20 maio 2015
19 maio 2015
Postalinhos da Turquia - 3
"Estátua em mármore de mulher deitada (deusa Afrodite?) do Museu das Civilizações da Anatólia, em Ankara."
Paulo M.
Paulo M.
Garrafa de Cerveja Imperial
Garrafa de Cerveja Imperial cujo rótulo apresenta desenhos de pessoas, alguns deles malandrecos.
Entre outras figuras, tenta descobrir a mulher a fazer xixi de pé e o homem a fazer sexo oral a uma mulher.
Um óptimo passatempo... da minha colecção.
Entre outras figuras, tenta descobrir a mulher a fazer xixi de pé e o homem a fazer sexo oral a uma mulher.
Um óptimo passatempo... da minha colecção.
18 maio 2015
«Escadas que rolam» - João
"Enquanto te deixavas elevar, naquelas escadas que rolam sem fim, pensavas que bom, que bom que era se ele estivesse aqui. Ocupada no teu desejo de me encontrar, encontraste-me por fim, no cimo daqueles degraus mecânicos, e eu com um sorriso largo, e tu feliz, e ao mesmo tempo o não estar e o não ver, sorrindo ambos, cúmplices, como se não nos conhecêssemos, como se fossemos estranhos num qualquer espaço público. E depois, um pouco mais tarde, na penumbra de um escaparate, no anonimato de um espaço de cheio de gente, vem cá e dá-me a mão, e os dedos que se entrelaçam, e um beijo trocado com sede tamanha, que te aperto, que me queres, e cada despedida era um ensaio, um cenário, porque sempre se voltava atrás para mais um beijo, e sempre se voltava atrás para mais mãos nas mãos, e a vontade do corpo, os olhos a rir à gargalhada contida, mas só contida por fora, que por dentro era calor e fogo, e enquanto me elevo naquelas escadas que rolam sem fim, sempre penso que bom, que bom que era se ela estivesse aqui."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
17 maio 2015
Postalinhos da Turquia - 2
"Diversas peças pré-históricas relacionadas com a fertilidade, do Museu das Civilizações da Anatólia, em Ankara. A placa rectangular é espantosa pela representação estilizada que faz de uma mulher."
Paulo M.
Paulo M.
Luís Gaspar lê «Arma Secreta» de António Gedeão
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na torre erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
António Gedeão
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Depósito legal
Tenho pena que os gajos não sejam como os livros. Não como aqueles calhamaços que morrem virgens nas estantes ou o bué volumoso dicionário da Academia mas como aqueles que quanto mais folheamos, mais queremos manusear e nem conseguimos dormir antes de acabar de o ler todinho.
Um capítulo no elevador é sempre empolgante. A coragem adolescente de baixar as calças com uma mão e apalpar as mamas com a outra. O arrepio na espinha de ser descoberta com as cuecas caídas aos pés, a saia toda entalada na cintura e uma mão a fazer crescer o feijoeiro mágico. As sacudidelas compassadas naquelas quatro paredes com os testículos compenetrados naquela corrida de velocidade que as mãos dele não aguentam muito mais tempo as nádegas pululantes, os calcanhares na coluna e a língua dela a pardalitar de saliva o pescoço e os lóbulos das orelhas e ainda um qualquer dedo pronto a pressionar o botão para subir ou descer ao menor ruído humano naquele andar. Os gemidos engolidos com intensidade como se fossem sexo oral simultâneo, até à indolência final.
E é por estas páginas e por outras que quando uma trama fica previsível até ao bocejo, peço encarecidamente "Não faças de mim o teu depósito legal".
Um capítulo no elevador é sempre empolgante. A coragem adolescente de baixar as calças com uma mão e apalpar as mamas com a outra. O arrepio na espinha de ser descoberta com as cuecas caídas aos pés, a saia toda entalada na cintura e uma mão a fazer crescer o feijoeiro mágico. As sacudidelas compassadas naquelas quatro paredes com os testículos compenetrados naquela corrida de velocidade que as mãos dele não aguentam muito mais tempo as nádegas pululantes, os calcanhares na coluna e a língua dela a pardalitar de saliva o pescoço e os lóbulos das orelhas e ainda um qualquer dedo pronto a pressionar o botão para subir ou descer ao menor ruído humano naquele andar. Os gemidos engolidos com intensidade como se fossem sexo oral simultâneo, até à indolência final.
E é por estas páginas e por outras que quando uma trama fica previsível até ao bocejo, peço encarecidamente "Não faças de mim o teu depósito legal".
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