08 novembro 2013

07 novembro 2013

«La Pudicizia (a Modéstia)» - Antonio Corradini, 1751 - Cappella Sansevero - Museu de Nápoles

Desconhecia esta estátua mas o José Carlos Igreja apresentou-ma na minha página do Facebook (que já tem 1.100 gostos).
O seu autor é Antonio Corradini (1668-1752) e ficou conhecido principalmente pelas suas mulheres com véus, como é o caso desta «La Pudicizia», exposta na Cappella Sansevero, em Nápoles:






O coelho punk e o sapo aflito

Esta estatueta, com 45 centímetros de altura, fazia parte de um dos expositores do 1º Salão Erótico de Lisboa, realizado em 2005.
Quando a comprei, na minha visita ao SIEL, disse-me o vendedor:
- Leva a peça mais fotografada deste Salão.

Do primeiro Salão Erótico (que na altura baptizei de ExpoFoda) não tenho imagens. Mas do segundo há uma página de parceria com o Pedro Laranjeira e reportagens feitas pelo Luis Graça para a funda São.

«As artes circenses do chupanço» - Patife

Esta achava-se uma fada. Mas a pinar não fazia magia alguma. Dei-lhe uma fodinha de condão e mesmo assim não atingia patamares de elevada qualidade fodilhona. Tive de fazer uma pausa na pranchada para imaginar como dava a volta à coisa e pensei: Tenho aqui um belo bico d´obra. E foi assim que na mesma frase formulei o problema e encontrei a solução, virando-a para o bico. E, oh, que solução tão arrebatadora. As coisas que aquela magana fazia com a boca são dignas de artista de circo. Assim que me começou a mamar no palhaço a tenda ficou logo montada na sua boca. O palhaço, esse, estava logo à boca de cena pronto para a festa. Mas era apenas um pequeno vislumbre do que estava para se passar a seguir. A gaja orquestrava coisas com a língua que fizeram o Pacheco sentir-se um acrobata da mais fina técnica, tais as cambalhotas que o meu pincel conseguiu fazer naquela boquinha mágica. A língua malabarista não parava um segundo, ostentando com sobranceria técnicas de abocanhamento e de lambuzice inimagináveis. Passava de uma técnica para a outra com a velocidade de um trovão e com uma intensidade capaz de lhe arruinar o esmalte. Estava eu já em êxtase a julgar-me no paraíso das sugadores de cornetas, quando o circo da sua boca apresentou um acto de elevada perícia e extremo perigo. Não parecia mais uma malabarista, mas sim uma autêntica engolidora de espadas em fogo. E lá foi a picha em brasa pela goela abaixo como nunca antes visto. Como é que esta garganeira do oral conseguiu enfiar todos os 30 centímetros de verga e ainda arranjar espaço para encaixar duas generosas bolas na bocarra, juro que não sei. Mas com este movimento mostrei-lhe que também sei fazer performances circenses e aqui o meu marsapo fechou o espectáculo com uma recriação do homem-bala, tal a pujança com que a meita saiu do meu canhão.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

Colares são para mulheres!

Crica para veres toda a história
As jóias ardentes da morte


1 página

06 novembro 2013

«Tonight we Tanqueray» - João

"Há coisas que se desenvolvem com a idade. As nossas papilas gustativas crescem (envelhecem) connosco e descobrimos sabores que talvez não nos fossem agradáveis a princípio. É natural que estejam a pensar nisso. Eu também. O gosto por uma boa vulva pode não estar lá no começo, mas depois de se aprender a degustar tão delicioso fruto, quando o fruto é bom, dispõe sempre bem, deixa-nos a alma tranquila, e há algo de mágico nisso. Mas este apontamento breve é sobre Gin. O que não tem mal algum, porque não são coisas incompatíveis. Há vários anos atrás a ideia arrepiar-me-ia porquanto, por um lado, não sou apreciador de bebidas destiladas puras, e, por outro, o sabor da água tónica nem sempre me cativou. Mas hoje, confesso, sou adepto incondicional. E gosto particularmente do Tanqueray. Sei que não é o Gin, e que possivelmente não reúne a horda de seguidores confessos do Plymouth, mas para mim, para as minhas papilas, cai sempre bem, e deixa-me mais feliz do que o omnipresente Gordon’s.
Para mim, beber um GT é qualquer coisa próxima de um ritual. E o que me agrada nos rituais é, muitas vezes, o que se subentende. E nesse tanto, para além do sabor, adoro a mensagem com que promovem o Tanqueray: Tonight we Tanqueray. É uma mensagem malandra. O gajo (ou gaja) que pensou na frase Tonight we Tanqueray estava provavelmente a pensar, ao mesmo tempo, em coisas como “Tonight we fuck”, “Tonight you’ll fuck me hard”, ou qualquer coisa nessa linha. Em português também funciona. Esta noite parto-te toda. Ou tu a mim, para não ser sempre o mesmo a partir. Esta noite agarro-te por trás. Esta noite vens-te comigo. Esta noite agarro-te pelos tomates. Esta noite faço-te um bico. Esta noite… Dá para tudo. Não me canso disto. E não consigo olhar para o raio da garrafa sem sorrir, de forma mais ou menos expressiva, porque penso sempre, sempre, nisto."




João
Geografia das Curvas

Um a um, com pinça

Qualquer apoiante deste Governo deve proceder à depilação das partes como forma de dispensar os excedentes na função púbica.

