Imagens de espelho
06 novembro 2014
05 novembro 2014
«conversa 2109» - bagaço amarelo
(ao telefone)
Ela - Preciso que venhas a minha casa partilhar uma garrafa de vinho branco. Já!
Eu - Sentes-te só?
Ela - Não. Sinto-me bêbeda e não a quero beber toda.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
04 novembro 2014
«afluentes» - Susana Duarte
os afluentes da noite são ecos soltos sobre mim.
de ti, nada mais resta, senão a imagem que guardei no corpo.
os rios que me navegavam eram, apenas, ecos das águas.
e o meu corpo guardou-te, para te perder depois.
sobram ecos esquálidos das vozes com que me preenchias.
não ficaste e, todavia, esperei por ti. lívida, cadáver vivo
que se desfaz em cada uma das tuas palavras, eco
adiado dos meus anseios. os afluentes da noite são rios
sem voz. perdeste os meus gritos. perdeste a foz.
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito
outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia,
sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas
e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes,
noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta
que se declina nos lugares que já não procuro.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
de ti, nada mais resta, senão a imagem que guardei no corpo.
os rios que me navegavam eram, apenas, ecos das águas.
e o meu corpo guardou-te, para te perder depois.
sobram ecos esquálidos das vozes com que me preenchias.
não ficaste e, todavia, esperei por ti. lívida, cadáver vivo
que se desfaz em cada uma das tuas palavras, eco
adiado dos meus anseios. os afluentes da noite são rios
sem voz. perdeste os meus gritos. perdeste a foz.
nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito
outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia,
sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas
e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes,
noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta
que se declina nos lugares que já não procuro.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Luxúria
Estatueta em barro que faz parte da série 7 pecados mortais de Júlia Ramalho, uma artista de Barcelos pela qual tenho um carinho muito especial.
Uma das várias peças da Júlia Ramalho na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Uma das várias peças da Júlia Ramalho na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
03 novembro 2014
«pensamentos catatónicos (314)» - bagaço amarelo
É em nome do futuro que vamos esquecendo o presente. Todos vivemos em função do amanhã, mas quando ele chega transforma-se apenas num novo hoje de esperança. Nunca somos felizes, porque optamos por uma tristeza que nos pode trazer a felicidade num tempo que ainda não chegou. É assim na política, no trabalho, na educação e em tudo o que vamos fazendo. O futuro é a cenoura à frente do burro.
A única excepção é o Amor e, a espaços, uma cerveja com amigos na esplanada de um bar.
O Amor está sempre encostado à parede. Ou nos traz felicidade a cada momento que passa ou então não presta enquanto Amor. Ninguém, como na vida, se entrega a um Amor que não existe com a esperança que venha a existir no futuro.
E eu sempre estive com o José Mário Branco, que na canção histórica "FMI" canta assim: Eu sou parvo ou quê? Quero ser feliz porra, quero ser feliz agora, que se foda o futuro.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
02 novembro 2014
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