procuro folhas por entre o sal
e o fogo
da existência das noites
e sei do sal e do fogo
das ausências,
como se fossem vida e morte
e toda a noite que temos dentro
ainda que dela fujamos.
sei da noite e do sal,
como sei do azul e dos teus dedos,
sabedores do sabor dos meus segredos
e das toadas e
das luzes
e das vielas
serás sempre o sal e o sol e o fogo
e todas as ruas por onde caminho
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
17 dezembro 2013
«Penis Migratoris»
Estatueta em barro pintado com a mascote da SAPEC - Sociedade Anónima dos Polidores de Esquinas de Caria, da autoria de Paulo Santos (Betes)
Desde 1985, durante vários anos, uma imagem do «Penis Migratoris», um pénis alado, manteve-se na portada em madeira de uma janela de uma casa abandonada em frente do adro da igreja matriz de Caria. Esta estatueta é uma réplica desse desenho e foi oferecida pelo autor, para a minha colecção.
Desde 1985, durante vários anos, uma imagem do «Penis Migratoris», um pénis alado, manteve-se na portada em madeira de uma janela de uma casa abandonada em frente do adro da igreja matriz de Caria. Esta estatueta é uma réplica desse desenho e foi oferecida pelo autor, para a minha colecção.
16 dezembro 2013
«conversa 2035» - bagaço amarelo
Eu - Bom?! Porquê?!
Ela - Não há maior prazer nesta vida do que dar falsas esperanças a um homem durante uma noite inteira e, no fim, dizer-lhe simplesmente adeus com a mão e ir embora.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Luís Gaspar lê um excerto de «Pantagruel» de Rabelais
Já que nos sobeja o tempo, não será de todo inútil nem ocioso revelar a origem e extracção do bom Pantagruel. Foi assim que, nas suas crónicas, procederam todos os bons historiógrafos, não só árabes, bárbaros e latinos, mas também gregos, que foram borrachos de primeira, e os autores das Santas Escrituras, S. Lucas e S. Mateus.
Sabei pois que, nos alvores do mundo (quer dizer há mais de quarenta quarentenas de noites, se contarmos como os antigos druidas), pouco depois de Abel ter sido morto por seu irmão Caim, a terra, regada com o sangue do justo, vicejou e floresceu como um vero paraíso. Dos seus flancos, cresciam todas as árvores e havia fruta a dar com um pau. Sobretudo nêsperas. Dessa época ficou o dizer-se «ano das nêsperas gordas», porque três pesavam um alqueire.
Nesse ano também se descobriram as calendas nos breviários dos gregos, e viu-se então que Março calhava na quaresma e os meados de Agosto em pleno mês de Maio. Em Outubro, se bem me lembro, ou em Setembro, se não me engano (Deus me livre!) correu a semana ditosa entre as ditosas, tão afamada nos anais e hoje conhecida pela semana dos nove dias, porque o ano era bissexto: o sol desandou da direita para a canhota, a lua mudou de cinco toesas o seu curso e viu-se perfeitamente o tremelicar das estrelas fixas no firmamento. Foi então que uma das Três Marias, mandando as outras à fava, deu uma carreirinha até o Equinócio e a Espiga deixou a Virgem para se encafuar na Balança. Foram coisas tão pasmosas, tão terríveis e difíceis que os astrólogos quedaram estarrecidos, sem poderem meter o dente em tão especiosa matéria. De resto, só com dentes de cavalo chegariam até lá.
Sabei pois que o mundo inteiro apanhava grandes barrigadas de nêsperas, porque eram lindas de se verem e gostosas ao paladar. Mas, tal como Noé, santo entre os santos a quem devemos a plantação da vinha de onde nos vem este licor deleitável, delicioso, precioso, celestial e divino que se chama vinho, foi enganado ao bebê-lo, ignorante da sua virtude e força, as mulheres e os homens desse tempo empanzinaram-se à porfia com esse belo e sumarento fruto. O que foi motivo de muitas e diversas moléstias, sendo a mais importante um horrível inchaço nas partes mais inesperadas do corpo.
Rabelais
Françhois Rabelaiche (Chinon, 1494 — Paris, 9 de abril de 1553) escritor, padre e médico francês do Renascimento, que usou, também, o pseudónimo Alcofribas Nasier (um anagrama de seu verdadeiro nome).
