01 agosto 2015

«Sonho que se cumpriu» - por Rui Felício

«Rapariga a tomar banho num balde com
top de tecido que sai e mostra o peito»
Estatueta em resina e tecido da colecção de
arte erótica «a funda São»
Levou-o consigo. Entraram ambos...
A Sandra despiu-se lentamente. Primeiro os sapatos, a seguir a saia, a blusa, o soutien, toda a roupa, peça por peça, até ficar nua. Flectiu uma perna, depois a outra, deitou-se de costas, o corpo lânguido, a boca entreaberta, os olhos semicerrados a fitarem um ponto vago e indefinido.
Primeiro os dedos, depois as palmas das mãos começaram a percorrer o seu corpo. A cada toque, o pensamento divagava, os olhos quase se fechavam. Conseguia ouvir a cadência do coração a bater dentro do peito, o prazer inundava-a...
Não resistiu, estendeu o braço e envolveu com a sua mão aquele objecto duro de textura suave, ligeiramente húmido, que sempre estivera ali a seu lado.
Conduziu-o para junto do rosto, sentiu o seu perfume, passou-o pelo pescoço, pelos seios. Fazia-o deslizar em movimentos ondulatórios, ora com maior ora com menor pressão sobre a pele.
Levou-o a descer pela barriga, acompanhando os movimentos das ancas. Escorregou-lhe da mão, já molhado, revestido por um liquido espesso e cremoso. Tacteou avidamente aquele instrumento de prazer e voltou a pegar-lhe, desta vez com mais força.
Agora, fazia-o deslizar pelas coxas. Entreabriu-as lascivamente e levou-o aos poucos até mais acima. Passou-o repetidamente em volta, pela frente, por trás, até que o pressionou demoradamente sentindo o mesmo prazer indescritível que as estrelas de cinema confessavam experimentar.
A Sandra, ainda meio submersa na banheira da sua casa de banho, tinha cumprido o seu sonho.
Não era em vão nem por mero acaso, o velho slogan de que nove em cada dez estrelas de cinema usavam o sabonete Lux.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Um sábado qualquer... - «Jesus e Madalena 3»



Um sábado qualquer...

31 julho 2015

Raimundos - «Selim»



Eu queria ser o banquinho da bicicleta
P'ra ficar bem no meio das pernas
E sentir o seu ânus suar
Eu queria ser a calcinha daquela menina
P'ra ficar bem perto da vagina
E às vezes até me molhar
Mas eu não sei o que se passa nesta cabecinha
É claro que era da minha
Você não pode duvidar
Fica quieto
Não me deixe envergonhado
Pois se eu ficar excitado
Minha calça vai estourar.

Postalinho de Chicago

"São Rosas,
Quando isto em Chicago vi,
logo pensei que gostarias de o ter aí!"
Joca

Uma nova ilustração da próxima segunda edição do DiciOrdinário

Algumas das entradas do DiciOrdinário IlusTarado têm um significado e o Raim faz uma ilustração com um significado diferente. É o caso desta. O que é? E qual é a definição no DiciOrdinário para esta palavra?


«Jogo do galo... e da galinha» - Shut up, Cláudia!




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30 julho 2015

«Family Portrait» (retrato de família) - Ruslan Lobanov


Ruslan Lobanov. "Family Portrait" backstage from RED GLASS on Vimeo.

«Ninfomaníaca - Director´s Cut»

DVD duplo com o filme de Lars Van Trier (Vol.1 e Vol. 2).
Bastante ferida e largada num beco, Joe (Charlotte Gainsbourg) é encontrada por um homem mais velho, Seligman (Stellan Skarsgard), que lhe oferece ajuda. Ele leva-a para a sua casa, para poder descansar e recuperar. Ao despertar, Joe começa a contar detalhes de sua vida a Seligman. Assumindo ser uma ninfomaníaca e que não é, de forma alguma, uma pessoa boa, ela narra algumas das aventuras sexuais que vivenciou para justificar o porquê da sua auto avaliação.
Mais de 5 horas e meia de um filme intensamente erótico, na minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)





«Mulher inteligente» - Adão Iturrusgarai


29 julho 2015

«O» - por Cris Gris


O by Cris Gris from Cristina Tamez Rodríguez on Vimeo.

«conversa 2139» - bagaço amarelo

Ela - Parabéns!
Eu - Obrigado.
Ela - Não pareces nada ter quarenta e quatro anos.
Eu - Obrigado.
Ela - Pareces ter mais.
Eu - Mais?! Pensei que me ias dizer que pareço mais novo...
Ela - Só quando falas, às vezes, é que pareces bastante mais novo.
Eu - Tens alguma simpática para me dizer?
Ela - Sim, já disse. Parabéns!


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Desespero esperando

À espera de outrem, desencontram-nos. Procuramos noutro lugar o que não encontramos aqui e agora. O desassossego da espera desconcentra-nos do mais importante. Eu. Tu. A não ser que esteja à espera de ti. E tu não me procures. Procuras ele. O outro. O desassossego do desencontro não permite a direcção correcta do foco. Desisto de ti. De nós, logo de mim também. Parto em busca de um novo fado. Que não provoque enfado. Prossegues a tua busca. Certamente melhor do que eu, saberás o que pretendes para ti. Para nós. Um nós repleto de afastamento. Cada um na sua extremidade, ainda que possamos passar próximo. Um caminho entre nós que não será mais percorrido. Cabe ao passado guardar esses passos infrutíferos. E assim deve ficar.

Super-heroína