Estatueta em madeira com tronco de mulher e ovos sobre a vagina.
Trabalho de autor português, comprado em 1988 para a minha colecção.
14 dezembro 2013
Postalinhos da Capadócia
"Capadócia, Turquia, com as suas formações geológicas únicas, resultado de fenómenos vulcânicos e da erosão."
Rosa Amélia M.
Rosa Amélia M.
13 dezembro 2013
«Free the nipple!» (libertem o mamilo)
Movimento «Free the nipple» pela liberdade de as mulheres praticarem topless... da mesma forma como os homens.
FREE THE NIPPLE (Uncensored) Teaser! from FREE THE NIPPLE on Vimeo.
FREE THE NIPPLE (Uncensored) Teaser! from FREE THE NIPPLE on Vimeo.
12 dezembro 2013
O Jardim Separado
"Escrevo para foder os contrafortes da mente, escrevo a fêmea que submerge da legião profunda e entra, rasgando todos os encalços nas labaredas húmidas do mundo. Fodo e escrevo, os caminhos ardentes do solstício uterino que permanece ininterrupto, a cada eclodir, as bocas ressonâncias, nos sexos que possuo encostados ao cio, aos lábios grandes, ligando- me as frases aos gemeres incompletos dos ventres que balouçam entre os faróis, demolindo, biografias, sítios, e os incêndios que alvejam de dentro das palavras pénias, expostas, grossas, fálicas, e que cadenciam as fodas laboriosamente, que eu amo e que me libertam o corpo dos trilhos machos."
do livro O Jardim Separado.
Luísa Demétrio Raposo
do livro O Jardim Separado.
Luísa Demétrio Raposo
11 dezembro 2013
«Finitude» - João
"Somos confrontados, a espaços, com a finitude. A primeira vez que me recordo de dar conta que era finito, que a minha vida caminhava, inexoravelmente, para um conjunto de tábuas, foi aos oito anos. Não sei porquê. Podia ter sido antes, ou depois. Mas alguma coisa, de que eu não me recordo, criou em mim a percepção de que a vida era finita. De que todos morriam. E eu também. Lembro-me, com razoável nitidez, de estar deitado na cama a olhar para o tecto e a tentar imaginar a inexistência. A tentar imaginar o que seria eu – que me sentia tão vivo – deitado e imóvel, morto, sem pensar, sem olhar, sem sentir, sem respirar, sem estar. A minha mente de oito anos não conseguiu encaixar essa ideia tanto quanto a de trinta e sete recusa. A minha atitude perante a morte é hoje diferente, mas creio que aquilo que se consegue com a idade não é tanto o ser capaz de fazer aquilo que tentei com oito anos e não sentir algum pavor, mas sim desenvolver técnicas de evitar pensar na morte dessa forma, ou pelo menos relativizar a noção de morte.
Não sei, também, se a morte é temida pelo fim ou pelo processo. Estar morto poupa-nos a uma série de incómodos (e ecoa na minha mente, agora mesmo “a um morto nada se recusa, e eu quero por força ir de burro”) e se, na ausência de outros valores, nos dedicarmos a uma vida hedonista, poder-se-á conviver com a morte de forma desassombrada. Estamos cá, tiramos o máximo prazer que podemos das coisas, e depois passamos à inexistência. Mas o processo é lixado. A transição vida/morte não é sempre como um desligar de botão. Quando é uma transição prolongada, o suficiente para se sentir dor ou ter a percepção de que a vida está a momentos de terminar, o pavor instala-se, e é por isso que questiono se o que nos assusta, verdadeiramente, é o fim (estar morto), ou o processo (estar a morrer).
Afastando-nos do hedonismo, temos outras respostas noutras vias espirituais. A minha matriz católica – que mantenho, com dificuldades aqui e ali – alivia-me tanto o fim quanto o processo, no tanto em que o fim não é verdadeiramente o fim, e o processo pode contribuir para um fim melhor. I.e., a morte não é senão a inexistência física, mantendo-se a nossa existência incorpórea num plano não terrestre (o céu, o purgatório, ou o inferno), e o processo, porque o catolicismo associa o sofrimento à purificação, pode acelerar ou garantir o acesso ao céu, evitando o purgatório. Diga-se, ainda, que por via do catolicismo, a existência incorpórea no céu, no purgatório ou no inferno, não são uma decisão divina unilateral, mas sim uma pena auto-imposta quando às nossas almas é dada ver a nossa vida com os olhos do Criador. Outras religiões terão diferentes visões da morte, mas desconheço-as.
Os detractores das religiões dirão, prontamente, que tudo isto é uma forma elegante de resolver a morte. Uma prática de auto-engano. Uma ilusão que permite aos meninos de oito anos – e aos de trinta e sete – pensar na sua finitude sem desesperar. Sinto, para mim, que não o é, embora funcione. A noção de que o divino nos espera e de que a nossa existência se expande muito para lá da existência terrena é, obviamente, confortável. Até certo ponto, pelo menos. Colide, é certo, com o hedonismo que apetece. Mas mesmo isso é discutível. O Deus castigador do antigo testamento, que pertence a um determinado contexto, deu lugar a um Deus de amor inesgotável, que sempre nos recebe quando a Ele nos dirigimos. Mas não pareça este um texto dedicado à religião. A católica ou outra qualquer. Apenas aqui cheguei por causa das cerejas. Das palavras.