Ficou para a posteridade como o autor das obras primas cómicas Pantagruel e Gargântua, que exploravam lendas populares, farsas, romances, bem como obras clássicas. O escatologismo é usado para condenação humorística. A exuberância da sua criatividade, do seu colorido e da sua variedade literária asseguram a sua popularidade.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Sabei pois que, nos alvores do mundo (quer dizer há mais de quarenta quarentenas de noites, se contarmos como os antigos druidas), pouco depois de Abel ter sido morto por seu irmão Caim, a terra, regada com o sangue do justo, vicejou e floresceu como um vero paraíso. Dos seus flancos, cresciam todas as árvores e havia fruta a dar com um pau. Sobretudo nêsperas. Dessa época ficou o dizer-se «ano das nêsperas gordas», porque três pesavam um alqueire.
Nesse ano também se descobriram as calendas nos breviários dos gregos, e viu-se então que Março calhava na quaresma e os meados de Agosto em pleno mês de Maio. Em Outubro, se bem me lembro, ou em Setembro, se não me engano (Deus me livre!) correu a semana ditosa entre as ditosas, tão afamada nos anais e hoje conhecida pela semana dos nove dias, porque o ano era bissexto: o sol desandou da direita para a canhota, a lua mudou de cinco toesas o seu curso e viu-se perfeitamente o tremelicar das estrelas fixas no firmamento. Foi então que uma das Três Marias, mandando as outras à fava, deu uma carreirinha até o Equinócio e a Espiga deixou a Virgem para se encafuar na Balança. Foram coisas tão pasmosas, tão terríveis e difíceis que os astrólogos quedaram estarrecidos, sem poderem meter o dente em tão especiosa matéria. De resto, só com dentes de cavalo chegariam até lá.
Sabei pois que o mundo inteiro apanhava grandes barrigadas de nêsperas, porque eram lindas de se verem e gostosas ao paladar. Mas, tal como Noé, santo entre os santos a quem devemos a plantação da vinha de onde nos vem este licor deleitável, delicioso, precioso, celestial e divino que se chama vinho, foi enganado ao bebê-lo, ignorante da sua virtude e força, as mulheres e os homens desse tempo empanzinaram-se à porfia com esse belo e sumarento fruto. O que foi motivo de muitas e diversas moléstias, sendo a mais importante um horrível inchaço nas partes mais inesperadas do corpo.
Rabelais
Françhois Rabelaiche (Chinon, 1494 — Paris, 9 de abril de 1553) escritor, padre e médico francês do Renascimento, que usou, também, o pseudónimo Alcofribas Nasier (um anagrama de seu verdadeiro nome).
Ficou para a posteridade como o autor das obras primas cómicas Pantagruel e Gargântua, que exploravam lendas populares, farsas, romances, bem como obras clássicas. O escatologismo é usado para condenação humorística. A exuberância da sua criatividade, do seu colorido e da sua variedade literária asseguram a sua popularidade.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Não tá fácil pra ninguém
Todo mundo é vadia de alguém.
Sei que seu chefe cobra de você, mas olhe pelo lado bom, alguém manda nele também.
Capinaremos.com
Sei que seu chefe cobra de você, mas olhe pelo lado bom, alguém manda nele também.
Capinaremos.com
15 dezembro 2013
Arqueologia sacra
(Foto © Patologista)
Em miúda, o que eu gostava de fazer furinhos naquelas caixas da Regina para saírem chocolates mas com o avançar do tempo passei antes a preferir a exaltação de usar a pressão dos meus dedos para fazer saltar aquele creme pastoso que sai das borbulhas.
E se ele outros predicados não tivesse bastar-me-ia este. Ele alongava-se de barriga para baixo expondo toda a sua pele macia e como um gato permitia que lhe afagasse todo o pêlo e até a traquinice de lhe tactear as bolinhas de râguebi enquanto a minha respiração acelerava sentindo na polpa dos dedos estendidos aquela suavidade e a mínima protuberância digna de extirpar, alucinada ainda mais pela visão daquele rabinho soerguido a que encostava as minhas ancas antes de me debruçar sobre ele a espremer cada um dos maravilhosos achados e creio mesmo que o ouvia ronronar.
