23 fevereiro 2015
«Um jogo de tortura» - João
"Aproximámo-nos naquele espaço. Formais no tecido. Informais nas fantasias. Lancei a mão ao teu casaco, que ajudei a despir, desabotoei a tua blusa, mais devagar do que o desejo nos permitiria, e com a mestria de sempre, soltei o soutien nas tuas costas apenas com uma mão enquanto a outra o segurava para a seguir arremessar para longe, de modo a que nada nos fizesse tropeçar senão nós mesmos, um no outro, na expectativa de cairmos redondos no sofá mais próximo ou na cama mais larga. Ou mesmo o chão. O chão podia ser cama, podia ser sofá, qualquer coisa nos servia. Ao sangue que fervilha, pouco interessa onde. Ia atirar-me à tua saia para te admirar a nudez o mais depressa que pudesse, mas não me deixaste. Agarraste-me as mãos com determinação e disseste não. Olhaste-me firme nos olhos e disseste que hoje é diferente. Mandaste-me dar um passo atrás e sentar-me na beira da cama. Subiste a tua saia de modo a que pudesses abrir as pernas e sentar-te sobre mim. Mais tarde, viria a voar também para um canto, mas naquele momento percebi que por baixo da saia não havia nada, nada além daquele ponto onde as tuas coxas terminam e a magia acontece, o santuário do meu caralho, e disseste-me “não me tocas sem eu mandar. não me beijas sem eu pedir. não me lambes as mamas, não me tocas na cona, não fazes nada que eu não te diga”, e eu ali, a pulsar, a sentir a tua humidade na minha pele, e tu a acariciar-me a cara, a beijar-me o pescoço, as tuas mãos a passear as minhas costas, e enquanto isso a tua bacia ondulava e esfregavas o teu corpo sobre o meu, e eu a portar-me bem, a ser um bom menino, sim?, de mãos a muito custo contidas, a querer terminar a tortura, a querer tocar-te o corpo, devolver-te o prazer. Com a tua mão apontaste e ordenaste “toca-me, aqui”, e eu obedeci. Ajeitaste o corpo até ter o meu caralho perfeitamente ajustado à tua cona, até faltar um pequeno jeito, de um ou de outro, para o deixar entrar. Queres foder-me? Quero, quero muito. Queres entrar em mim? Muito, quero muito. E depois de te debruçares sobre mim, para que te lambesse os mamilos, deixaste-te finalmente deslizar sobre mim, entrei no teu corpo, feito em rocha viva, e tu ao meu ouvido só me falavas de como era bom foder-me, de como não havia nada assim, nada igual, e finalmente tinha autorização para te tocar, para dar uso às minhas mãos, e toquei-te tanto, como sabia, como podia, como queria. E seria capaz de jurar, a sério que seria, que o mundo perdera toda a importância, que se resumia a nós, a nosso mando, aos nossos pés. Sabia que me amavas. Não havia disfarce, nem vontade de disfarçar. Amo-te, amo-te tanto, disseste. Não mais que eu, nem menos, respondi, o teu tanto é o meu."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
«conversa 2116» - bagaço amarelo
Eu - Porque é que dizes isso?
Ela - Não sei... sinto-me estranha e nem sei bem porquê, o que já é estranho.
Eu - Não te preocupes. És uma gaja como outra qualquer.
Ela - Uma gaja como outra qualquer?! Não melhorou nada, preferia ser uma gaja estranha.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
22 fevereiro 2015
«Sob o Encanto da Luz» - Porta-Curtas
Ficção
Director: Dirceu Lustosa
Elenco: Bruno Torres, Larissa Sarmento
Duração: 18 min
Ano: 2005
Sinopse: Respiração. As águas sempre guardam um segredo. Um salto. O profundo e a luz. E com um sopro o tempo pode parar.
Director: Dirceu Lustosa
Elenco: Bruno Torres, Larissa Sarmento
Duração: 18 min
Ano: 2005
Sinopse: Respiração. As águas sempre guardam um segredo. Um salto. O profundo e a luz. E com um sopro o tempo pode parar.
Luís Gaspar lê «Artigo 1056º do Código Civil» de Augusto Gil
Oiça, vizinha: o melhor
É combinarmos o modo
De acabar com este amor
Que me toma o tempo todo.
Passo os meus dias a vê-la
Bordar ao pé da sacada.
Não me tiro da janela,
Não leio, não faço nada…
0 seu trabalho é mais brando,
Não lhe prende o pensamento,
Vai conversando, bordando,
E acirrando o meu tormento…
0 meu não: abro um artigo
De lei, mas nunca o acabo,
Pois dou de cara consigo
E mando as leis ao diabo.
Ao diabo mando as leis
Com excepção dum artigo:
0 mil e cinquenta e seis…
Quer conhecê-lo? Eu lhe digo:
«Casamento é um contrato
Perpétuo». Este adjectivo
Transmuda o mais lindo pacto
No assunto mais repulsivo.
«Perpétuo». Repare bem
Que artigo cheio de puas.
Ainda se não fosse além
Duma semana, ou de duas…
Olhe: tivesse eu mandato
De legislar e poria:
Casamento é um contrato
Duma hora – até um dia…
Mas não tenho. É pois melhor
Combinarmos algum modo
De acabar com este amor
Que me toma o tempo todo.
Augusto Gil
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Sinfonieta
Allegro: O meu calcanhar é o pescoço que não me pode um dedo por lá roçar que logo um torpor me tremelica.
Vivace: Quando ele encosta o seu nariz ao meu pescoço e lhe retribuo fico feita azeitona pronta a ser triturada no seu lagar. Faz de mim a tua posta de bacalhau e tempera-me.
Adagio: Pareceu-me que a parede precisava de ser pintada mas os seus dedos a cravaram-se mais fundo na minha cintura anunciavam que o seu canudo estava quase a sacolejar convulsivamente.
Grave: Despedi-me pespegando-lhe um beijo tal e qual numa repartição se carimbam os documentos prontos para entrega.
Pilha em espanhol
Confesso que nunca tinha estado com 7 mulheres ao mesmo tempo. Por isso aqui o Pacheco estava uma autêntica pila de nervos.
Patife
@FF_Patife no Twitter
21 fevereiro 2015
A pornografia da política Greco-Lusitana
Na nossa página no Facebook (que tem mais de 2.500 gostos), um elemento da fundiSão publicou esta fotomontagem (em que se limitaram a pôr um paninho no braço do coelho), com esta legenda:
"À primeira vista esta imagem não devia aparecer aqui, mas o ar subserviente que contrasta com uma sisuda indiferença lembra-me uma humilhante história de amor mal correspondido. Uma história daquelas que só se aguenta enquanto houver interesse..."
Paulo F.
Transcrevo aqui um dos comentários:
"A história é fodida, mais com pornografia do que com sexo bom . A nossa história de conquistas e descobertas epicamente documentadas nos livros que nos são servidos tem outro sabor quando comparada, nos episódios comuns, com o cardápio que é servido a outros povos que bem ou mal fodidos se cruzaram conosco. Fodemos muita gente de forma vil e pornográfica mas também demos monumentais fodas que agradaram a todos os participantes. O mesmo se passa na história actual. Há bem pouco tempo o sr Juncker (aquele que esteve envolvido no episódio pornográfico do Luxleaks) confessou pecados contra a dignidade dos portugueses, dos irlandeses e dos gregos (PIG). Esses pecados, como em qualquer história de amor, podem não ter sido intencionais mas, quem sofre as consequências, perde a bondade do raciocínio e acaba por ficar com a ligeira impressão de que tem o cu em sangue para beneficiar coisas como a economia alemã e o grande capital, duas amantes sedentas, sem ter qualquer perspectiva de vir a beneficiar de futuras orgias em que possa gozar qualquer coisinha. A sensação que fica é tipo ir às putas com o dinheiro que elas me emprestam, passar-lhes o corredor a pano, levar uma carga de porrada no "tecido produtivo" sair de lá com uma dívida venérea e repetir indefinidamente alimentando-lhes tecido produtivo enquanto o meu definha ao serviço da dívida venérea. Tive o inquietante benefício dos tempos da orgia da dívida venérea, mas tinha a consciência de que a erecção do tecido produtivo, que era uma ilusão propagada pelos fodilhões optimistas que ocupavam cargos de relevo no bordel, não era suficiente para satisfazer todas as amantes, e que as forças nem iriam chegar para combater a dívida venérea. Agora, para me livrar disto tenho que me livrar das amantes gulosas e sedentas que me alimentam o vício e se alimentam do meu vício. É como se me arrancassem os colhões. Vai doer!"
Oso Drac
"À primeira vista esta imagem não devia aparecer aqui, mas o ar subserviente que contrasta com uma sisuda indiferença lembra-me uma humilhante história de amor mal correspondido. Uma história daquelas que só se aguenta enquanto houver interesse..."
Paulo F.
Transcrevo aqui um dos comentários:
"A história é fodida, mais com pornografia do que com sexo bom . A nossa história de conquistas e descobertas epicamente documentadas nos livros que nos são servidos tem outro sabor quando comparada, nos episódios comuns, com o cardápio que é servido a outros povos que bem ou mal fodidos se cruzaram conosco. Fodemos muita gente de forma vil e pornográfica mas também demos monumentais fodas que agradaram a todos os participantes. O mesmo se passa na história actual. Há bem pouco tempo o sr Juncker (aquele que esteve envolvido no episódio pornográfico do Luxleaks) confessou pecados contra a dignidade dos portugueses, dos irlandeses e dos gregos (PIG). Esses pecados, como em qualquer história de amor, podem não ter sido intencionais mas, quem sofre as consequências, perde a bondade do raciocínio e acaba por ficar com a ligeira impressão de que tem o cu em sangue para beneficiar coisas como a economia alemã e o grande capital, duas amantes sedentas, sem ter qualquer perspectiva de vir a beneficiar de futuras orgias em que possa gozar qualquer coisinha. A sensação que fica é tipo ir às putas com o dinheiro que elas me emprestam, passar-lhes o corredor a pano, levar uma carga de porrada no "tecido produtivo" sair de lá com uma dívida venérea e repetir indefinidamente alimentando-lhes tecido produtivo enquanto o meu definha ao serviço da dívida venérea. Tive o inquietante benefício dos tempos da orgia da dívida venérea, mas tinha a consciência de que a erecção do tecido produtivo, que era uma ilusão propagada pelos fodilhões optimistas que ocupavam cargos de relevo no bordel, não era suficiente para satisfazer todas as amantes, e que as forças nem iriam chegar para combater a dívida venérea. Agora, para me livrar disto tenho que me livrar das amantes gulosas e sedentas que me alimentam o vício e se alimentam do meu vício. É como se me arrancassem os colhões. Vai doer!"
Oso Drac
«Luz e amor» - por Rui Felício
Não se pode medir a escuridão em si mesma.
Ela é a ausência absoluta de luz e só esta é mensurável.
Quanto maior a sua intensidade menor é a escuridão.
Assim se passa com o amor.
Só ele é a medida da solidão.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Postais ilustrados de mulheres com lingerie branca
Humedecendo a lingerie, esta fica transparente.
Oferta de Lourenço M. para a minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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«Membro importante» - Adão Iturrusgarai
A partir de hoje, temos a honra de publicar os cartoons geniais de Adão Iturrusgarai, com a sua autorização. Obrigada, Adão!
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