31 julho 2014
Lote de 5 medalhas/alfinetes da Idade Média (réplicas)
Amuletos eróticos de finais do séc. XIV - início do século XV. Estes emblemas representam falos e vaginas. Medalhas eróticas como estas parecem ter sido muito populares na Idade Média e, apesar de seu propósito não ser claro, o mais provável talvez tenha sido serem vistos como uma forma de amuleto da sorte. Desde os tempos primitivos acreditava-se que as imagens indecentes ou ridículas atraíam os olhos de espíritos malignos para si mesmas e, portanto, para longe da pessoa vulnerável, ou, talvez, no caso de uma medalha, para longe do utilizador. Os originais, a partir dos quais foram feitas estas réplicas, foram encontradas em Brugge, cidade da Bélgica. Feitas a partir de estanho sem chumbo.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
30 julho 2014
«conversa 2089» - bagaço amarelo
Eu - Sim, mais ou menos.
Ela - Bem me parecia.
Eu - Bem te parecia o quê?
Ela - Que não estavas bem.
Eu - Eu disse que sim, mais ou menos.
Ela - Ou seja, não estás bem.
Eu - Estou, estou. Mais ou menos...
Ela - Mais ou menos que dizer que não andas bem.
Eu - Mais ou menos que dizer que estou mais ou menos.
Ela - Não me parece nada.
Eu - Mas é o que é. E tu, estás bem?
Ela - Sim, mais ou menos.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«A grandeza da foda» - João
"O que é que existe dentro de uma foda? Que coisas cabem nela, o que diz uma foda de nós? Há alguma coisa melhor que uma foda? Certamente existem coisas muito boas, há muitos tipos de prazer e não estou cego ao ponto de dizer que a foda ultrapassa, para toda a gente, toda e qualquer outra sensação. Temos momentos de felicidade e de pavor com inúmeras outras coisas que nos acontecem na vida. Mas a foda é uma constante que segura à vida. A foda é a minha constante, é uma coisa que me inunda, que escorre de mim e preenche todos os meus vazios. A foda é uma coisa sublime. Como é sublime esse prazer tão primário de se desfalecer exausto de satisfação, de se ser o culpado por ver mais alguém desfalecer assim, na exaustão de uma foda que rouba até a energia para dizer alguma coisa coerente. Ou então, às vezes, só rir, perceber-se que se está tão desfeito de uma foda que se ri, ri-se do incrível que isso é. A foda atravessa-me. Vejo e sinto foda em toda a parte, em quase tudo, e quando no corpo não desenho foda, alguma razão haverá, mas a cabeça não pára. Não sabe parar. Na minha cabeça até a dormir existe foda. A foda é global, imensa, detonadora, primária, sublime, detentora de todos os adjectivos e ainda assim nenhum deles à sua altura. A foda é. Equivale. Ser e Foder, às vezes Estar. Indissociáveis."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
29 julho 2014
«nascerão, um dia, aves, nas margens serenas dos lábios.» - Susana Duarte
não nascem poemas, nas terras
submersas pelo vento das águas fundas
da noite. não nascem lexemas graves, das imediações
do peito, quando o peito é prado de papoilas
verdes. nascerão, um dia, aves, nas
margens serenas dos lábios.
não nascem poemas,
se das águas dos lábios florescem
apenas sombras. nascerão, porventura,
de um leito de suaves flores azuis, voadoras,
miosótis dos nossos dedos. nascerão, qual onda esmeralda,
se dos dedos surgirem luas, e anéis de luz,
e corais, e pétalas navegadas
pelas doces margens do
coração. voa,
sobre as palavras,
a borboleta nascida dos prados.
voa, sobre o poema por nascer, a luz
ténue das manhãs em que somos névoas,
gotas de humidade breve sobre as folhas, pétalas
luzentes sobre os dedos de todos os segredos.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
submersas pelo vento das águas fundas
da noite. não nascem lexemas graves, das imediações
do peito, quando o peito é prado de papoilas
verdes. nascerão, um dia, aves, nas
margens serenas dos lábios.
não nascem poemas,
se das águas dos lábios florescem
apenas sombras. nascerão, porventura,
de um leito de suaves flores azuis, voadoras,
miosótis dos nossos dedos. nascerão, qual onda esmeralda,
se dos dedos surgirem luas, e anéis de luz,
e corais, e pétalas navegadas
pelas doces margens do
coração. voa,
sobre as palavras,
a borboleta nascida dos prados.
voa, sobre o poema por nascer, a luz
ténue das manhãs em que somos névoas,
gotas de humidade breve sobre as folhas, pétalas
luzentes sobre os dedos de todos os segredos.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
«les 7 péches capitaux - L´Envie et La Colère»
Gravuras francesas «a inveja» e «a cólera» de uma série dos 7 pecados capitais.
O pecado mora na colecção de arte erótica «a funda São».
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
O pecado mora na colecção de arte erótica «a funda São».
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
28 julho 2014
«pensamentos catatónicos (304)» - bagaço amarelo
Nunca me apaixonei nas Finanças, no Registo Civil ou no Notário. A razão é simples, são locais onde não há conversas de treta. A última vez que tirei o cartão de cidadão tive a felicidade de ser atendido por uma mulher bonita e a infelicidade de estar num local onde não há espaço para conversas de treta. Tudo o que ela me perguntou foi útil, tudo o que eu lhe respondi também. No Amor não há muito espaço para a utilidade.
Sobre o estado do tempo, por exemplo, eu sou incapaz de trocar uma só palavra com alguém de quem não gosto. Já com quem Amo posso estar a noite inteira a falar do Sol, da chuva, das nuvens e da precipitação. Com a vantagem de que também consigo estar em silêncio sem que o silêncio me incomode. A companhia de quem Amo é sempre uma contemplação e não há treta melhor do que saber isso.
Sei que uma mulher não gosta de mim o suficiente quando a convido para sair ou jantar e ela me pergunta para quê. Quando há um "quê" num convite para estar com alguém a coisa simplifica-se, mas tudo o resto desaparece. Se eu telefonar ao canalizador há sempre um "quê" muito simples. Uma sanita entupida, por exemplo. Se eu convido alguém para jantar é porque quero ter uma noite de treta.
O Amor é uma treta. Quando não é uma treta também já não é Amor. É uma utilidade.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Subscrever:
Mensagens (Atom)