31 maio 2014
Casal da Indonésia
Pequenas estatuetas em madeira da minha colecção.
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30 maio 2014
O desconhecido
Olás...
Acostumei-me, desde cedo, com as palavras. Elas afloravam, facilmente, antes de colocá-las em papel. Mas para tudo há um enredo, mesmo nos versos, contos, cantos, piadas, ou historinhas.
Há sempre uma ação que resulta na reação de criar. Sou assim. Por isso, fácil alguém me conhecer pelas palavras escritas: são retratos de momentos, de circunstâncias que vivi. Outros, em imagens do futuro vividas no presente. É complexo, bem sei. Paradoxal.
Mas não queiram julgar-me por elas, as palavras. Aquilo que foi criado em algum momento, perdeu-se no tempo... e a personagem é outra. Como esta, de agora, "esculpida" em um determinado cenário, no diálogo com um desconhecido.
"Conversas com um internauta"
Quem és tu, que ousas me encarar na mágica poesia?
Adivinhas, por acaso, o que tenho em meu coração?
Nos versos, que nascem com paixão?
Se poeta fosses, como algum dia eu fui,
Sairias de tuas trevas e sentarias comigo, à meia luz.
Ser poeta é para os bravos, não para os fracos!
Criar poesias não é coisa vã. Não vão!
Não falas? Nada dizes? De nenhum gesto és capaz?
Então, deixa-me sair, criar meus versos,
Porque neles me vejo, nua,
E neles disperso.
Meus versos têm sons de orgasmos.
E cheiros inconfundíveis.
São versos que não rimam,
Rimar, para quê?
Gozar ou fazer poesias contigo,
Seria o clímax do prazer
Mas sozinha, arrefeço.
Sem meus versos... logo vou adormecer.
Mamãe Coruja
29 maio 2014
Todos de pé, sem medos!
Para um pénis, ostentar uma erecção sem constrangimentos já seria uma grande conquista no domínio da liberdade de expressão.
Diabos mãe e filho
Apito em cerâmica com diabos (mãe a amamentar o filho).
Peça de artesanato em cerâmica portuguesa, de Barcelos (assinada «LC»), na minha colecção.
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Peça de artesanato em cerâmica portuguesa, de Barcelos (assinada «LC»), na minha colecção.
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Não é fácil ter uma ideologia própria
Parem de ter essa opinião formada sobre tudo.
28 maio 2014
O brasão dos seis caralhos, na vila de Gonçalo (Guarda)
A vila de Gonçalo, no concelho da Guarda, tem uma obra de arte que causa inveja a muitas outras terras: um brasão com seis pénis que encima a Fonte de Mor.
E encontrei fotos e uma abordagem a este brasão no blog «Olival do Corro»:
"Em «Fontes Remotas da Cultura Portuguesa», obra em cuja fotografia da Fonte de Mor foi colocada na capa e contracapa, o autor desenvolve um raciocínio em que tenta reconstituir um culto pagão, existente nas dobras da serra de Mor, que denomina de “Marialvismo Lusitano” e que descreve da forma seguinte:
«Mor é o nome de toda a encosta da Serra que continua na Serra da Moura ou Mora:
mhr – ‘dote’ – ‘vigor sexual masculino’.
Uma visita ao local fez-nos descobrir uma interessantíssima relação entre a toponímia e uma série de costumes aí existentes.
Em frente à capela de Nossa Senhora da Misericórdia, sobre o ribeiro de Mor, existe uma fonte encimada por uma pedra em forma de brasão dividido em dois sectores; um comporta seis falos esculpidos, com testículos; o outro sector contém a expressão MARIA AVÉ (…)
O brasão emblema está bem conservado mas não podemos precisar a sua época: talvez do período Renascentista, copiada de outra.
Note-se a inversão MARIA AVE em vez de Avé Maria, pormenor sobre o qual os habitantes nada dizem.
MARIA AVE é um decalque de mhr aby [mor aby] – ‘vigor paternal’/ ‘vigor ancestral’»
Nos mitos de Ugarit, traduzidos por Del Olmo Lete, descreve-se, efectivamente, um ritual de acasalamento junto dos templos dos deuses da fertilidade, pedindo-lhes que agissem contra o deus da esterilidade.
Moisés Espírito Santo, na sua abordagem, identifica o local onde se localiza a capela de Nossa Senhora da Misericórdia como sendo “Sitio do Pacto”, local de estranhos rituais associados à fertilidade.
