19 outubro 2013

Homens, aprendam... a (ver) dançar o hula-hoop

«Tu não existes» - João

"Pode alguém que não existe ser insubstituível? Penso nisso com os olhos pregados no tecto. O ponteiro das horas rodou, e afastou-se já muito da meia-noite, e eu de olhos no tecto, parcamente iluminado por uma luz amarelada que vem de um candeeiro na rua, desconfiando que também os teus olhos estejam fixos num qualquer ponto, num tecto qualquer diferente, mas ainda assim tecto. Se não existes, se tu não existes, podes ser insubstituível? Pode haver gente cujo vazio não se consegue preencher? Tirar uma peça e meter outra? Como num puzzle duplicado em série, sempre igual?

As pessoas não são peças de puzzle. Os nossos recortes não são todos iguais. Temos arestas por limar, coisas que nos permitem melhor ou pior encaixe. Mas há puzzles que encaixam sem esforço, e ficam tão perfeitos que a nossa incredulidade leva a dizer que não existem. Que nada disto existe, nada disto é certo, verdade, forte. E afinal é. E afinal na não existência existe tudo, e o meu tecto é apenas um tecto, e há gente que não se substitui, há gente que não tem igual por mais que se busque. E esta sede que não cessa, que não se refresca, e este calor, estas gotas que rolam, este sangue que corre veloz, estes corpos, estas almas que se chamam. O rasgar das vestes, o grito, o morder e o suspiro. Isto. Isto não se substitui, mesmo sendo certo que não existes, existindo tanto."

João
Geografia das Curvas

São horas para foder

Relógio de corda manual, dos anos 70, fabricado no Japão.
«Time to fuck»... in my erotic art collection.




Um sábado qualquer... - «Nos bastidores da Santa Ceia»



Um sábado qualquer...

18 outubro 2013

Sexodromo


SEXODROME : ASIA ARGENTO WITH MORGAN from systaime on Vimeo.

Qrònicas do Nelo

A Crize, melhéres, e cumu fujir dela, eça lambisgoita falça

... Parésse um feishá-roda: Melhéres: Eli ei cuelhus atrás das portash e portas atráz dus cuelhos...


eli ei cuelhus atrás das portash e  portas atráz dus cuelhos
Ihola melhéres, comu istán Iustédis? Ai cando à dias harmada eim ispanhola e assim. Hihihih ai …ai… beim hihih…
Nam leveim a çério, quisto éi uma melhér çó a desopilar per cauza da crize e çaem-me açim umas coizas, tipo: Ihola, cuméstá ushteid? Ishtá freshquito? Quierie tumiari iuno cafiezito e açí? Vá cu Nelo paga hihihihi. E çe fueri há nôitche? Puédi çeri iuna copa ene iuno Bar?
ai...ai...
Melhéres deshte broshe.
Ishto éi quéi vida, uma melhér çair e andare na rua a mirar-çe hás montras das loijas, a ver çe a imajeim nus enshe o ôlho e açim. Ai çim çim, perque uma melhér çe quere engatar um home bom teim de ishtar açim apetitosa, gushtoza e açim, ó ó, e éu, o Nelo, bisha de istalo, nam çe deicha abandalhare e açim,. Çempre perfumada, e açeada e cu o çorrizo nus labius, prinçipalmente nus Baris cuando miru um pãu bom açim de cumer tôdu, e vôu de Pizangambóim na mãu au pé deli pra le oferesser um copu.
Ai cá homes tam bonsh e açim, que deixam uma melhér cumpletamenti, mash cumpletamenti, eistaziada e fora de çi…
Ai ai… mash isto vai çendo cada vesh mais raru melhéres…
Çe vossezes çobesseim da deficuldadi duma melhér çair de caza çeim çer logu açediada cas cunverças da crize….
Nam á pashôrra. Parésse um feishá-roda. Eli ei cuelhus atrás das portash e  portas atráz dus cuelhos, e ash eleissões e maish nam çei u queim e ei us cortis e converça e maish converça…ai caté aburreçe.
Cumo éu nam votu, perque nam pressebo nada da pulitica, lá tive dir shamar o Alfredu, o nóço shaufér, e paçar a ire ali a Badajóz e açim, Ai caquilo éi uma diverção, cu neim les conto...
- Onde é que vai, Gonçalo Manuel?- pregunta a minha Efigénia.
- Melhér, vôi çólamenti aiá comperare iunos caramelios, digo, (ai ai que mi discuido) vôu comperare uns caramelos, daquelis muinto bonsh que vossê tanto goshta e açim.
- E, meu esposo, é preciso levar a limousine?.
- Ai çim perque ondi á us bons caramelus, fica um pouqashinho fora de volta e açim, Efigénia melhér.-
Prontes e açim lá me metu a caminhu de Badajós e neim les digu o caquilo éi há nôite´
Prá semana contu-les o milhor broshe queu já fish e açim. Ai cu fôi tam bóm mash tam bom.....
Ai.....
Mazagora porteim-çe beim e já çabeim:
Homes bonsh: çe as voças lambisgoitas handam fêitas maluqas e handan cas covas aus çáltos e nam les ligam, á um Nelo çempre au vóço dispôre pra dare uma volta ao uailde çáide. Nam çe arrependerãu, Garantu-les, Palavera de Nelo
E cumu diza ôtra: mi ligui, vá!
hihihihihi....

