez por outra, também podia ser...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Luís Gaspar lê «Madrigal» de Sebastião da Gama

A minha história é simples.
A tua, meu Amor,
é bem mais simples ainda:

“Era uma vez uma flor.
Nasceu à beira de um Poeta…”

Vês como é simples e linda?

(O resto conto depois;
mas tão a sós, tão de manso
que só escutemos os dois).

Sebastião da Gama

Ouçam este poema na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Brasil ganha a Copa das Confederações e mostra... como comemorar no futebol de forma interessante para as mulheres



Via Sweetlicious

... mas o Brasil também sabe cativar os homens para a bola:



Via Testosterona

O grande perigo

Se eu morrer, por favor venham apagar meu histórico, rápido.



O relacionamento nunca mais será o mesmo.

Capinaremos.com

30 junho 2013

«Poema da buceta cabeluda» - de Bráulio Tavares


Poema da buceta cabeluda from Pequenos Delitos on Vimeo.

«A turma dos matulões» - Quito Pereira


O professor de Geografia era bruto. Um grande bruto. Um dia, se não me baixava, quando sentado na carteira ouvia mais uma lição sobre os Montes Apalaches, levava com a cana na cabeça, arremessada com a força e a maestria de um lançador de dardo. Mas tinha razão o austero professor, descontando os seus acessos de fúria. Na verdade, os alunos deixavam muito a desejar. Namoradeiros, faltavam com frequência às aulas, para se embrenharem pelo Jardim da Sereia, onde faziam juras de amor às desprevenidas donzelas, que embarcavam desfalecidas na nau argumentativa dos farsantes.
Na realidade, a única disciplina que levavam a peito, até só era dada na Universidade: anatomia comparada.
Quando a professora de História Universal, apareceu vestida de preto no seu traje de viúva, houve um esgar de espanto na arena. Trinta e poucos anos muito bem conservados e um vestido justo que pôs o Pedro Chá-Chá a delirar de entusiasmo, enquanto descascava umas pevides com aquele barulho irritante que vinha lá do fundo da sala. Trac–trac-trac…
Ela, a professora, talvez já avisada que ao entrar na sala de aula era mesma coisa que embarcar num navio de corsários, quis impor-se logo de início. Hirta e solene na secretária, que por infelicidade dela e gáudio dos galfarros deixava ver as pernas bronzeadas e bem moldadas, a docente por decoro sentava-se de lado, como se tivesse um furúnculo na região glútea.
Descaradamente, a classe dos pardalões não disfarçava nada, com os olhos pregados no fundo da secretária, muitos mais interessados nos atributos da Senhora, que nas barbaridades jacobinas do Senhor Robespierre.
Foi então que a paciente professora, pediu um livro de História Universal para consultar. Azar o dela. Avançou então o compêndio do Francisco Mendes que, pacientemente, tinha recortado de um livro todas as caras das figuras de Walt Disney e colado nas imagens dos grandes vultos da Historia. Assim, Luís XVI com as suas sumptuosas vestes, com a cara de um dos irmãos Metralha, Maria Antonieta com a risonha simpatia da pata Margarida e Napoleão Bonaparte montado no seu cavalo rampante, com o rosto do avarento Tio Patinhas. Foi então, que aquele semblante carrancudo da viúva triste se desfez. Cada virar de página, uma gargalhada. Decididamente, a entusiasmante professora tinha perdido o controlo da nave dos loucos.
Porém, a turma dos matulões tinha por ela um certo carinho e consideração. Talvez por ser tão nova e desamparada de marido, embora se perceba que o que não faltava era ombros onde pudesse encostar a cabeça, ávida de uma palavra de conforto.
Mas a consideração que tínhamos por ela, nada a tinha a ver com o respeito que um padre idoso que um dia lá apareceu, também nos deveria merecer, para lecionar uma nova disciplina: MORAL …
O Padre Bento, diretor do Colégio, achou que os desvairados alunos precisavam urgentemente de umas lições que iluminasse o caminho dos desavindos. Achou mal. No dia em que um padre amparado numa bengala, recrutado no seminário, apareceu para a primeira aula, o grupo olhou-o com desconfiança e de sobrolho franzido. O velho padre, dialogante, quis pôr a turma à vontade. Perguntem o que quiserem meus filhos, até podemos falar das dúvidas e angústias que vos atormentam sobre a vida sexual – disse ele com a sua bonomia clerical estampada nas bochechas gordas e rosadas. Fez mal. Porque as perguntas e dúvidas eram de tal maneira escabrosas, que o ancião pediu a demissão. À segunda aula, acabou-se a disciplina de Moral.
Há tempos, encontrei o Valera, também ele ex - aluno do Colégio naquela época. É hoje general do exército angolano, terra onde nasceu e reside. Foi com emoção que nos abraçamos. Jamais o reconheceria de tão diferente que está. Mais de quarenta anos passados, o reencontro. E lembrámos as tropelias e diabruras de que também fomos cúmplices no Dom João de Castro. E rimos até às lágrimas…
Quito Pereira
Blog Encontro de Gerações do Bairro Norton de Matos

Swapa-me



HenriCartoon

Cartão cliente


Aquela relação de cartão cliente, com os papéis preenchidos na Conservatória Civil, funcionava para ambas as partes. Quanto mais uso, maiores eram os descontos. Um exemplo disso é que por vezes as duas meias pernas viam a sua depilação remetida para segundo plano por outros afazeres e ele enganchava as deles nas minhas, como se não estivéssemos a rechear um peru sem previamente o ter chamuscado. Noutras alturas, ele chegava a casa à beira de um ataque de exaustão e por manifesta carência de forças que quase só lhe mexiam os olhinhos, atirava-se derrotado para o sofá e eu acercava-me de mansinho, corria-lhe o fecho das calças e fazia saltar para as minhas mãos o pardalito atordoado alisando-lhe as penas em bicadinhas e lambidelas molhadas para o arrebitar.

É claro que estes cartões de fidelização nos iludem com os descontos e acabamos por insistir nas compras como uma obrigação ou carregamos com embrulhos que de outra forma não compraríamos como o tio chato como a potassa, a sogra intrometida como o bico de um aspirador ou um daqueles animais de estimação que desenham com rasgos de génio nos sofás e cortinados ou que nos obrigam a ir à rua três vezes ao dia faça sol ou faça chuva. Fora aqueles dias em que cada um ocupa todo o espaço dos expositores e o outro fica a mais em qualquer canto que seja.

Nada disto acontece no mundo perfeito das compras extraordinárias sem cartão, nos dias marcados em que os produtos se apresentam a 100% da atractividade como numa expo-qualquer-coisa, tanto mais que estes frescos têm um prazo de validade limitado. O único azarito é que se nesse dia falhar a temperatura ambiente não há desconto para ninguém.


Abecedário do sexo



Via Saute Narcisse