08 outubro 2014

Postalinho do Butão (3)

"Mais um postalinho do Butão, desta vez com uma maçã.
Beijos e abraços da Daisy e do Alfredo"


Detalhe:

«respostas a perguntas inexistentes (281)» - bagaço amarelo

o Amor para totós

Quando alguém, para explicar porque é que se afastou de outra pessoa, diz que não houve química entre ambas, está a dizer a verdade. O Amor passa-se todo no cérebro e nada no coração, já sabemos. A testosterona nos homens e o estrogénio nas mulheres é que nos levam para a caminha. Além do mais, todas as sensações de paixão profunda se traduzem por reacções químicas cerebrais. A serotonina e a dopamina fazem-nos sentir felizes e a oxitocina faz-nos dar beijos na ponta do nariz.
Ao contrário do que se possa pensar, no entanto, a Ciência não está a acabar com o contexto onírico do Amor. Muito pelo contrário, está a elevá-lo ao seu máximo expoente. Para nos reproduzirmos, enquanto espécie, bastava pinarmos de forma mecânica de vez em quando. Todos nós sabemos fazer isso porque é assim que trabalhamos, sem grande vontade e mais por obrigação. O que aconteceu foi que o nosso caminho evolutivo nos trouxe para aqui, para um Amor que não conseguimos explicar mesmo quando ele está mais do que explicado.
Quando estou perto de quem Amo não penso que o meu hipotálamo está a produzir mais oxitocina do que o normal e por isso apetece-me beijá-lo. Penso apenas no imenso oceano de sorte que tenho por o poder fazer. Isso acontece porque há química e o Amor é químico. É o Amor para totós. Ainda bem.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

E não é do frio!



07 outubro 2014

«SuperVenus» - o que é a beleza?!

Postalinho do Butão (2)

"Mais uma casa do Butão, onde as pessoas pintam o símbolo fálico nas paredes para terem muitos filhos.
Beijos e abraços da Daisy e do Alfredo"

«[amanhã]» - Susana Duarte

estou sempre à procura da expressão indizível da noite.
por mais que tente, não encontro, nela, o olhar de ontem,
ou a expressão serena do amanhã. estou sempre sentada
na lâmina fina da folha, fendida como os dedos que tocam
a escuridão, procurando nela o infinito das coisas.
um dia, bem sei, saberei onde se encontram as palavras,
aquelas que tornarão os dias, de novo, respiráveis,
isentos de procuras, imensos na sofreguidão do toque.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Lote de 14 selos, blocos e envelopes do 1º dia

Selos, blocos e envelopes do 1º dia da Guiné Equatorial, Micronésia, Bélgica, Eslovénia, Serra Leoa, Áustria, Palau e Hungria.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)









06 outubro 2014

cápsulas em causa


Raim on Facebook

«Sente-te sexy, sente-te Saxe»

«respostas a perguntas inexistentes (280)» - bagaço amarelo

Do pão e do Amor

As paixões vivem da dificuldade. Quando se tornam fáceis morrem nesse mesmo instante. Desistam. Não há volta a dar. É por isso que não acredito quando alguém me diz que tem uma relação perfeita. A perfeição é o contrário do Amor.
Sobre os sobressaltos do Amor, já alguém os viveu com o padeiro? Claro que não. A não ser que se tenham apaixonado por ele. O padeiro faz o pão. É tudo muito fácil porque é só isso. Já o Amor Ama. Está tudo fodido.
É impossível pedir que alguém nos Ame da mesma forma que se pede um saco de pão, embora o desejo seja esse, acordarmos de manhã e pedirmos meia hora de Amor como quem toma café. Era bom, mas não existe.
Às vezes dou por mim no sofá da sala, naquela posição que não é sentada nem deitada, a pensar em como o dia foi difícil só por causa do Amor. É nesses momentos que me apercebo que vou fazer quarenta e três anos e tenho a sorte de ter uma vida difícil.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

"Amor, tenho uma notícia para você..."

Não acredito, é isso mesmo?! É sério, amor?



Isso mesmo, amor, agora sou um saco de banha e não farei nada pra mudar isso.

Capinaremos.com

05 outubro 2014

«Fol'Amor»


FOL'AMOR from GOBELINS pro on Vimeo.

«Néctar» - Isabel Rosete

Quero amar o teu corpo nu
Em todos esses pedaços
Que por ti vagueiam des-troçados,
Uni-los e integra-los em mim;

Quero consumir todo o teu néctar
Em cada orgasmo libertado,
Derramado pelos teus interstícios
Já abertos a todas as libertações;

Quero sugar-te as entranhas
Como um animal no cio,
Libidinosamente ansioso,
Insatisfeito pelo desejo intenso
Que, em nada, se consome.

Amo-te por e em todos os teus poros,
Por onde transpiras uma sensualidade
Única e irresistivelmente inebriante.

‑ És uma tentação permanente!
‑ És uma tentação permanente!
‑ És a tentação consciente
Que jamais se apaga da minha memória!

‑ És uma tentação permanente!
‑ És uma tentação permanente!
‑ És a tentação, lúcida,
De todos os meus desejos e quereres
Insaciáveis, fundeados
Neste turbilhão dos instintos
Que sempre me movem
Para dentro de ti,
Onde, então, permaneço
Afagada pelo calor do nosso prazer.

In “ENTRE-CORPOS” – livro de Poesia - de Isabel Rosete

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