Um sábado qualquer...
18 janeiro 2014
17 janeiro 2014
A funda São mora na filosofia [II]
Tenho ali numa estante um livro que se chama Os Filósofos e as Paixões, e que faz um percurso histórico sobre a forma como a paixão é encarada pelos vários filósofos, em diferentes contextos. É um livro necessário - até porque há uma espécie de regra implícita de que o filósofo tem que ser racional, frio, calculista - ok, talvez o Kant nos tenha dado um bocadinho de má fama. Ou então é angustiado até à 5ª casa - Schopenhauer, you did it again! O facto é que, bem vistas as coisas, a palavra filosofia contém amor/amizade (philia), sendo esses sentimentos projectados (de forma não violenta, vá!) face à sofia (à sabedoria).
Parece fácil concluir que a filosofia é uma actividade que encerra alguma promiscuidade em si mesma: somos todos amantes (diria amigos coloridos) da sabedoria e queremos muito, mas muito praticar o amor com ela. Sim, praticar. Experimentar. Ir para lá do amor platónico. Somos muitos a dormir com a sofia (a sabedoria, entenda-se), o que faz de mim lésbica (OMG, e agora? vou já escrever para a Hora do Sexo, e expor a situação ao Dr. Quintino!) e de tantos de vós gays. E felizes, que isto do saber está estreitamente relacionado com o sabor e o saborear (psshht onde é que essa mente perversa já ia? venha cá sachavore).
Tenho uma pessoa amiga que está a passar por uma relação à qual não consegue dar um nome. Não sabe "o que é aquilo". Para os filósofos, isto é um problema, pois gostamos de trabalhar com conceitos, definir o seu significado, para depois problematizar e aprofundar o mesmo. Assim sendo, resolvi ajudar a pessoa amiga. Perguntei-lhe algumas coisas, usando palavras como "namorado", "amigo colorido". Nada do que ela dizia sobre essa relação coincidia com esses conceitos.
"Não sei se estás preparada para isto" - disse-lhe, do alto da minha sapiência (NOT) - "mas o que tu tens é uma cena, com o rapaz." Nem é carne, nem é peixe - nem seitan ou tofu. É uma cena. Descansa, isso não é um problema de saúde pública (nem a virgindade aos 26 anos, sim, Dr. Q?). Tantas vezes vivemos e experimentamos coisas que não sabemos exactamente o que são (por exemplo, o tofu é um mistério para muitos) e ninguém morre por causa disso. Morre-se, sim, quando se recusa viver essas cenas, que nos dão alento (filosófico e não só). Quando se pressiona, demasiadas vezes, o cursor que nos faz recuar.
Talvez haja uma forma mais filosofódica de dizer isto. Ora bem. 'Xa cá ver:
Foda-se. Amai-vos uns aos outros, caralho!
16 janeiro 2014
«Lovelace» - só um filme e tantas questões que levanta!
Sinopse do filme «Lovelace»:
"Em 1972, muito antes da Internet e da explosão da indústria pornográfica, «Garganta Funda» torna-se um fenómeno. É o primeiro filme pornográfico com argumento a ser exibido nas salas de cinema, apresentando uma desconhecida e improvável estrela, Linda Lovelace.
Depois de escapar do ambiente rígido da sua família religiosa, Linda descobre a liberdade e a alta-sociedade quando se apaixona e casa com o carismático vigarista Chuck Traynor. Linda Lovelace torna-se numa sensação internacional, sobretudo por encarnar a fantasia da fascinante “vizinha do lado” com impressionantes dotes para o sexo oral. Vivendo profundamente a sua nova identidade, Linda acaba por se tornar numa entusiasta porta-voz pela liberdade sexual e pelo hedonismo desinibido.
Mas seis anos mais tarde, ela apresenta ao mundo uma outra narrativa de vida, totalmente contraditória com a personagem do ecrã, revelando-se sobrevivente duma história muito mais sombria."
Li recentemente dois artigos sobre este filme: "Eventualmente chocante", de Manuel Dias Coelho, no «Público» e "Sexo, violência e garganta funda" de Jorge Mourinha na «Ípsilon».
