19 junho 2014
18 junho 2014
«conversa 2083» - bagaço amarelo
(ao telefone)
Ela - Anda cá a casa beber um copo, que eu estou farta de beber sozinha.
Eu - Estás farta de beber sozinha?!
Ela - Sim.
Eu - Então pára.
Ela - Não consigo. A única forma é vires cá a casa.
Eu - Para parares de beber?
Ela - Não, para beber acompanhada.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«Vem já» - João
"Vem. Viro-me para ti com o braço esticado, a mão na tua direcção, e repito, vem, vem comigo, vem comigo que vou levar-te. Vou levar-te onde nunca ninguém, jamais, te levou. E tu, que levo, para onde me levas, do que preciso, é longe? Levas-me para longe? Para onde nunca estive? Não, não é longe, vou levar-te até onde nunca ninguém te levou dentro de ti, vamos andar os dois aí dentro, vais comigo, eu ajudo, eu apoio-te, e vamos, vamos depressa puxar esses lençóis que te tapam, e vamos mergulhar, mergulhar aí dentro, limpar o pó desses livros, abrir as janelas, deixar entrar o sol, deixar-me entrar, e vais fechar-me dentro de ti com os teus braços, esses braços apertados em mim, vais escrever-me no coração, e viajamos assim, e vais ver que é diferente, vais ver que é novo, que há mais, que é mais, e nunca lá estiveste, são sítios que nunca viste, é ar que não conheces, vem, vem já."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
17 junho 2014
Eva portuguesa - «Grandes amores»
Só os pequenos amores resistem com pequenas palavras e pequenos gestos.
Basta um "amo-te" ou "és linda".
Grandes amores não cabem aqui.
Grandes amores não são abarcados pelas palavras já existentes. Essas são pequenas demais para a sua dimensão.
Para estes são precisas palavras que ainda não foram inventadas. Palavras demasiado grandes e intensas para caberem no nosso vocabulário.
E é por isso que grandes amores têm palavras próprias, grandes, incomuns. Palavras inventadas em todos os momentos em que se amaram e os corpos se uniram, levando ao aprisionamento das almas. E foram tantos esses momentos... e tantos esses lugares.
Estas são palavras aparentemente absurdas, de amores tão grandes que não cabem em palavras doces nem pequenas.
Esta é a maneira, ainda assim incompleta, de grandes amores se traduzirem em palavras.
Palavras que revelam intensidade, loucura, pertença e ausência.
Palavras contraditórias dos eternamente apaixonados.
Palavras inexistentes para amores impossíveis.
Mas para que merda serve o possível?...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Basta um "amo-te" ou "és linda".
Grandes amores não cabem aqui.
Grandes amores não são abarcados pelas palavras já existentes. Essas são pequenas demais para a sua dimensão.
Para estes são precisas palavras que ainda não foram inventadas. Palavras demasiado grandes e intensas para caberem no nosso vocabulário.
E é por isso que grandes amores têm palavras próprias, grandes, incomuns. Palavras inventadas em todos os momentos em que se amaram e os corpos se uniram, levando ao aprisionamento das almas. E foram tantos esses momentos... e tantos esses lugares.
Estas são palavras aparentemente absurdas, de amores tão grandes que não cabem em palavras doces nem pequenas.
Esta é a maneira, ainda assim incompleta, de grandes amores se traduzirem em palavras.
Palavras que revelam intensidade, loucura, pertença e ausência.
Palavras contraditórias dos eternamente apaixonados.
Palavras inexistentes para amores impossíveis.
Mas para que merda serve o possível?...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
«no negro dos lábios, a vida» - Susana Duarte
no negro dos lábios, a vida
toda. na boca dos cabelos,
a imensidão das noites.
sem querer, conto as auroras
perdidas de quem sou.
na leitura das linhas, perdida
foi a boca. o que se excede
não é nada. apenas a sombra:
ave sem rectrizes. onda. eu.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
toda. na boca dos cabelos,
a imensidão das noites.
sem querer, conto as auroras
perdidas de quem sou.
na leitura das linhas, perdida
foi a boca. o que se excede
não é nada. apenas a sombra:
ave sem rectrizes. onda. eu.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Cru - revista rasca e vadia - nº 57 - especial Fofidão
Cru, Revista Rasca e Vadia. Fanzine de Antropologia Cultural Pelintra.
Esta edição nº 57 de Maio de 2014 inclui uma gravura solta do super-herói «Sperman» numerada (18/100) e assinada pelo autor (Esgar Acelerado), assim como o suplemento de 8 páginas CRÚNICA FEMININA, de Pionés.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Esta edição nº 57 de Maio de 2014 inclui uma gravura solta do super-herói «Sperman» numerada (18/100) e assinada pelo autor (Esgar Acelerado), assim como o suplemento de 8 páginas CRÚNICA FEMININA, de Pionés.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
16 junho 2014
Postalinho da Amazónia - Uma para a São; outro para o Nelo!
Em Manaus, sede dos jogos - Portugal x EUA, inclusive -, tem muita animação e domingos cheios de gringos de todos os cantos do mundo. Dia de Feira de Artesanato, até eu estive por lá. E olha o que encontrei ao passar por uma das bancas: índios!
Lembrei logo da São, que gosta de uma "abertura" e de uma lambisgoia, como diz o Nelo. Na segunda foto percebe-se até a "cova" (não é, Nelo?), ou xana, xereca, perereca, perseguida, cona... ou seja lá que nome deem.
Índia na rede- Artesanato - Manaus - AM |
Índia bastante à vontade- Artesanato - Manaus - AM |
Isso sim que é tesão! |
Mamãe Coruja
Luís Gaspar lê «Menos o teu ventre» de Miguel Hernández
Menos teu ventre, tudo
é confuso. Menos teu
ventre, tudo é futuro
fugaz, passado baldio,
turvo. Menos teu
ventre, tudo é oculto.
Menos teu ventre, tudo
inseguro, tudo já
último um pó sem
mundo. Menos teu
ventre tudo é escuro.
Menos teu ventre claro
e profundo.
Miguel Hernández
(Tradução de José Bento)
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
«conversa 2081» - bagaço amarelo
Ela - É incrível como é que há homens adultos que ainda acham que, para uma mulher, o tamanho é importante...
Eu - O tamanho de quê?
Ela - De que é que há-de ser?!
Eu - Ah! E é importante ou não?
Ela - Claro que não.
Eu - Okay...
Ela - Desde que não seja demasiado pequeno, nem demasiado grande.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
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