O que me levou a escrever foi a finitude que nos espreita e às vezes se mostra. Os nossos corações sempre se assustam quando a finitude espreita os nossos. Este ano já me assustei. Já me assustei comigo, já me assustei com a família, já me assustei com o coração. As nossas vidas não são as de borboletas. São vidas longas o suficiente para muitos chegarem ao ponto de já nem querer saber, e esperar a morte com muita paz senão até com desejo. Mas às vezes os sobressaltos acontecem muito, muito antes de tempo. Quando o tempo ainda não é o da pacificação, não é o do desejo da ausência que inibe o desconforto. Às vezes os sobressaltos acontecem numa altura em que tudo quanto queremos é mimo. Muito mimo. Alturas em que os corpos se querem próximos, não para o galope, mas para as carícias que fluem pela ponta dos dedos, suavemente, sobre a pele."
João
Geografia das Curvas
Não sei, também, se a morte é temida pelo fim ou pelo processo. Estar morto poupa-nos a uma série de incómodos (e ecoa na minha mente, agora mesmo “a um morto nada se recusa, e eu quero por força ir de burro”) e se, na ausência de outros valores, nos dedicarmos a uma vida hedonista, poder-se-á conviver com a morte de forma desassombrada. Estamos cá, tiramos o máximo prazer que podemos das coisas, e depois passamos à inexistência. Mas o processo é lixado. A transição vida/morte não é sempre como um desligar de botão. Quando é uma transição prolongada, o suficiente para se sentir dor ou ter a percepção de que a vida está a momentos de terminar, o pavor instala-se, e é por isso que questiono se o que nos assusta, verdadeiramente, é o fim (estar morto), ou o processo (estar a morrer).
Afastando-nos do hedonismo, temos outras respostas noutras vias espirituais. A minha matriz católica – que mantenho, com dificuldades aqui e ali – alivia-me tanto o fim quanto o processo, no tanto em que o fim não é verdadeiramente o fim, e o processo pode contribuir para um fim melhor. I.e., a morte não é senão a inexistência física, mantendo-se a nossa existência incorpórea num plano não terrestre (o céu, o purgatório, ou o inferno), e o processo, porque o catolicismo associa o sofrimento à purificação, pode acelerar ou garantir o acesso ao céu, evitando o purgatório. Diga-se, ainda, que por via do catolicismo, a existência incorpórea no céu, no purgatório ou no inferno, não são uma decisão divina unilateral, mas sim uma pena auto-imposta quando às nossas almas é dada ver a nossa vida com os olhos do Criador. Outras religiões terão diferentes visões da morte, mas desconheço-as.
Os detractores das religiões dirão, prontamente, que tudo isto é uma forma elegante de resolver a morte. Uma prática de auto-engano. Uma ilusão que permite aos meninos de oito anos – e aos de trinta e sete – pensar na sua finitude sem desesperar. Sinto, para mim, que não o é, embora funcione. A noção de que o divino nos espera e de que a nossa existência se expande muito para lá da existência terrena é, obviamente, confortável. Até certo ponto, pelo menos. Colide, é certo, com o hedonismo que apetece. Mas mesmo isso é discutível. O Deus castigador do antigo testamento, que pertence a um determinado contexto, deu lugar a um Deus de amor inesgotável, que sempre nos recebe quando a Ele nos dirigimos. Mas não pareça este um texto dedicado à religião. A católica ou outra qualquer. Apenas aqui cheguei por causa das cerejas. Das palavras.
O que me levou a escrever foi a finitude que nos espreita e às vezes se mostra. Os nossos corações sempre se assustam quando a finitude espreita os nossos. Este ano já me assustei. Já me assustei comigo, já me assustei com a família, já me assustei com o coração. As nossas vidas não são as de borboletas. São vidas longas o suficiente para muitos chegarem ao ponto de já nem querer saber, e esperar a morte com muita paz senão até com desejo. Mas às vezes os sobressaltos acontecem muito, muito antes de tempo. Quando o tempo ainda não é o da pacificação, não é o do desejo da ausência que inibe o desconforto. Às vezes os sobressaltos acontecem numa altura em que tudo quanto queremos é mimo. Muito mimo. Alturas em que os corpos se querem próximos, não para o galope, mas para as carícias que fluem pela ponta dos dedos, suavemente, sobre a pele."
João
Geografia das Curvas
Mestre Shark - Faço Domicílios
O 69 é um número muito sobrevalorizado. A malta acha piada ao conceito em teoria mas depois queixa-se imenso de falta de coordenação e assim.
«conversa 2033» - bagaço amarelo
Eu - Fixe. Vou precisar de ti, então.
Ela - Porquê?
Eu - Porque as paredes da minha casa estão um nojo e vou ter que as pintar, coisa em que não tenho grande experiência.
Ela - Sabe-me sempre bem conversar contigo de vez em quando.
Eu - Porquê?
Ela - Porque me apercebo sempre do motivo pelo qual as coisas nunca resultaram entre nós.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Postalinho de Halong Bay, no Vietnam
"Quando os chineses invadiram Halong, o povo pediu protecção ao Grande Dragão. Então, ele vomitou e criou mais de 3000 ilhotas que os protegeram como uma barreira. São assim as lendas...
No caso desta ilhota, não sei o que isto me faz lembrar mas tu, Sãozinha, deves saber!
Beijos do
Alfredo"
No caso desta ilhota, não sei o que isto me faz lembrar mas tu, Sãozinha, deves saber!
Beijos do
Alfredo"
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