Identifica, mesmo, a fonte de Mor, como sendo a “Fonte da Fertilidade” e faz uma análise do brasão que está colocado sobre a fonte, destacando a inversão de “Ave-maria” e apontando essa inversão como sinal de presença de culto pagão e de superstição.
Ao mesmo tempo que apresenta alguma indefinição acerca da hipotética data do brasão, vai apresentando essa bela peça como premissa maior da sua teoria de que o local é espaço de um milenar culto ligado ao “pacto social” que poderá ter sido estabelecido entre diferentes povos ou clãs."
O autor deste blog contesta, no entanto, este ponto de vista:
"Nesta procura incessante de todas as pistas que nos conduzam à verdadeira origem do culto no local onde foi edificada a capela de Nossa Senhora da Misericórdia, tentámos explorar, ao máximo, todas as pistas. Confesso que chegámos a ponderar poder concluir que toda a argumentação de Moisés Espírito Santo nos conduzia a um caminho certo.
No entanto, porém, numa análise pormenorizada à fonte de Mor constatou-se que o brasão que a compõe não parece constituir uma peça integrada na construção, antes sim, uma peça acrescentada a posteriori.
A par desta verificação e depois de uma análise detalhada ao brasão, podemos concluir, facilmente, que ele parece estar colocado na fonte de forma invertida. Na realidade e como se trata de um brasão (ou parte de um brasão), dificilmente, apresentaria a forma como pode ser visto, actualmente, sendo que, o ponto mais agudo da escultura deveria ficar (por regra) virado para baixo, à semelhança de tantos outros brasões.
Ora, confirmando-se a veracidade deste argumento, podemos contestar a existência de uma inversão do termo “Ave-maria” e, consequentemente, a ligação da fonte e do local a quaisquer tipos de práticas relacionadas com cultos pagãos ou superstições.
Chegados a este ponto do nosso estudo, parecem subsistir duas teorias.
A de um local de culto milenar ligando o espaço a um tempo que remonta a cerca do ano 1000 a.C. e a um estádio da evolução de uma sociedade que se regia por pactos sociais e contratos familiares, pedindo aos deuses, por meio de estranhos rituais, o dom da fertilidade.
Ou, então, a teoria de que o local é, efectivamente, um espaço de culto e de grande devoção mariana que encontrou eco junto do povo de Gonçalo e cujo sentido do sagrado determinou que aquele espaço fosse, ele mesmo, um espaço de fronteira, um espaço sagrado que serviria, para lá do tempo como marca de partilha de um território que só conheceu efectivas fronteiras após a reforma administrativa de 1855."
Sim, sim... e os seis falos seriam uma representação de quê, no contexto dessa segunda opção?
Vejam com os vossos próprios olhos e, se quiserem, construam a vossa própria teoria...
... ou leiam a opinião de quem percebe do assunto:
"Li com redobrado interesse este texto, o qual já está guardado nos meus arquivos.
Moisés Espírito Santo faz uma análise muito bem fundamentada ou não fosse ele o enorme investigador que é e cujos créditos não podem ser postos em causa.
Também no decurso do Estudo sobre os falos das Caldas me dei conta da grande importância nos topónimos que povos insuspeitos deixaram por todo o nosso território. Como escrevo aí, há em Portugal perto de 30 locais com nomes Caldeus que se referem ao mesmo Baal que os os Judeus depois absorveram como Bel, (o seu Senhor) tornando Baal o seu inimigo, sendo que o étimo indo-europeu que dá origem a Baal é o mesmo que Val, Pal, Fal, (e muitas outros cujo fio condutor é sempre a vontade afirmativa ) que é a partícula Vel e de onde deriva de forma muito directa o nosso EndoVelico
Reparamos como depois na parte final do texto surgem os alinhamentos com a doutrina religiosa Cristã dominante que pretendem desmontar a tese do Dr. Moisés Espirito Santo, numa repetição tipo never ending story a que assistimos sempre que a nossa paciência e interesse pelo estudo Histórico se aprofunda no campo das transições entre religiões.
Quando uma religião se torna dominante tende a absorver das outras o mais que pode, diabolizando todos os outros aspectos que podem de algum modo contradizer as chaves dogmáticas.
No caso da religião Cristã, o sagrado do Sexo, tornado inefável, passou de incómodo para o passo seguinte: a diabolização.
É a atitude que dantes me indignava mas que agora acho normal e que de resto já não me espanta.
Por uma questão de postura adquirida, sempre que me dou conta de um relato sobre milagres, santos, e ermidas, faço o contrário numa viagem em sentido oposto e tento ir imediatamente ao encontro dos rituais que lhe estariam na origem.
As tretas costumeiras com que os padres douram a pílula não conseguem apagar os falos de S.Gonçalo, explícitos tanto na doçaria como nas inúmeras referências imateriais, costumes e léxicos.
O trabalho de limpeza tem sido intenso ao longo dos séculos e por isso me espanta, devo dizê-lo, a existência do brasão. Que, tratando-se de uma reconstrução, ainda mais me interroga. Porque foi destruido? Terá sido destruido pelo clero? Terá sido a vontade e força popular a obrigar à refeitura do dito?
São questões interessantes para aprofundar e irei oportunamente ir nesse sentido.
ABroxes
Charlie"
E encontrei fotos e uma abordagem a este brasão no blog «Olival do Corro»:
"Em «Fontes Remotas da Cultura Portuguesa», obra em cuja fotografia da Fonte de Mor foi colocada na capa e contracapa, o autor desenvolve um raciocínio em que tenta reconstituir um culto pagão, existente nas dobras da serra de Mor, que denomina de “Marialvismo Lusitano” e que descreve da forma seguinte:
«Mor é o nome de toda a encosta da Serra que continua na Serra da Moura ou Mora:
mhr – ‘dote’ – ‘vigor sexual masculino’.
Uma visita ao local fez-nos descobrir uma interessantíssima relação entre a toponímia e uma série de costumes aí existentes.
Em frente à capela de Nossa Senhora da Misericórdia, sobre o ribeiro de Mor, existe uma fonte encimada por uma pedra em forma de brasão dividido em dois sectores; um comporta seis falos esculpidos, com testículos; o outro sector contém a expressão MARIA AVÉ (…)
O brasão emblema está bem conservado mas não podemos precisar a sua época: talvez do período Renascentista, copiada de outra.
Note-se a inversão MARIA AVE em vez de Avé Maria, pormenor sobre o qual os habitantes nada dizem.
MARIA AVE é um decalque de mhr aby [mor aby] – ‘vigor paternal’/ ‘vigor ancestral’»
Nos mitos de Ugarit, traduzidos por Del Olmo Lete, descreve-se, efectivamente, um ritual de acasalamento junto dos templos dos deuses da fertilidade, pedindo-lhes que agissem contra o deus da esterilidade.
Moisés Espírito Santo, na sua abordagem, identifica o local onde se localiza a capela de Nossa Senhora da Misericórdia como sendo “Sitio do Pacto”, local de estranhos rituais associados à fertilidade.
Identifica, mesmo, a fonte de Mor, como sendo a “Fonte da Fertilidade” e faz uma análise do brasão que está colocado sobre a fonte, destacando a inversão de “Ave-maria” e apontando essa inversão como sinal de presença de culto pagão e de superstição.
Ao mesmo tempo que apresenta alguma indefinição acerca da hipotética data do brasão, vai apresentando essa bela peça como premissa maior da sua teoria de que o local é espaço de um milenar culto ligado ao “pacto social” que poderá ter sido estabelecido entre diferentes povos ou clãs."
O autor deste blog contesta, no entanto, este ponto de vista:
"Nesta procura incessante de todas as pistas que nos conduzam à verdadeira origem do culto no local onde foi edificada a capela de Nossa Senhora da Misericórdia, tentámos explorar, ao máximo, todas as pistas. Confesso que chegámos a ponderar poder concluir que toda a argumentação de Moisés Espírito Santo nos conduzia a um caminho certo.
No entanto, porém, numa análise pormenorizada à fonte de Mor constatou-se que o brasão que a compõe não parece constituir uma peça integrada na construção, antes sim, uma peça acrescentada a posteriori.
A par desta verificação e depois de uma análise detalhada ao brasão, podemos concluir, facilmente, que ele parece estar colocado na fonte de forma invertida. Na realidade e como se trata de um brasão (ou parte de um brasão), dificilmente, apresentaria a forma como pode ser visto, actualmente, sendo que, o ponto mais agudo da escultura deveria ficar (por regra) virado para baixo, à semelhança de tantos outros brasões.
