Olás...
Ontem à noite tive um sonho.
Um sonho que me deu tesão.
Sonhei com uma lésbica,
Cujo nome era São!
Lá pelas tantas, no sonho.
Tal qual um boto cor-de-rosa
Com o membro na mão, comprido,
Era a menina São Rosas.
Sou mulher e gosto de homem.
Disso não me escondo, não.
Mas lésbica como a Sãozinha,
Fez-me dar um escorregão.
Acordei! Levei um susto...
Ainda toda molhada,
A noite foi bem exaustiva,
Com aquela goteira danada.
Hoje conserto a telha,
Para a água da chuva não vazar.
Se sonho outra vez com a São.
Já não dá para enganar.
Com o pepino a verter água,
Hoje quero muito sonhar.
Não pensem mal as mentes vazias,
São apenas... carajos do mar.
Por aqui me despeço,
Fazendo esta reflexão:
Se a São tem dois sexos,
O terceiro serão as mãos?
Mamãe Coruja
18 novembro 2014
«[não voltaste]» - Susana Duarte
olhei para trás, para onde o horizonte se me desfez,
e nada mais vi do que as noites de outrora. prometeste
que voltavas. mas as noites de outrora ficaram teimosamente quietas,
onde deixei de ver enrubescer as maçãs da madrugada.
olhei para trás, insana, perdida de mim, depois que me perdi de ti.
insana. perdida no troar incolor da tua voz. foste
para onde se abre o chão sob os pés doentes.
olhei para trás, vazia, e nada mais vi do que as doces
esperas de dias que foram. partiste. não olhaste para trás.
fiquei ali, mulher suspensa
na imensidão das folhas fendidas. não olhaste
para trás. foste para onde o ar
se me desfaz, névoa de manhãs de setembro, mosto
de todos os meses, uvas da minha vontade, ébria de sonho.
olhei para trás. tu não voltaste.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
e nada mais vi do que as noites de outrora. prometeste
que voltavas. mas as noites de outrora ficaram teimosamente quietas,
onde deixei de ver enrubescer as maçãs da madrugada.
olhei para trás, insana, perdida de mim, depois que me perdi de ti.
insana. perdida no troar incolor da tua voz. foste
para onde se abre o chão sob os pés doentes.
olhei para trás, vazia, e nada mais vi do que as doces
esperas de dias que foram. partiste. não olhaste para trás.
fiquei ali, mulher suspensa
na imensidão das folhas fendidas. não olhaste
para trás. foste para onde o ar
se me desfaz, névoa de manhãs de setembro, mosto
de todos os meses, uvas da minha vontade, ébria de sonho.
olhei para trás. tu não voltaste.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Casal nu abraçado
Corno de veado esculpido à mão, proveniente de França.
Pela riqueza dos detalhes, esta pequena estatueta, com 11 cm de comprimento, é uma das peças que considero mais maravilhosas da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Pela riqueza dos detalhes, esta pequena estatueta, com 11 cm de comprimento, é uma das peças que considero mais maravilhosas da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
17 novembro 2014
«conversa 2110» - bagaço amarelo
Eu - Ele é assim tão irritante?!
Ela - Não. Só que quando começa a falar do passado sinto ciúmes das gajas todas que estiveram com ele antes de mim.
Eu - Ah!
Ela - Eu sei que é um bocado difícil falar do nosso passado sem falar dos nossos Amores, mas também é difícil não sentir ciúmes quando se ouve o próprio marido elogiar uma ex-namorada qualquer...
Eu - É mais difícil ainda não falar do passado quando conhecemos um novo Amor. É através do passado que nos conhecemos melhor...
Ela - Eu sei. Tenho que me inscrever no ioga.
Eu - Talvez estejas a exagerar um bocadinho. Tu também foste casada. Já lhe falaste do teu ex-marido?
Ela - Já, mas é diferente.
Eu - Diferente porquê?
Ela - Enquanto eu só lhe digo mal do meu ex-marido, ele só me diz bem da ex-mulher dele.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
16 novembro 2014
Luís Gaspar lê «Sobre um poema (terceira versão)» de Herberto Hélder
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
– a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
– Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
– E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Herberto Hélder
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
A esgrima sexual das hienas
Podem chamar-lhes carnívoras e necrófagas mas as hienas são tão educadas que quando se encontram cumprimentam-se imediatamente, esfregando os órgãos sexuais em erecção com a mesma etiqueta da abertura de uma partida de esgrima.
Tal é possível porque as fêmeas são maiores, mais poderosas e senhoras de um enorme clítoris, de uns 15 centímetros, para mais e não para menos, no qual o macho tem de esgrimir bem o ângulo para conseguir lá espetar o seu pénis e copular. Razão tinha o Barão de Coubertin ao incluir a esgrima como modalidade logo nos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna.
A grande maçada é que o canal vaginal desagua neste clítoris e também as crias na altura do parto, obrigadas a rastejar por aquele túnel comprido e escuro, pelo que muitas hienas morrem ao dar à luz.
Tal é possível porque as fêmeas são maiores, mais poderosas e senhoras de um enorme clítoris, de uns 15 centímetros, para mais e não para menos, no qual o macho tem de esgrimir bem o ângulo para conseguir lá espetar o seu pénis e copular. Razão tinha o Barão de Coubertin ao incluir a esgrima como modalidade logo nos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna.
A grande maçada é que o canal vaginal desagua neste clítoris e também as crias na altura do parto, obrigadas a rastejar por aquele túnel comprido e escuro, pelo que muitas hienas morrem ao dar à luz.
15 novembro 2014
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