Envolvo-me no frio que me arrepia a pele.
Procuro a posição que me permita adormecer mas o corpo está quente, irrequieto, ansioso.
Fecho os olhos para não sentir. Para adormecer os sentidos.
São longas as noites em que me perco no desejo do teu cheiro, do teu sabor.
Horas de sadismo que tento afastar, sem na realidade querer deixar partir.
Como se a tua recordação fosse esta fogueira que arde sem temor, para logo depois se transformar em cinza e desaparecer levada pelo vento.
Essas cinzas que me cobrem o corpo, enchem a alma e lambem o sexo.
Desejo-te. Aqui. Agora. Com fúria. Com intensidade.
Fizeste de mim uma mulher de sorriso fácil; uma alma colorida; um arco íris onde antes só existia cinzento.
Chegaste. E tudo mudaste...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado