Acostumei-me, desde cedo, com as palavras. Elas afloravam, facilmente, antes de colocá-las em papel. Mas para tudo há um enredo, mesmo nos versos, contos, cantos, piadas, ou historinhas.
Há sempre uma ação que resulta na reação de criar. Sou assim. Por isso, fácil alguém me conhecer pelas palavras escritas: são retratos de momentos, de circunstâncias que vivi. Outros, em imagens do futuro vividas no presente. É complexo, bem sei. Paradoxal.
Mas não queiram julgar-me por elas, as palavras. Aquilo que foi criado em algum momento, perdeu-se no tempo... e a personagem é outra. Como esta, de agora, "esculpida" em um determinado cenário, no diálogo com um desconhecido.
"Conversas com um internauta"
Quem és tu, que ousas me encarar na mágica poesia?
Adivinhas, por acaso, o que tenho em meu coração?
Nos versos, que nascem com paixão?
Se poeta fosses, como algum dia eu fui,
Sairias de tuas trevas e sentarias comigo, à meia luz.
Ser poeta é para os bravos, não para os fracos!
Criar poesias não é coisa vã. Não vão!
Não falas? Nada dizes? De nenhum gesto és capaz?
Então, deixa-me sair, criar meus versos,
Porque neles me vejo, nua,
E neles disperso.
Meus versos têm sons de orgasmos.
E cheiros inconfundíveis.
São versos que não rimam,
Rimar, para quê?
Gozar ou fazer poesias contigo,
Seria o clímax do prazer
Mas sozinha, arrefeço.
Sem meus versos... logo vou adormecer.
Mamãe Coruja