04 janeiro 2015

Caixa de velocidades


Disse que a papava e papei. Sou um homem de palavra e levo sempre a minha avante. Já ela levou com a minha por trás.

Patife
@FF_Patife no Twitter

03 janeiro 2015

«Tenho que ir» - Porta dos Fundos

«Curriculum invejável» - por Rui Felício



Já fui mar já fui navio
Já fui chalupa escaler
Já fui moço, já sou homem
Só me falta ser mulher.
Zeca Afonso

O Pedro ia casar e o Eugénio, pai dele, falou com o seu grande amigo Polibio para o convidar para ser padrinho de casamento.
O Polibio ficou muito sensibilizado com a honra do convite mas disse-lhe que já tinha feito de quase tudo na vida e que padrinho de casamento já tinha sido e não queria repetir.
Preferia que ele escolhesse uma outra função que ele pudesse acrescentar ao seu longo curriculum de que tanto se orgulhava.
Na verdade, o Polibio começou a enumerar-lhe a lista de profissões e funções que já tinha exercido:
pedreiro, latoeiro, policia, ladrao, ladrilhador, escriturário, arqueólogo, mineiro, motorista, agricultor, desinfestador, enfermeiro, segurança, vendedor, militar, carroceiro, encadernador, ferreiro, pescador, carteiro, repórter, jardineiro, barman, empregado de mesa, terapeuta, tradutor, detective, treinador, jogador, politólogo, fotógrafo, electricista, bombeiro, locutor, cozinheiro, chulo, podador, mecânico, bate-chapas, coveiro...
No que respeita a funções específicas relativas a casamentos, já tinha sido padrinho, testemunha, escrivão, mestre de cerimónias, fotógrafo, organista, florista...
O Eugénio ouviu, matutou e raciocinou tentando conciliar a vontade do Polibio com o seu próprio desejo inabalável de que ele participasse destacado no casamento do filho.
Murmurando alto:
- Bem, não podes celebrar o casamento porque não és padre, não queres ser o padrinho porque já foste uma vez, transportares as alianças não dá porque é tarefa destinada a duas crianças.
Com o dedo espetado na testa e os olhos em alvo, rematou:
- Sobra apenas seres Dama de Honor.
O Polibio escutou-o com atenção, mas perante a conclusão a que ele chegou ripostou admirado:
- Oh pá, as Damas de Honor têm que ser mulheres.
- Não é bem assim, meu amigo.
O meu filho Pedro vai casar com o Paulo.
Ora, neste caso, parece-me que não fará diferença que vás de Dama de Honor...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

«A liberdade de imprensa é um valor de sempre»

Publicidade do Sindicato dos Jornalistas na revista Visão, nos anos 80.
Recorte de revista, emoldurado na minha colecção.

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Um sábado qualquer... - «A infância de Jesus 3»



Um sábado qualquer...

02 janeiro 2015

Viktoria Modesta - «Prototype»

Viktoria Modesta chama ao seu corpo «Modelo do futuro» e está a redefinir o que é ser sensual.
A sua perna ficou ferida durante o parto e passou por 15 cirurgias para tentar corrigir isso. Aos 20 anos, ele fez uma amputação voluntária da perna para melhorar a sua mobilidade.

Vai-lhe comer o cabelo?!


"Assim que toquei o teu cabelo fiquei com a certeza de que ia comer-te."
Quem disse que as mulheres não conseguem ter o nosso romantismo?


Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Há quem se cumprimente fodendo» - João

"Os tempos são de urgência. De pressa. Há tantos apelos à satisfação imediata que perdemos o jeito para os rituais, para nos prepararmos para dar e para receber o prazer. Parecemos ter perdido o jeito para tocar um corpo com as mãos quentes, percorrendo todos os pontos que sabemos que vão levar a outra pessoa ao seu espaço muito particular de loucura, onde vai perder ou expandir os seus limites, onde vai arrepiar-se ou apreciar a dor de um prazer sublime. Parecemos ter perdido o tempo para nos agarrarmos longamente, para deixar que nos pousem a cabeça sobre o coração, para o ouvir bater e sentir que o amor está ali, vivo. Queremos a gratificação imediata, rápida, que faz ter tudo logo ali, logo à mão. O pragmatismo impera. Há pessoas que se cumprimentam com um aperto de mão. Outras cumprimentam-se com beijos. Mas outras cumprimenta-se fodendo. Dir-se-ia que é sinal dos tempos de urgência. Da perda de jeito para os rituais. Poderá ser. Mas não com todos. Há gente que se cumprimenta fodendo porque é diferente dos demais. Porque foder lhes é natural e não viola em nada o tempo da preparação, o tempo das mãos quentes ou dos pontos sensíveis. É pragmatismo romântico. Inversão do tempo. Fode-me já, depressa e com força. E depois disso, agarra-te a mim, tapa-me, aconchega-me, e beija-me suavemente quando nos ficamos, no nosso ritual de calor, tu a procurar-me nos olhos, eu a escutar-te o coração."
João
Geografia das Curvas

«Centro de Emprego»- Shut up, Cláudia!




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01 janeiro 2015

de volta ao preto


Back in Black from The Darlings on Vimeo.

Eva portuguesa - «Fogueira»

Envolvo-me no frio que me arrepia a pele.
Procuro a posição que me permita adormecer mas o corpo está quente, irrequieto, ansioso.
Fecho os olhos para não sentir. Para adormecer os sentidos.
São longas as noites em que me perco no desejo do teu cheiro, do teu sabor.
Horas de sadismo que tento afastar, sem na realidade querer deixar partir.
Como se a tua recordação fosse esta fogueira que arde sem temor, para logo depois se transformar em cinza e desaparecer levada pelo vento.
Essas cinzas que me cobrem o corpo, enchem a alma e lambem o sexo.
Desejo-te. Aqui. Agora. Com fúria. Com intensidade.
Fizeste de mim uma mulher de sorriso fácil; uma alma colorida; um arco íris onde antes só existia cinzento.
Chegaste. E tudo mudaste...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Calorzinho africano...

Pintura em tecido com motivos eróticos africanos, emoldurada na minha colecção.

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E fez beicinho...


Tens noção que ao dizeres que estás embeiçada só me dás motivação para te meter a gaita nas beiças, certo?

Patife
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