08 fevereiro 2015

E um bico de dois paus?...

A principal razão de querer ser mamado por duas maganas ao mesmo tempo é poder dizer que o meu Pacheco é um pau de dois bicos.

Patife
@FF_Patife no Twitter

07 fevereiro 2015

Love is all «We need?»


Loves is all (edited) from Alejandro Gómez-Arias / MEME on Vimeo.

«No banco de jardim» - por Rui Felício


Saiu do escritório, exausto depois de um dia de trabalho intenso.
Antes de ir buscar o carro, deu uma volta pelo jardim, desapertou o botão do colarinho, aliviou o nó da gravata e sentou-se na ponta de um banco de ripas de madeira pintada. Puxou de um cigarro, acendeu-o lentamente fitando um ponto impreciso na folhagem das árvores. Quando chegasse a casa, em vez de paz e sosssego, sabia que iria ter de ouvir o falatório ininterrupto e estridente da sua mulher sobre os mais corriqueiros e desinteressantes problemas. Temia e adiava o regresso a casa.
Absorto nos seus pensamentos, apercebeu-se de uma mulher bonita, calma e despreocupada que acabara de se acomodar na outra ponta do banco.
Trocaram um olhar fugaz e um sorriso de circunstância.
Calmamente ela ia desembrulhando um chocolate, devagar. Tão devagar que ele teve tempo de acabar de fumar o cigarro e acender outro, antes dela trincar o quadrado doce que destacara da tablete. Aliás, antes de o morder, ela meteu-o na boca e lambeu-o demoradamente sugando deliciada a massa doce, viscosa e acastanhada que lhe ia pintando os lábios e sensuais. Ele ia formando habilidosamente com a boca pequenas auréolas de fumo, mirando-a, embevecido com a calma e o silêncio daquela atraente mulher.
Não articularam uma palavra. Apenas um ou outro sorriso quando os olhares se cruzavam.
Lânguidos, calmos, num halo surreal que parecia envolvê-los...
Fumou o segundo cigarro até ao filtro, espezinhou, com raiva, a beata no chão empedrado e preparou-se para ir.
Ao soerguer-se, ouviu a voz melodiosa, suave e quase sussurrada daquela mulher:
- Porque não fica mais um pouco?
Já lá vão uns anos. Até hoje nunca mais voltou para casa...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

É por todo o lado...

Conjunto de 4 bonecos maleáveis, 2 homens e 2 mulheres que se encaixam de diversas formas... na intimidade da minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)



Como se pode ver no gráfico...

Crica para veres toda a história
Análise económica do amor


1 página

06 fevereiro 2015

FOALS - «Mau hábito»


FOALS [bad habit] from nabil elderkin on Vimeo.

Ponto de vista


Porque fazem essa expressão tipo "pois, tá bem..." sempre que reafirmo o facto inquestionável de "felatio" ser uma palavra bonita?

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Frases feitas» - João

"De repente somos todos invadidos por frases feitas. Os primeiros tempos das redes sociais (eu sou anterior a esse tempo, sou do tempo dos primeiros sites portugueses e o meu foi um desses) serviam para dizer banalidades. E continuam a servir. Tiremos as notícias, os vídeos de gatinhos e a propaganda fundamentalista, e o que fica são sobretudo banalidades. Porque hoje acordei assim, porque pisei qualquer coisa, porque tenho sono, porque soltei uma ventosidade. Essas coisas. Excepções sempre existem. Já encontrei nas redes sociais inúmeros conteúdos de grande valor, mas a maioria do que por aí anda são banalidades que entretanto vieram a substituir-se por frases feitas. Vão buscar frases isoladas a autores conhecidos, vão buscar provérbios populares, ideias religiosas, citações de políticos, e colam as frases sobre fotografias do crepúsculo, de paisagens bonitas, do mar, das núvens, de qualquer coisa. Vemos uma frase dessas e achamos que faz sentido. No minuto seguinte, se preciso for, vemos outra frase cujo significado é diametralmente oposto e se calhar também achamos que faz sentido, e depois vê-se gente comentar e dizer que é mesmo aquilo pá, que aquilo lhes abriu os olhinhos ou que lhes mudou a vida. E de frase em frase, a vida vai mudando. Os likes vão crescendo, há gente sobre gente a viver verdadeiras epifanias; normalmente inconsequentes.

Não discuto o quão interessantes essas frases feitas são. Ou quão belas. Porque algumas são. Mas são apenas isso, não são coisas para nos mudar a vida, para nos abrir olhos. Não são as nossas frases, não são os nossos momentos. Não são inspiração. Inspiração é abrir os olhos de manhã, inspiração é sentir o caralho pulsar forte ou a cona pingar de molhada, o coração bater forte pelo olhar partilhado. Inspiração é água na cara, as mãos de dedos entrelaçados. Uma frase feita não, não é inspiração, não é exemplo, não é nada além do que alguém, em algum momento, sentiu. E, sentindo, foi válido para o autor. Naquele momento. Só para si. Para mim, para ti, para todos, são arranjos de palavras, experiências que não se nos aplicam por osmose, que não nos entram pelos olhos dentro e nos modificam. As frases feitas são passatempo. São chuva-molha-parvos. Podemos gostar. Mas não nos leva ao avesso, a avanços ou recuos. Não vale a pena lançar mão de frases batidas, conhecidas como inspiradoras. Se o caralho não pulsa, se a cona não pinga, não está a acontecer. E nenhuma frase famosa muda isso. Nem para dentro, nem para fora. In the end, as nossas vidas acontecem por nós, e não pelas frases que nos dizem, por muito genéricas, por muito polivalentes, por muito certinhas e certeiras que nos pareçam. One size does not fit all."

João
Geografia das Curvas

«Comprem, meninas! Comprem!»- Shut up, Cláudia!




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05 fevereiro 2015

«A propósito de bois cobridores» - João Barreto

Já cá faltava a enrabadela do bode...
E o boi da Junta, Bartolomeu, nunca te foi ao cu?
Estou a falar do boi cobridor que a Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal (no tempo em que a Madeira era designada, com alguma condescendência, por ilha adjacente) punha à disposição dos proprietários das vacas que as quisessem prenhes.
É claro que se o Bar Tolo Meu por cá andasse, seria um sério concorrente ao dito boi da Junta. Os vitelos é que podiam sair meio esquisitos...
A propósito de bois cobridores, lembrei-me duma história antiga:
Consta que um desses bois lhe deu para a depressão e andava alheado das suas funções. O pessoal levava as vaquinhas ao pasto, na altura em que estavam "saídas" (ou seja, no cio) e o boi nem olhava para elas, continuava a ruminar, armado em funcionário público, mesmo que as fêmeas meneassem as ancas à frente do seu focinho. Em desespero de causa, chamaram o veterinário mais experiente e juntou-se uma multidão para ver a atuação do doutor que, naquele dia, mais parecia um toureiro vindo do México.
O doutor, depois de examinar cuidadosamente o aparelho genital e demais aparelhos do boi, concluiu que era só questão de estímulo. Então, lançando mão de uns panos, passou-os pela vagina de uma das vacas e, ato contínuo, esfregou-os no focinho do boi. No mesmo instante, este despertou do torpor, aproximou-se da vaquinha pelas traseiras e, alçando as patas sobre o lombo da dita cuja, tratou de cumprir a função que lhe estava destinada.
A multidão em delírio aplaudiu a macheza do animal que, não satisfeito com uma foda, cobriu todas as vacas que estavam no cercado e, tal era o entusiasmo, só não comeu o doutor veterinário porque este tratou de se pôr a bom recato.
Compadre José, após celebrar devidamente o sucesso na venda do Martinho, com uma litrada de jaqué tomada a meias com o Francisquinho do Lombo, montou-se na mota e abalou para casa. Já anoitecia e José foi matutando, pelo caminho, que ele próprio há muito que não dava uma pinocada com a sua Vicência, a qual até já lhe tinha mandado umas piadas, comparando-o com o preguiçoso boi da Junta. Ciente da técnica veterinária que tinha presenciado, entrou em casa decidido a imitá-la e, para facilitar as coisas, lá estava Vicência estendida na cama a dormir e com as pernas escanchadas. Pé-ante-pé aproximou-se e toca de meter a cara nas partes baixas da mulher, aspirando fundo todos os eflúvios e odores. Vicência, estremunhada e mal refeita de tão inusitado ataque, liga a luz da cabeceira e olhando horrorizada para o rosto triunfante do marido exclama:
"Ai José! Tanto sangue! Caíste outra vez da mota...?"

João Barreto

O tédio na pornografia dos anos 80 «por trás das cenas»










Mulher e bebé

Estatueta em bronze africana de uma mulher a fazer um clister ao seu bebé com água na boca.
Um mimo que faz parte da minha colecção.

Esclarecimento da Margarida Metelo de Nápoles na página da colecção no Facebook:
"Em algumas tribos de África as mulheres, ao final do dia, quando tiram a criança das costas, fazem uma massagem ao bebé e esticam-no, para endireitar as costas e as pernas. Também faz parte do ritual, tirar os gases ao bebé através de um clister com água do rio. A mãe enche a boca de água, abre as pernas do bebé e sopra a água que tem na boca para dentro do rabinho do bebé, fazendo assim um clister natural. Há um documentário no National Geographic muito interessante sobre isto. Praticamente, desde que o bebé não esteja doente, a única altura do dia em que chora é ao final do dia. Depois ter estado todo esse tempo às costas da mãe, por vezes, a massagem que a mãe faz às pernas e ao corpo doí, mas é necessária para o bebé ficar com o corpo direito. Nunca tinha visto essa representação numa escultura ou mesmo pintura. E é digno de ser mostrado aos diferentes mundos e culturas."

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Problema de género


Após a pinada de ontem fiquei com uma gigante comichão. Não deixa de ser curioso, uma vez que comi chona.

Patife
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