A minha sugestão é que leiam ambos os artigos e vejam as diferenças nas abordagens. Numa, aproveita-se para desancar na pornografia e na indústria pornográfica. Na outra, faz-se uma análise muito mais interessante e sem o fundamentalismo da primeira. Mas gostava de saber as vossas opiniões.
Let's look at the trailer:
"Em 1972, muito antes da Internet e da explosão da indústria pornográfica, «Garganta Funda» torna-se um fenómeno. É o primeiro filme pornográfico com argumento a ser exibido nas salas de cinema, apresentando uma desconhecida e improvável estrela, Linda Lovelace.
Depois de escapar do ambiente rígido da sua família religiosa, Linda descobre a liberdade e a alta-sociedade quando se apaixona e casa com o carismático vigarista Chuck Traynor. Linda Lovelace torna-se numa sensação internacional, sobretudo por encarnar a fantasia da fascinante “vizinha do lado” com impressionantes dotes para o sexo oral. Vivendo profundamente a sua nova identidade, Linda acaba por se tornar numa entusiasta porta-voz pela liberdade sexual e pelo hedonismo desinibido.
Mas seis anos mais tarde, ela apresenta ao mundo uma outra narrativa de vida, totalmente contraditória com a personagem do ecrã, revelando-se sobrevivente duma história muito mais sombria."
Li recentemente dois artigos sobre este filme: "Eventualmente chocante", de Manuel Dias Coelho, no «Público» e "Sexo, violência e garganta funda" de Jorge Mourinha na «Ípsilon».
A minha sugestão é que leiam ambos os artigos e vejam as diferenças nas abordagens. Numa, aproveita-se para desancar na pornografia e na indústria pornográfica. Na outra, faz-se uma análise muito mais interessante e sem o fundamentalismo da primeira. Mas gostava de saber as vossas opiniões.
Let's look at the trailer:
15 janeiro 2014
«Rotas errantes» - João
"Sentei-me naquele banco já o Sol começava a cair em direcção às águas. Não havia vento. Quase não havia brisa. As flores ondulavam muito devagar aqui e ali, por força das aves que batiam as asas. Livres dos homens e dos seus caprichos, voando com o que nos pareceriam rotas errantes, mas com sentido para elas. As aves não voam só porque sim. As energias poupam-se. Voam para ir a qualquer lado, e problema nosso se não lhes entendemos o vôo.
Na sombra daquela árvore, com algum porte e testemunha de muitas coisas ali passadas, aguento-me na passagem do tempo, com uma pressa enorme de te ver, mas a obrigação de ali ficar, sem me mover, aguardando apenas a tua chegada, e vendo as aves que voam, as flores que abanam, e as águas que correm ali perto.
Deixei os meus pensamentos voar com as aves. Bater asas com elas. Livre. Como se as minhas ideias também sentissem o ar e se afastassem do chão. Mais alto. E quase adormeci nesse pensamento. Olhando as aves pensava como quero paz. Como preciso de paz. E a paz veio com os teus passos. Não me dei conta. Senti as tuas mãos em mim. Uma, no ombro, a outra, na face. Chegaste por trás de mim. E ao mesmo tempo aproximaste a tua boca do meu ouvido e disseste-me Du riechst so gut. Amor, que saudades. E correste à volta do banco e sentaste-te ao meu colo, agarrando-me as mãos, e sorrindo, sorrindo muito, os dois, com lágrimas de alegria à mistura. Mudou alguma coisa? Disseste que não. Então vamos, disse-te, que quero fazer-te o jantar. Mimar-te. Amar-te. Sem tempo, sem prazo, sem pressa."
João
Geografia das Curvas
Na sombra daquela árvore, com algum porte e testemunha de muitas coisas ali passadas, aguento-me na passagem do tempo, com uma pressa enorme de te ver, mas a obrigação de ali ficar, sem me mover, aguardando apenas a tua chegada, e vendo as aves que voam, as flores que abanam, e as águas que correm ali perto.
Deixei os meus pensamentos voar com as aves. Bater asas com elas. Livre. Como se as minhas ideias também sentissem o ar e se afastassem do chão. Mais alto. E quase adormeci nesse pensamento. Olhando as aves pensava como quero paz. Como preciso de paz. E a paz veio com os teus passos. Não me dei conta. Senti as tuas mãos em mim. Uma, no ombro, a outra, na face. Chegaste por trás de mim. E ao mesmo tempo aproximaste a tua boca do meu ouvido e disseste-me Du riechst so gut. Amor, que saudades. E correste à volta do banco e sentaste-te ao meu colo, agarrando-me as mãos, e sorrindo, sorrindo muito, os dois, com lágrimas de alegria à mistura. Mudou alguma coisa? Disseste que não. Então vamos, disse-te, que quero fazer-te o jantar. Mimar-te. Amar-te. Sem tempo, sem prazo, sem pressa."
João
Geografia das Curvas
«conversa 2040» - bagaço amarelo
Eu - Porquê?
Ela - Porque, quando partem do pressuposto que não concordam uma com a outra, são incapazes de ouvir os argumentos do outro. No fundo já não querem ouvir o que o outro tem a dizer, mas sim defender a sua posição mesmo que ela já não seja defensável.
Eu - Passaste por alguma discussão assim, foi?
Ela - Sim, com o meu ex-marido. Sabes que eu trabalho longe de Aveiro... acho que era melhor levar o nosso filho comigo.
Eu - E ele não concorda contigo?
Ela - Não. Quer que o miúdo fique em Aveiro.
Eu - Quais são os argumentos dele?
Ela - Sei lá. Achas que eu ainda dou importância ao que ele diz?!
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
A origem do nome da cidade de Portimão
Puto - Estou apaixonado...
Mão - Por quem?
Puto - Por ti, mão!
(inspirado por um twit do @jafmac)_____________________________________
A malta gosta de afundar palpites:
A Gaby Taveira comentou na minha página no Google+ (e também podeis comentar na minha página pessoal e na página da colecção no Facebook):
"Tem lógica, também foi assim a origem do nome de Portugal, quando Afonso Henriques se apixonou por uma linda moira de nome Gal:
Afonso: Estou apaixonado
Gal: Por quem?
Afonso: Por tu, Gal!
Nota: Afonso tinha a voz muito grossa, não conseguia dizer «Ti», o «i» era muito fininho para a garganta dele, então dizia «tu»..."
CM:
"Conheço é a origem do nome de Cascais...
Uma Condessa era casada com um Conde, bruto e muito mau. Todos os dias malhava na condessa! Farta um dia virou-se pra ele e disse-lhe:
- Ó caralho, porque me Cascais tanto?! Drogais-vos?!"
O Charlie "ensina-nos" que "também o nome de Condeixa vem de um conde que era um engatatão do caralho, ou dizendo melhor, abusava da sua condição de nobreza correndo atrás de novas e velhas.
E dizia o povo;
- Conde, deixa a velha!
- Conde, deixa a nova!"
Ou seja, não era um Conde estável.
Mão - Por quem?
Puto - Por ti, mão!
(inspirado por um twit do @jafmac)
A malta gosta de afundar palpites:
A Gaby Taveira comentou na minha página no Google+ (e também podeis comentar na minha página pessoal e na página da colecção no Facebook):
"Tem lógica, também foi assim a origem do nome de Portugal, quando Afonso Henriques se apixonou por uma linda moira de nome Gal:
Afonso: Estou apaixonado
Gal: Por quem?
Afonso: Por tu, Gal!
Nota: Afonso tinha a voz muito grossa, não conseguia dizer «Ti», o «i» era muito fininho para a garganta dele, então dizia «tu»..."
CM:
"Conheço é a origem do nome de Cascais...
Uma Condessa era casada com um Conde, bruto e muito mau. Todos os dias malhava na condessa! Farta um dia virou-se pra ele e disse-lhe:
- Ó caralho, porque me Cascais tanto?! Drogais-vos?!"
O Charlie "ensina-nos" que "também o nome de Condeixa vem de um conde que era um engatatão do caralho, ou dizendo melhor, abusava da sua condição de nobreza correndo atrás de novas e velhas.
E dizia o povo;
- Conde, deixa a velha!
- Conde, deixa a nova!"
Ou seja, não era um Conde estável.
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