Ora, confirmando-se a veracidade deste argumento, podemos contestar a existência de uma inversão do termo “Ave-maria” e, consequentemente, a ligação da fonte e do local a quaisquer tipos de práticas relacionadas com cultos pagãos ou superstições.
Chegados a este ponto do nosso estudo, parecem subsistir duas teorias.
A de um local de culto milenar ligando o espaço a um tempo que remonta a cerca do ano 1000 a.C. e a um estádio da evolução de uma sociedade que se regia por pactos sociais e contratos familiares, pedindo aos deuses, por meio de estranhos rituais, o dom da fertilidade.
Ou, então, a teoria de que o local é, efectivamente, um espaço de culto e de grande devoção mariana que encontrou eco junto do povo de Gonçalo e cujo sentido do sagrado determinou que aquele espaço fosse, ele mesmo, um espaço de fronteira, um espaço sagrado que serviria, para lá do tempo como marca de partilha de um território que só conheceu efectivas fronteiras após a reforma administrativa de 1855."
Sim, sim... e os seis falos seriam uma representação de quê, no contexto dessa segunda opção?
Vejam com os vossos próprios olhos e, se quiserem, construam a vossa própria teoria...
Fonte de Mor ou "Fonte da Fertilidade"
Detalhe do brasão que encima a fonte de Mor
... ou leiam a opinião de quem percebe do assunto:
"Li com redobrado interesse este texto, o qual já está guardado nos meus arquivos.
Moisés Espírito Santo faz uma análise muito bem fundamentada ou não fosse ele o enorme investigador que é e cujos créditos não podem ser postos em causa.
Também no decurso do Estudo sobre os falos das Caldas me dei conta da grande importância nos topónimos que povos insuspeitos deixaram por todo o nosso território. Como escrevo aí, há em Portugal perto de 30 locais com nomes Caldeus que se referem ao mesmo Baal que os os Judeus depois absorveram como Bel, (o seu Senhor) tornando Baal o seu inimigo, sendo que o étimo indo-europeu que dá origem a Baal é o mesmo que Val, Pal, Fal, (e muitas outros cujo fio condutor é sempre a vontade afirmativa ) que é a partícula Vel e de onde deriva de forma muito directa o nosso EndoVelico
Reparamos como depois na parte final do texto surgem os alinhamentos com a doutrina religiosa Cristã dominante que pretendem desmontar a tese do Dr. Moisés Espirito Santo, numa repetição tipo never ending story a que assistimos sempre que a nossa paciência e interesse pelo estudo Histórico se aprofunda no campo das transições entre religiões.
Quando uma religião se torna dominante tende a absorver das outras o mais que pode, diabolizando todos os outros aspectos que podem de algum modo contradizer as chaves dogmáticas.
No caso da religião Cristã, o sagrado do Sexo, tornado inefável, passou de incómodo para o passo seguinte: a diabolização.
É a atitude que dantes me indignava mas que agora acho normal e que de resto já não me espanta.
Por uma questão de postura adquirida, sempre que me dou conta de um relato sobre milagres, santos, e ermidas, faço o contrário numa viagem em sentido oposto e tento ir imediatamente ao encontro dos rituais que lhe estariam na origem.
As tretas costumeiras com que os padres douram a pílula não conseguem apagar os falos de S.Gonçalo, explícitos tanto na doçaria como nas inúmeras referências imateriais, costumes e léxicos.
O trabalho de limpeza tem sido intenso ao longo dos séculos e por isso me espanta, devo dizê-lo, a existência do brasão. Que, tratando-se de uma reconstrução, ainda mais me interroga. Porque foi destruido? Terá sido destruido pelo clero? Terá sido a vontade e força popular a obrigar à refeitura do dito?
São questões interessantes para aprofundar e irei oportunamente ir nesse sentido.
ABroxes
Charlie"
«conversa 2075» - bagaço amarelo
Eu - Ui!
Ela - Achas grave?
Eu - Acho gravíssimo. Ele já sabe?
Ela - Não, não sabe. Vou-lhe contar logo quando estivermos os dois a lavar os dentes.
Eu - A lavar os dentes?! Porquê a lavar os dentes?
Ela - Porque os homens não conseguem falar enquanto lavam os dentes. Assim falo só eu e vou-lhe explicando que estou pronta para o sexo antes de adormecer, a ver se ele se acalma...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
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