«pensamentos catatónicos (301)» - bagaço amarelo

O Público dizia, na capa da sua edição de ontem [dia 3/11], que os casamentos em Portugal estão a durar mais e os divórcios a cair. A culpada principal é a crise, que torna os membros de cada casal economicamente dependentes um do outro. É a confirmação de que este país está cada vez mais uma merda. A Economia já não controla apenas o Amor, mas também o desAmor.
Não foi neste país que eu nasci. Na verdade, já nem sei onde é que está esse país em que eu nasci, mas um dia destes saio daqui e vou procurá-lo noutro sítio qualquer. Talvez o encontre, talvez não, mas sei que está exactamente onde as pessoas acordam umas ao lado das outras todas as manhãs porque gostam uma da outra. Só por isso, não por outro motivo qualquer.
O Amor não é um contrato, nem sequer uma promessa. É cada suspiro que damos quando estamos afastados de quem Amamos, cada gota de suor que partilhamos. No final é cada dia que passa. Não cada ano financeiro. Mais um bocadinho e os contabilistas começam a ter uma alínea orçamental para o Amor. Este ano podemos Amar-nos até duzentos e cinquenta euros. Depois disso acabou porque temos que comer qualquer coisa. Nada mau.
Um país é tanto pior quanto o número de ombros que se encolhem para não enfrentar a vida, e Portugal é um país de ombros encolhidos perante tudo e mais alguma coisa. Encolhemo-nos agora perante a evidência que, depois de perder tudo, perdemos também a capacidade de Amar..


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Ball Cat


Obscenatório
obscenatorio.blogspot.com

05 novembro 2013

Alguns momentos da Folsom Fair de 2013

A Folsom Street Fair, realizada todos os anos em San Francisco, é um evento para os membros da comunidade BDSM (acrónimo para a expressão "Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo") de todo o mundo, proporcionando um espaço para expressar orgulhosamente perversões sexuais e fetiches.


Folsom Fair Highlights (NSFW) from Daily Xtra on Vimeo.

A FODA COMO ELA É (IV) - Trágicas Espiritualidades

Conheceram-se na Internet, num fórum sobre comida de gato. Verificaram partilhar entre si certos interesses mundanos, pelo menos em quantidade suficiente para que acertassem janta num antro vegetariano, escolhido por ela, no centro da capital.
As primeiras impressões foram de agradável promessa mútua. -"A gaja é bem boa." - pensou o rapaz, lambendo mentalmente os beiços. Por outro lado, o repasto foi uma monumental bosta à base de verduras e legumes insípidos, moldados em forma de deliciosas vitualhas carnívoras. Para ele e para sempre, a desilusão tinha agora a silhueta de um presunto de Chaves. A conversa, essa, escorreu no sentido de recíprocas tesões, tendo os dois acordado saltar os intermédios copofónicos, passando directamente à arena fodengal, situada nas águas-furtadas que a jovem habitava. Foi no sofá que começaram a lide. Muita saliva trocada, vianda sopesada e arfanço canino depois, estava tudo nu e pronto para outras oralidades. Eis que ela o pára, mão de unha pintada no peito. Desejava acender um pau de incenso, não obstante topar-se nesse instante com uma verdadeira tocha carnuda de veias pulsantes. Ele mordia-se por dentro, mas aguentou. Porém, ela também quis que lessem em conjunto um livro sobre sexo aiurvédico. O desgraçado sentia o artimanho rebentar-se-lhe nas peles enquanto via aquela musa de curvas generosas e em pelota integral, oferecendo-se à vista em sortidas perspectivas, enquanto recolhia incensos, cristais de ametista, espanta-espíritos, literatura new-age, discos com vocalizações de golfinhos na migração do solstício, sininhos budistas, óleos essenciais da Natura e outra quinquilharia porno-espiritual. -"A trepa valerá isto e muito mais!" - reflectiu o entesoado, acercando-se dela com a moca em riste, estava a moça curvada sobre o leitor de CD, o rotundo, rosadíssimo viegas espetado. Mas, mal sentiu a flauta pingante aflorar-lhe os pequenos lábios da moela, saltou alarmada. -"Que é isso? Não sei que fiz para lhe dar essa ideia tão brega. Queria oferecer-lhe um momento de alívio espiritual! Alinhará os chacras, vem-se para dentro, e o caralho, reagrupando-se com a sua essência vital." Gritava, desgrenhava-se, tapando-se com o que apanhava; gatos e peluches avulsos, que lhe atulhavam os cantos da casa.
Foi então que, à medida que lhe murchava o Orlando Furioso, o rapaz percebeu que ninguém naquela casa foderia e levitou até ao bar mais próximo.

«Estranheza» - Susana Duarte

serás sempre a face trilobada das folhas de ar onde volteio
danças de serenidade e luz; as flores das folhas dos prantos
de manhãs antigas, e a luz cadente do sol que navega.

serás sempre a face lunar das ondas de onde veio
a luz estranha das manhãs de névoa; os encontros e os recantos
dos dias em que a chuva nos encantou, e a estranheza
do choro incessante sobre o qual a barca da aurora chega.

poderás ser o que quiseres, se romperes a luz clara
das tuas noites, e viajares sobre o brilho das estrelas de então.

serás, nesse momento, o brilho vermelho e o pulsar
intermitente do que te agita o peito e te vive (n)o coração.



Susana Duarte
Poema e foto, como (quase) sempre =)
Blog Terra de Encanto

Jesus Cristo sorridente

Estatueta em resina de uma artista dos EUA que pediu o anonimato (e eu respeito).
Quando a minha Mãe - católica que por ela nem se importava de viver numa sacristia - visitou a minha colecção, vi-a muito pensativa e não fez qualquer comentário. Eu perguntei-lhe:
- Então, minha Mãe? O que achou da colecção?
- Gostei...
- Mas...
- Só não gostei da imagem do crucifixo.