22 maio 2015

«Lembras-te das palavras que disseste?» - João

"Havia luz. Tenho dificuldade em dizer de onde, admito que da rua fria, talvez dos candeeiros lá fora, mas os nossos olhos já estavam habituados à escuridão, os nossos corpos já se tinham agredido com amor tantas vezes, e nenhuma promessa de descanso era cumprida, era só um processo de intenções que ficava pelo caminho. Na verdade, pensando nisso, o cansaço sobreveio variadas vezes, diria que a vontade na alma era muitas vezes mais forte que a força no corpo, mas havia luz, ténue mas luz. E aquele calor imenso. Lembras-te? Lembras as palavras que disseste? Porque elas ecoam sempre e em toda a parte."

João
Geografia das Curvas

«Sensor de chuva» - Shut up, Cláudia!




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21 maio 2015

Postalinho mais picante

"No ano passado mandei-te uma ou duas fotos deste cacto, só com a coroa de flores.Este ano ele está muito mais bonito, com os apêndices que entretanto nasceram e estão também floridos...
Beijocas
Teresa B."


«bullying» - bagaço amarelo

Tenho uma revelação a fazer ao mundo: quando era criança fiz bullying com outros. Fui violento, física e verbalmente, com colegas meus da escola. Tenho ainda outra revelação a fazer: quando era criança fui vítima de bullying. Alguns colegas meus agrediram-me, física e verbalmente, sem que houvesse motivo para tal.
Estou a caminho dos quarenta e quatro anos e olho para a minha experiência como algo que contribuiu para a minha formação e o meu crescimento. Foi através, também dessa violência, que me tornei naquilo que sou. Entre outras coisas, um pacifista.
Não, não estou a dizer que devemos aceitar o bullying como se fosse uma coisa normal, deixando os putos agredirem-se mutuamente como se fossem animais numa jaula. Devemos, todos nós estar lá, presentes. Até porque, adivinhem, nós também fazemos parte da formação e do crescimento desses putos.
Da minha professora, de quem tenho saudades, levei uma chapada ou duas, mas não foi isso que me fez parar (bem, houve uma reguada que ajudou bastante). Foi a vida toda e o facto de ter crescido. Recuso-me a esta visão simplista e maniqueísta da violência dividir bons e maus. Isso é falso.
A revelação final que vos tenho a fazer, e que eu pensava que Darwin já tinha feito antes de mim, é que Adão e Eva nunca existiram. Nós vimos mesmo de um antepassado em que a agressão foi uma forma de organização social (hoje ainda é). Está escrito nos nossos genes, nos lóbulos frontais e temporais e também numa ou outra hormona.
A boa notícia é que se passa exactamente o mesmo com o Amor, que também é algo em que se evolui. Na verdade, se me lembro hoje de ter chorado e rido intensivamente muitas vezes, foi sempre por causa do Amor e não dos murros que dei ou levei. Esses foram apagados pelos abraços de quem me Amou e nunca me condenou a ser uma pessoa má.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

1.500 peças bem compostinhas

Conjunto de 3 Puzzles "Classic 40´s Pin-Up Jigsaw" de 500 peças, da autoria de Vargas.
Uns dos muitos jogos da minha colecção.

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«Elefantes e viagra» - Adão Iturrusgarai