A posta na plástica

É fácil rotular o cuidado (que se tem por excessivo) que algumas pessoas dedicam à sua aparência. Basta considerar coisas como o botox, o silicone ou o branqueamento anal.
É fácil porque é excessivo. Porém, é impossível traçar uma linha a partir da qual já podemos catalogar um excesso, salvo raras excepções, sobretudo num domínio em que cada um/a sabe de si e todos têm o direito a não levar com considerações de terceiros acerca de opções tão pessoais.
Claro que isto é muito claro na teoria. Na prática, apontamos o dedo a quem acrescenta as mamas enquanto reparamos que está na altura de cortar as unhas.

Onde quero eu chegar com isto? As tais linhas que todos gostamos de traçar relativamente às escolhas dos outros são imaginárias e subjectivas (quase mitológicas, portanto) e nunca coincidem com as das pessoas visadas.
Definimos os nossos próprios limites mas isso não nos impede de os alterar ao longo do caminho, nem que pelo efeito tramado da passagem do tempo no nosso visual.
Alguns dos que se chocam com o excesso de maquilhagem de outrem pintam o cabelo de outra cor que não a sua, deitando às urtigas o tal conceito do artificial que, bem vistas as coisas, veste os dois exemplos em causa ainda que com diferentes (e hipotéticas) gradações.

É o tal piso escorregadio dos limites e das avaliações quantitativas, nos outros como em nós. Às tantas, mesmo os que se afirmam alheios a essas coisas da aparência acabam um dia confrontados com a realidade da sua. E lá vão por água abaixo os argumentos “para fora”, na reacção hostil à verdade que qualquer espelho insiste reflectir.
A aparência, que não conta para ninguém, é lixada quando constitui uma clara desvantagem na interacção com os tais outros que também afirmam não ligar coisa alguma e depois a pessoa cai do céu quando percebe que falar é fácil e que toda a gente vai concentrar a atenção na borbulha feia por cima do nariz.

Para felizes contemplados com um visual agradável de origem o problema pode assumir proporções mais sérias, pela novidade da perda de confiança em si mesmos, o abanão num dado adquirido tão fácil de tombar pelo efeito da perda de um dente frontal ou de largas porções de cabelo. Ou das primeiras rugas. Ou de outra coisa qualquer que se imponha como um handicap potencial e seja demasiado óbvia para dissimular.
É nessa altura que a aparência passa de figurante a protagonista e o filme é quase de terror.

Tudo é muito relativo e de estanque já nem se safam as verdades ditas universais como, por exemplo, a que dizia que as pessoas e os livros não se julgam pela capa.
Nas bibliotecas como no resto da vida, são instintivamente escolhidos os mais apelativos, os mais perfeitos, os mais bonitos, os mais jovens e depois do que a vista selecciona, só depois, podem eventualmente impor-se outros detalhes a que chamamos “as coisas importantes” ou assim.
E o resto, perdoem-me a franqueza, não passa de mais um politicamente correcto folclore das boas intenções.

Postalinho lá de cima

"Será que foi feito para ser visto do espaço?
Quem sabe onde é?
beijos"
Luis B.


Por acaso consegui descobrir: é o Quebra Mar, um parque de skate em Santos (Brasil).

17 outubro 2013

Missy Jubilee -«Chain'D»


Missy Jubilee. Chain'D. from Missy Jubilee Films on Vimeo.

Abre-latas em metal com casal no bem bom

Abre-latas a gozar a vida... na minha colecção.


«Eu digo-te o que te quero meter» - Patife

Estou apaixonado. É com lamentável pesar que vos digo que estou apaixonado. Vi-a ontem, a passear pelo Chiado. E foi amor à primeira picha. Trazia anexada uma gaja que não usava cuecas e por isso é que a vi. A gaja semi inclinou-se e eu vi-a, em forma de dois papinhos dispostos de forma sublime. Parecia arte. Não demorei muito a entabular conversa com a dona, que eu cá só me apaixonei pela sua chona. A retórica do Patife dá cartas e não demorei a cair nas suas boas graças, apesar de eu querer era cair na suas bordas lassas. Claro que pensei isto alto e aí é que foi o sarilho. Começou logo a alardear não sei quê de ser mulher séria e disse para me pôr fino. Não sei se estava a falar comigo ou com o Pacheco, que tinha acabado de se pôr grosso. Não andasses de papo ao léu na rua e nada disto te acontecia. Assim é estar a pedi-las. Depressa emendei a mão, desviando subtilmente o assunto para o descomunal tamanho da minha verga. Mas tratou de responder: «Patife, não me metes medo!». Apeteceu-me responder-lhe: «Ó filha, não é medo que eu te quero meter.» E tal como me apeteceu, assim o disse. Ela sorriu e aí eu percebi que estava já meio caminho mamado. Para a outra metade do caminho foi preciso abrir a traqueia muito mais do que lhe seria exigido. Ainda tentei desonrar-lhe a senisga à lorde mas acabámos por ficar mesmo pelas artes chupistas. É que ela foder, fodia. Mas não era a mesma coisa.

Patife
Blog «fode, fode, patife»