Esgotado o espólio, serpenteava sobre o seu corpo e delineava-lhe um rasto de saliva da primeira vértebra cervical até ao sacro, murmurando que já lhe espetara um dorsal e podíamos começar a correr a maratona.
E se ele outros predicados não tivesse bastar-me-ia este. Ele alongava-se de barriga para baixo expondo toda a sua pele macia e como um gato permitia que lhe afagasse todo o pêlo e até a traquinice de lhe tactear as bolinhas de râguebi enquanto a minha respiração acelerava sentindo na polpa dos dedos estendidos aquela suavidade e a mínima protuberância digna de extirpar, alucinada ainda mais pela visão daquele rabinho soerguido a que encostava as minhas ancas antes de me debruçar sobre ele a espremer cada um dos maravilhosos achados e creio mesmo que o ouvia ronronar.
Esgotado o espólio, serpenteava sobre o seu corpo e delineava-lhe um rasto de saliva da primeira vértebra cervical até ao sacro, murmurando que já lhe espetara um dorsal e podíamos começar a correr a maratona.
14 dezembro 2013
«Burlesque-ooh-rama»
Espectáculo de burlesco com Tronicat la Miez, Belle La Donna e Xarah von den Vielenregen.
Burlesque-ooh-rama from Zismo on Vimeo.
E aqui ficam umas musiquinhas excelentes para ambientes de burlesco, de bónus:
Burlesque-ooh-rama from Zismo on Vimeo.
E aqui ficam umas musiquinhas excelentes para ambientes de burlesco, de bónus:
«O motor do desenvolvimento tecnológico» - João
"Não sei se existem mais homens ou mulheres nos domínios de investigação relacionados com computação e tecnologia em sentido lato. Arrisco dizer que seja maior o número de homens, talvez pela ideia que tenho de que nos cursos tecnológicos há mais homens do que mulheres. Poderá ser uma concepção errada, mas que me ajuda muito a suportar a ideia chave que vos quero apresentar: o mundo tecnológico desenvolve-se por uma única razão. Gajas.
Não me venham com tretas. A internet, os computadores, os telefones, a televisão de alta definição existem porque queremos ver gajas. Eu lembro-me de usar computadores com 20MB (sim, vinte megabytes) de disco rígido, e com monitores de apenas 4 tons de verde (CGA). Em relativamente poucos anos a ciência informática deu saltos de gigante. Alguém se lembra de que foi há poucos anos (menos de 10) que ainda se usavam muitos processadores 486 e que os discos rígidos tinham capacidades de poucos gigabytes? E querem convencer-me de que tudo isso evoluiu porque era preciso ter máquinas de maior capacidade para fazer documentos e folhas de cálculo? Para registar correspondência? Ou até mesmo para… jogar? Não! Os computadores evoluíram muito porque a horda de homens engenheiros por detrás do seu desenvolvimento queriam desenvolver algo que lhes permitisse ver mais gajas. Os discos rígidos aumentaram em capacidade para poder guardar mais gigabytes de gajas nuas, em fotos ou em vídeos. Querem convencer-me de que as placas gráficas evoluíram para melhorar a performance tridimensional dos jogos de computador? Não! As placas gráficas evoluíram porque era preciso reproduzir com maior fidelidade os finos detalhes da pele das gajas! O resto veio por acréscimo, só para disfarçar.
Mais… os telefones. Para falar ao telefone em qualquer canto do mundo basta que o dito aparelho permita atender chamadas, e fazê-las. Ter uma agenda é conveniente para não escrever sempre os números, mas desde que tenha essa dita agenda, permita digitar números, atenda e marque, cumpre a sua função. Certo? Certo. Mas nós temos telefones com displays a cores, muitas cores, com câmara fotográfica, com chamadas de video, com comunicação bluetooth, etc. E querem dizer-me que isso serve para comunicar melhor, para ser mais produtivo, para ter a informação na mão em qualquer lado? Não! Isso serve para contactar gajas, para fotografar gajas, para enviar e receber fotos de gajas nuas, para nós enviarmos fotos das nossas pendurezas (das quais elas se vão rir se estiverem, de facto, penduradas) por MMS, e para fotografar gajas desprevenidas na rua ou na praia.
