"Escrevo para foder os contrafortes da mente, escrevo a fêmea que submerge da legião profunda e entra, rasgando todos os encalços nas labaredas húmidas do mundo. Fodo e escrevo, os caminhos ardentes do solstício uterino que permanece ininterrupto, a cada eclodir, as bocas ressonâncias, nos sexos que possuo encostados ao cio, aos lábios grandes, ligando- me as frases aos gemeres incompletos dos ventres que balouçam entre os faróis, demolindo, biografias, sítios, e os incêndios que alvejam de dentro das palavras pénias, expostas, grossas, fálicas, e que cadenciam as fodas laboriosamente, que eu amo e que me libertam o corpo dos trilhos machos."
do livro O Jardim Separado.
Luísa Demétrio Raposo