... e decorado em relevo nas duas faces: «Leda e o cisne» e «a recompensa do campeão».
Dois mimos em um... na minha colecção.
22 outubro 2013
21 outubro 2013
Alguém faz o obséquio de me explicar o que quer dizer "canoar no sexo"?
Não é que eu queira responder a este anúncio publicado em 25 de Setembro na página de classificados de Convívio do Diário de Coimbra... mas a cultura é uma coisa muito linda e eu não queria morrer sem saber o que é isto.
«conversa 2023» - bagaço amarelo
Eu - Porquê?
Ela - Num dia estou muito feliz e no dia seguinte já estou triste...
Eu - É sempre assim?
Ela - É. Ontem estava deprimida e hoje já estou a sentir-me feliz.
Eu - Bem... aproveita o dia de hoje, pelo menos.
Ela - Não consigo.
Eu - Porquê?
Ela - Porque estou feliz, mas sinto-me mal só de saber que amanhã já vou estar triste.
Eu - Não és assim tão bipolar, então. No fundo estás sempre triste.
Ela - Mais ou menos. Amanhã, por exemplo, vou estar triste, mas como sei que além de amanhã vou estar feliz consigo andar mais ou menos bem...
Eu - Estás a gozar comigo?
Ela - Não.
Eu - Parece mesmo!
Ela - Os homens é que não percebem estes labirintos sentimentais das mulheres.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Luís Gaspar lê «Em linguagem…» de Carlos Poças Falcão
Em linguagem clara o abandono é o amor.
Quando a hora chega e o tempo se consuma
as mãos podem estar tranquilas
que o olhar vê tudo bem e o coração desprende
a nuvem exaltada. Disto muitos querem prova.
Estende-lhes a taça para sua provação
pois só quem faz a prova conhece este sabor.
Abelha no açúcar e ave no pomar
som inicial duma canção fraterna
noite que ascende a uma estação mais pura
- ah, como escandaliza aquele que não ama
ver o amor provado do que todo se abandona!
Carlos Poças Falcão
nasceu em Guimarães, em 1951. Licenciado em Direito na Universidade de Coimbra, exerceu durante alguns anos a advocacia, que abandonou para dedicar-se à docência e à escrita. Tem colaboração dispersa por numerosas publicações e revistas literárias.
Ouçam este poema na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Quando a hora chega e o tempo se consuma
as mãos podem estar tranquilas
que o olhar vê tudo bem e o coração desprende
a nuvem exaltada. Disto muitos querem prova.
Estende-lhes a taça para sua provação
pois só quem faz a prova conhece este sabor.
Abelha no açúcar e ave no pomar
som inicial duma canção fraterna
noite que ascende a uma estação mais pura
- ah, como escandaliza aquele que não ama
ver o amor provado do que todo se abandona!
Carlos Poças Falcão
nasceu em Guimarães, em 1951. Licenciado em Direito na Universidade de Coimbra, exerceu durante alguns anos a advocacia, que abandonou para dedicar-se à docência e à escrita. Tem colaboração dispersa por numerosas publicações e revistas literárias.
Ouçam este poema na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Não tem como controlar
É a testosterona que faz isso com a gente.
Pra que uma banana com ereção no bolso, cara?
Capinaremos.com
Pra que uma banana com ereção no bolso, cara?
Capinaremos.com
20 outubro 2013
Música no Coração
O Senhor Doutor sabe melhor que eu que aos 18 anos as hormonas estão aos saltos e apaixonei-me então pela doce toada de um violoncelista, com ele a tanger o seu corpo contra o meu, a tocar cada poro da minha pele como uma corda vibrátil, num solo molto vivace de cama húmida do suor dos nossos corpos.
Ele era fã de música minimal repetitiva e adorava improvisar no seu violoncelo e vai daí que, em vez de me esfregar a toda hora e em qualquer lugar, como a nossa idade sugeria, levava-me para um estúdio arrendado à hora, com vários instrumentos e equipamento de gravação para o acompanhar ao piano nos seus solos quando eu só sabia tocar a escala e o toca o sino sacristão que são dois dó e quatro ré indefinidamente.
E nestes ensaios passaram-se meses Senhor Doutor, que eu até já tinha os dedos engelhados de tanto me contentar com eles e sonhava que uma clave de sol me penetrava mas se dissolvia no ar chilreando temas do Música no Coração que, com uma piscadela de olho e um dedo nos lábios da minha boca entreaberta lhe comuniquei que me ia que a minha especialidade são instrumentos de sopro e, percussão.
19 outubro 2013
«Tu não existes» - João
"Pode alguém que não existe ser insubstituível? Penso nisso com os olhos pregados no tecto. O ponteiro das horas rodou, e afastou-se já muito da meia-noite, e eu de olhos no tecto, parcamente iluminado por uma luz amarelada que vem de um candeeiro na rua, desconfiando que também os teus olhos estejam fixos num qualquer ponto, num tecto qualquer diferente, mas ainda assim tecto. Se não existes, se tu não existes, podes ser insubstituível? Pode haver gente cujo vazio não se consegue preencher? Tirar uma peça e meter outra? Como num puzzle duplicado em série, sempre igual?
As pessoas não são peças de puzzle. Os nossos recortes não são todos iguais. Temos arestas por limar, coisas que nos permitem melhor ou pior encaixe. Mas há puzzles que encaixam sem esforço, e ficam tão perfeitos que a nossa incredulidade leva a dizer que não existem. Que nada disto existe, nada disto é certo, verdade, forte. E afinal é. E afinal na não existência existe tudo, e o meu tecto é apenas um tecto, e há gente que não se substitui, há gente que não tem igual por mais que se busque. E esta sede que não cessa, que não se refresca, e este calor, estas gotas que rolam, este sangue que corre veloz, estes corpos, estas almas que se chamam. O rasgar das vestes, o grito, o morder e o suspiro. Isto. Isto não se substitui, mesmo sendo certo que não existes, existindo tanto."
João
Geografia das Curvas
As pessoas não são peças de puzzle. Os nossos recortes não são todos iguais. Temos arestas por limar, coisas que nos permitem melhor ou pior encaixe. Mas há puzzles que encaixam sem esforço, e ficam tão perfeitos que a nossa incredulidade leva a dizer que não existem. Que nada disto existe, nada disto é certo, verdade, forte. E afinal é. E afinal na não existência existe tudo, e o meu tecto é apenas um tecto, e há gente que não se substitui, há gente que não tem igual por mais que se busque. E esta sede que não cessa, que não se refresca, e este calor, estas gotas que rolam, este sangue que corre veloz, estes corpos, estas almas que se chamam. O rasgar das vestes, o grito, o morder e o suspiro. Isto. Isto não se substitui, mesmo sendo certo que não existes, existindo tanto."
João
Geografia das Curvas
São horas para foder
Relógio de corda manual, dos anos 70, fabricado no Japão.
«Time to fuck»... in my erotic art collection.
«Time to fuck»... in my erotic art collection.
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