A internet. Alguém se lembra da internet por dial-up? Olhem que não passou muito tempo. Há 7 anos por exemplo ainda se usava muito. Com modems de 56K. Em 2001 ou 2002 havia ainda pouca gente com banda larga (o próprio nome é parecido com bunda larga, lá está, de novo, a ligação às gajas) e a maioria dos acessos à internet fazia-se por linha telefónica em sistema dial-up, para consultar e-mails e fazer alguma pesquisa. Alguém precisa de banda larga para ler e-mail? São precisos 10, 20 ou 100Mbit de downstream para ler e-mail? Não! Isso serve para fazer download de gajas. A gente quer internet rápida para sacar muitas gajas da net. E se alguém disser “ah bom, mas mesmo para ler o e-mail, é bom ter banda larga”, isso é apenas porque o e-mail está cheio de gajas. São powerpoints com gajas. Videos com gajas. Gajas em todo o lado. Porque se o e-mail fosse usado para texto, sem anexos, a banda estreita chegaria quase sempre (há excepções, claro… enviar informação geográfica por e-mail exige mais. Mas se fosse só por isso, ninguém apostava na banda larga).
A televisão. Querem convencer-me de que a televisão de alta definição serve para ver melhor os jogos de futebol? Alguém quer ver com detalhe a relva dos estádios? As caretas dos jogadores ou os brincos do Ronaldo? Alguém precisa ver as manchas de sangue do CSI com maior detalhe para entender a história? Não!!!! A alta definição na televisão serve para levar para o sofá da sala aquilo que nos monitores dos PCs já existia: imagens de gajas com detalhe! Videos com detalhe, imagem com detalhe, gajas nítidas. Só isso. Note-se, a esse propósito, como um dos principais iscos dos sites eróticos é oferecer imagens cada vez maiores. Imagens de gajas em resolução 1024×768 é fraquinho, não entusiasma ninguém. O que os machos querem é imagens enormes, de 4000 ou 5000 pixeis no lado mais largo da imagem, imagens de muitos, muitos megapixeis, que num zoom de 100% permitem ver todos os sinais da pele da gaja, e até permitem ver qual o método que ela usa para se depilar. Podem ser um exagero, e para se conseguir ver a gaja completa é preciso ver a imagem com um zoom de 10 ou 15%, e cada imagem pode ter vários megabytes, mesmo comprimida em JPG. Mas isso não interessa. Porque a gente quer é gajas, e ter o poder de fazer zoom e ver a gaja ainda mais perto do que se estivessemos lá encostados com o nariz… é colossal.
Por isso, não me venham com tretas. O motor do desenvolvimento tecnológico é apenas um: gajas. Os computadores servem para ver gajas, os discos externos servem para transportar gajas, os telefones servem para receber e enviar gajas, a televisão serve para ver melhor as gajas, e a internet é o veículo das gajas. Não há nenhum segredo nisto.
O que eu não sei é o que seria da tecnologia se as gajas fossem as principais responsáveis por ela. Mas seria diferente."
João
Geografia das Curvas
Não me venham com tretas. A internet, os computadores, os telefones, a televisão de alta definição existem porque queremos ver gajas. Eu lembro-me de usar computadores com 20MB (sim, vinte megabytes) de disco rígido, e com monitores de apenas 4 tons de verde (CGA). Em relativamente poucos anos a ciência informática deu saltos de gigante. Alguém se lembra de que foi há poucos anos (menos de 10) que ainda se usavam muitos processadores 486 e que os discos rígidos tinham capacidades de poucos gigabytes? E querem convencer-me de que tudo isso evoluiu porque era preciso ter máquinas de maior capacidade para fazer documentos e folhas de cálculo? Para registar correspondência? Ou até mesmo para… jogar? Não! Os computadores evoluíram muito porque a horda de homens engenheiros por detrás do seu desenvolvimento queriam desenvolver algo que lhes permitisse ver mais gajas. Os discos rígidos aumentaram em capacidade para poder guardar mais gigabytes de gajas nuas, em fotos ou em vídeos. Querem convencer-me de que as placas gráficas evoluíram para melhorar a performance tridimensional dos jogos de computador? Não! As placas gráficas evoluíram porque era preciso reproduzir com maior fidelidade os finos detalhes da pele das gajas! O resto veio por acréscimo, só para disfarçar.
