16 setembro 2014

Abelha a mamar num… biberão?!

Abelha feita à mão, em lã.
A senhora que fez esta abelha supostamente não pretendia que tivesse uma conotação erótica… mas veio direitinha para a sexão «o que não era suposto ser erótico» da minha colecção.

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15 setembro 2014

«Anemokol» - remédio para tudo no Brasil dos anos 80

Postalinho dos dois em um

"As unhas podem ser pintadas de forma a darem dois efeitos: corações... e caralhos"
Mariana M.



«respostas a perguntas inexistentes (278)» - bagaço amarelo

Nunca dei importância à palavra “estranho”, pelo menos quando ela se aplica a alguém. Por um lado, porque acho que somos todos únicos. Por outro, porque independentemente de sermos únicos também temos todos o mesmo valor. As nossas especificidades têm sempre como denominador comum o facto de sermos um grupo de átomos de carbono.

É por isso que me lembro tão bem do momento em que conheci a Irina. Foi a única pessoa a quem associei a palavra “estranha” assim que a conheci. Não que ela tivesse um aspecto esquisito ou outra característica física qualquer fora do normal. O que se passou foi que, desde o primeiro momento, me pareceu uma pessoa totalmente racional e sem pingo de sistema nervoso ou emoção.

De resto, e se eu fizesse um esforço para atribuir uma emoção qualquer à sua face petrificada, era uma mulher bastante atraente. Tinha a pele muito branca, com alguns sinais bem visíveis, e uns cabelos longos e pretos que pareciam ter sido acabados de esticar.

A forma como a conheci também não foi muito normal. Os nossos olhares não se trocaram directamente, mas sim através do nosso reflexo no vidro do comboio. Ela estava a olhar para o meu reflexo e eu para o dela. Quando eu sorri ela falou pela primeira vez.

- Não te preocupes – disse – Quase todas as pessoas que viajam com um desconhecido à frente optam por analisá-lo a partir do reflexo no vidro.
- Não te estava a analisar – respondi.
- Estavas, estavas, só que não sabes.

Aquela certeza toda começou por me irritar e foi nesse momento que pensei que aquela mulher era estranha. Ainda assim, e porque entre Aveiro e Lisboa a viagem era de quase três horas, acabei por ir a conversar com ela até ao nosso destino comum. Às vezes olhávamo-nos directamente, outras vezes através do reflexo na janela.

Com o tempo eu fui falando cada vez menos e ela cada vez mais, até que eu acabei por me tornar num mero ouvinte do que ela tinha para me dizer. Isto aconteceu porque ela parecia saber tudo sobre mim. Não que soubesse factos concretos como a minha idade ou estado civil, mas sim como eu me sentia e como eu pensava em cada momento ou situação. Comecei a sentir-me cada vez mais transparente aos olhos dela, como se fosse apenas um reflexo, e acabei por me silenciar.

Foi então que ela me disse para eu não me assustar. Explicou-me qualquer coisa sobre existirem várias dimensões e nós não passarmos de apenas uma projecção. Disse-me que tem a capacidade de sentir que nós não estamos sozinhos porque sente constantemente outros seres inteligentes à nossa volta. Aquilo pareceu-me conversa de alguém alcoolizado ou sob o efeito de drogas. Ainda assim, por qualquer motivo, não me deu para rir. Segundo ela, todos nós vivemos da forma como nos tínhamos acabado de conhecer, ou seja, como uma série de reflexos que se confundem uns com os outros e com a própria paisagem.

Em Santa Apolónia despedimo-nos um do outro com dois beijos na face. Ela apanhou um táxi e eu segui a pé até à casa dum amigo que ia visitar. Pelo caminho fui sempre a pensar na sua última frase, até porque eu não lhe tinha dito nada sobre o assunto.

-Ah! Compreendo que me aches estranha! - disse.
Penso sempre nela quando vejo o meu reflexo numa janela.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Coisas sem explicação

Existem algumas mulheres que são exatamente assim.



E esse é o tipo do cara: “ah, nem queria mesmo…”

Capinaremos.com

14 setembro 2014

«Toronto Gay Pride 1996» - leather and kink people (couro e excêntricos)


Toronto Gay Pride 1996 Leather & Kink People from Leather Archives & Museum on Vimeo.

«Love nest with amenities» (ninho de amor com comodidades) - Bernard Perroud



Bernard Perroud

Contornos do calor


Lá íamos nós a chinelar da praia para o apartamento tchec tchec tchec, naquele passo amolecido que o sol e a água da praia provocam. Como se o esforço de exalar calor por cada poro da pele durante horas me fizesse desfalecer e no entanto este aumento da temperatura corporal ao distribuir facilmente o sangue por cada canto de mim também me aumentasse a energia como se acabadinha de sair de um aparelho de ginásio mesmo que naquele dia só lá estivessem barrigudos para lavar as vistas. É assim a modo como encher o peito de ar e as mamas estivessem de dedinho no ar a gritar eu quero, eu quero uma massagem com o refresco da saliva que nestas ocasiões faz muito bem as vezes de um cubinho de gelo.

Ele continuava calado como se o peso da toalhita lhe retirasse o fôlego e alvitrei que talvez fosse bom lancharmos para ele arrebitar e porque o mar  sempre abre o apetite. Ele concordou, pediu-me as chaves para abrir a porta e perguntou-me o que é me estava a apetecer. Encostei-lhe as chaves à mão enquanto o pressionava contra a porta e fazia descair a minha mão direita que não sou canhota para o seu centro de gravidade, abrindo bem os dedos para abarcar todo o volume das massas em causa e lhe dizer que desde que proibiram as bolas de Berlim na praia mais vontade delas tenho, com um niquito de leite fresco.



Como levar uma mulher pra cama



Via Testosterona