Mais… os telefones. Para falar ao telefone em qualquer canto do mundo basta que o dito aparelho permita atender chamadas, e fazê-las. Ter uma agenda é conveniente para não escrever sempre os números, mas desde que tenha essa dita agenda, permita digitar números, atenda e marque, cumpre a sua função. Certo? Certo. Mas nós temos telefones com displays a cores, muitas cores, com câmara fotográfica, com chamadas de video, com comunicação bluetooth, etc. E querem dizer-me que isso serve para comunicar melhor, para ser mais produtivo, para ter a informação na mão em qualquer lado? Não! Isso serve para contactar gajas, para fotografar gajas, para enviar e receber fotos de gajas nuas, para nós enviarmos fotos das nossas pendurezas (das quais elas se vão rir se estiverem, de facto, penduradas) por MMS, e para fotografar gajas desprevenidas na rua ou na praia.
A internet. Alguém se lembra da internet por dial-up? Olhem que não passou muito tempo. Há 7 anos por exemplo ainda se usava muito. Com modems de 56K. Em 2001 ou 2002 havia ainda pouca gente com banda larga (o próprio nome é parecido com bunda larga, lá está, de novo, a ligação às gajas) e a maioria dos acessos à internet fazia-se por linha telefónica em sistema dial-up, para consultar e-mails e fazer alguma pesquisa. Alguém precisa de banda larga para ler e-mail? São precisos 10, 20 ou 100Mbit de downstream para ler e-mail? Não! Isso serve para fazer download de gajas. A gente quer internet rápida para sacar muitas gajas da net. E se alguém disser “ah bom, mas mesmo para ler o e-mail, é bom ter banda larga”, isso é apenas porque o e-mail está cheio de gajas. São powerpoints com gajas. Videos com gajas. Gajas em todo o lado. Porque se o e-mail fosse usado para texto, sem anexos, a banda estreita chegaria quase sempre (há excepções, claro… enviar informação geográfica por e-mail exige mais. Mas se fosse só por isso, ninguém apostava na banda larga).
A televisão. Querem convencer-me de que a televisão de alta definição serve para ver melhor os jogos de futebol? Alguém quer ver com detalhe a relva dos estádios? As caretas dos jogadores ou os brincos do Ronaldo? Alguém precisa ver as manchas de sangue do CSI com maior detalhe para entender a história? Não!!!! A alta definição na televisão serve para levar para o sofá da sala aquilo que nos monitores dos PCs já existia: imagens de gajas com detalhe! Videos com detalhe, imagem com detalhe, gajas nítidas. Só isso. Note-se, a esse propósito, como um dos principais iscos dos sites eróticos é oferecer imagens cada vez maiores. Imagens de gajas em resolução 1024×768 é fraquinho, não entusiasma ninguém. O que os machos querem é imagens enormes, de 4000 ou 5000 pixeis no lado mais largo da imagem, imagens de muitos, muitos megapixeis, que num zoom de 100% permitem ver todos os sinais da pele da gaja, e até permitem ver qual o método que ela usa para se depilar. Podem ser um exagero, e para se conseguir ver a gaja completa é preciso ver a imagem com um zoom de 10 ou 15%, e cada imagem pode ter vários megabytes, mesmo comprimida em JPG. Mas isso não interessa. Porque a gente quer é gajas, e ter o poder de fazer zoom e ver a gaja ainda mais perto do que se estivessemos lá encostados com o nariz… é colossal.
Por isso, não me venham com tretas. O motor do desenvolvimento tecnológico é apenas um: gajas. Os computadores servem para ver gajas, os discos externos servem para transportar gajas, os telefones servem para receber e enviar gajas, a televisão serve para ver melhor as gajas, e a internet é o veículo das gajas. Não há nenhum segredo nisto.
O que eu não sei é o que seria da tecnologia se as gajas fossem as principais responsáveis por ela. Mas seria diferente."
João
Geografia das Curvas
Ninho com ovos
Estatueta em madeira com tronco de mulher e ovos sobre a vagina.
Trabalho de autor português, comprado em 1988 para a minha colecção.
Trabalho de autor português, comprado em 1988 para a minha colecção.
Postalinhos da Capadócia
"Capadócia, Turquia, com as suas formações geológicas únicas, resultado de fenómenos vulcânicos e da erosão."
Rosa Amélia M.
Rosa Amélia M.
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