08 novembro 2015

8 de Novembro de 2003... foi há 12 anos...

"Desculpa, que só agora vi a agenda... Mas muitos parabéns pelo 12º da funda São"
Maria Árvore

É mesmo. Em 8 de Novembro de 2003, publiquei o primeiro post. Desde esse dia, estão publicados 17.409, todos os dias, sem qualquer interrupção, meus, de malta que se foi juntando à fundiSão e de outra malta que autoriza a sua publicação no blog porcalhoto. E desafio-vos a descobrirem um dia, desde o início, que não tenha pelo menos uma publicação.
Obrigada por publicarem, comentarem, lerem, gostarem, criticarem, sugerirem, rirem, partilharem, divulgarem, participarem, afundarem... mesmo com a censura do Blogger, do Google, do Facebook e de uma sociedade que advoga a liberdade mas que de livre pouquíssimo tem.
A vossa, só vossa, eroticamente vossa
São Rosas

Até tive direito a que o OrCa me odesse:

"nem será bem compostinho
nem a cabeça lhe abunda
quem nunca teve o gostinho
de se afundar nesta Funda!

Parabéns, São, por este belo naco de vida que está assim para aqui todo aberto a quem não seja fechado! "

The Naked and Famous - O Sol


The Naked And Famous - The Sun from The Naked And Famous on Vimeo.

«respostas a perguntas inexistentes (316)» - bagaço amarelo

o Amor por decreto

Todos desconfiamos, desde sempre, da capacidade que temos de Amar para sempre a mesma pessoa. Por isso é que inventámos o casamento, para nos obrigar a fingir que Amamos alguém mesmo quando esse Amor já acabou.
Talvez a igreja católica romana tenha sido a primeira a perceber isto. De tal forma que nos diz que mentir é feio e depois nos põe num altar a prometer que vamos Amar para sempre o mesmo. Enfim, cria-nos uma armadilha da qual é difícil sair.
Torna-se proibido Amar para além do casamento e, ainda mais importante, torna-se impossível a felicidade.
Embora desconfiado, eu acredito que posso Amar para sempre a mesma pessoa, desde que ninguém me obrigue a fazê-lo. Se me sentir obrigado, nem que seja por uma questão de libertação pessoal, tentarei Amar outra. Libertar-me-ei das amarras do Amor por decreto.
É esse o grande erro da nossa civilização: o Amor por decreto. Torna-nos tristes, controláveis, zangados.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI do Conhaque


John Cuneo - «Arte no pé»


Via mon ami Bernard Perroud

07 novembro 2015

«torture» - Kinbaku LuXuria



Um video de kinbakuluxuria.com

Tanta habilidade desperdiçada...

Crica para veres toda a história
Talentos


1 página

«Alteração de planos» - por Rui Felício

O grande amor da vida do Rodrigo aconteceu quando, há uns anos, conheceu inesperadamente a Catarina.
Contudo, não foi um amor à primeira vista, como é regra dos romances literários. Pelo contrário, nos primeiros tempos, a atracção que sentia por ela resultava mais da simpatia, do sorriso e da beleza que dela irradiava, do que de um sentimento inabalável e profundo.
Mas, aos poucos, o amor por ela foi-se aprofundando e solidificando, impulsionado por uma paixão que ao longo da sua vida nunca tinha sentido.
É verdade que o Rodrigo também não era indiferente à Catarina, embora o sentimento que ela nutria por ele jamais atingisse os píncaros que transformaram a paixão dele num verdadeiro amor.
Não se tendo nunca consumado uma relação estável, alguns anos se passaram e ambos se afastaram de forma natural. Sem acrimónias...
«Théâtre les guignoles»
Teatro de marionetas malandras
P.Leroux, França,
da colecção de arte erótica «a funda São»
Foi com espanto que. no intervalo do espectáculo a que há dias foi assistir no Teatro São Luís, o Rodrigo, acompanhado da Júlia, a quem convidara para ir naquela noite ao teatro, inusitadamente cruzou o olhar, umas filas mais atrás com o olhar da Catarina que, por coincidência também ali tinha ido.
Estacou, desconcertado, sem conseguir despegar os olhos do olhar da Catarina. Não trocaram uma única palavra mas só prosseguiu o seu caminho, com o coração descompassado, quando a Júlia, uns degraus acima se virou e lhe perguntou se ia ou não lá fora fumar um cigarro.
Se dúvidas ainda tivesse, o Rodrigo ficou com a certeza, naquela noite, que aquele tinha sido realmente o amor da sua vida.
Não correspondido, para seu mal.
Nessa noite, em vez de levar a Júlia consigo até sua casa, como tinham combinado, deixou-a na casa dela sem ser capaz de lhe dar uma explicação plausível para a alteração de planos.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Dar banho à minhoca


Pergunto-me se alguma mulher me conseguirá verdadeiramente fisgar. Talvez. Com uma cona de pesca.


Patife
@FF_Patife no Twitter

06 novembro 2015

«Nylon bitch (down and dirty)»


NYLON BITCH (DOWN AND DIRTY) Video Direction and Musical Score by Peter Coukis from Peters Murphy Coukis on Vimeo.

«respostas a perguntas inexistentes (315)» - bagaço amarelo

Vem do zero

Detesto quando isto me acontece. Faltar-me a voz. Não é bem a voz, mas sim as palavras. Todo o léxico e a semântica dele possível. Mas acontece, especialmente quando tenho tudo para dizer.
É que quando não tenho nada sai-me sempre qualquer coisa. Aliás, é quando me sai mais depressa. Não ter nada para dizer é uma das situações mais confortáveis que podemos ter. É o desfrute total, criar seja o que for a partir do zero.
O Amor é uma coisa parecida. Sempre que nos apaixonamos, essa paixão já foi igual a coisa nenhuma. Às vezes até nos apaixonamos por quem não conhecíamos alguns segundos antes. O que não era nada passa a ser tudo.
Cada vez que nos beijamos, que damos as mãos, que temos sexo, que encostamos a cabeça no ombro do outro, que sentimos saudades, que sentimos ciúmes, que dividimos um chocolate ou ar que se respira, podemos ter a certeza que fizemos tudo a partir do nada.
É por isso que o Amor não se explica. Vem do zero.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Posso não ser grande coisa…» - Ruim

Despertar o amor numa mulher para para lhe desapertar o soutien. Parabéns, “herói”. Tinha de ser essa não tinha? Não havia mais nenhuma pois não? Tinha de ser justamente a miúda mais doce, vulnerável e com todos os sonhos do mundo a quem tinhas de fazer justamente isto. Ego cheio e tomate vazio segue lá ao teu caminho e deixa o estrago para outro reparar. Porque o próximo que realmente achar nessa pessoa um espaço para depositar o amor que ela merece vai encontrar um muro de betão e por muita picareta que um tipo tenha, há muros que podem nunca mais vir a ser derrubados. Despertar o amor numa mulher para a despir. Chamem-me filho da puta, putanheiro e cabrão. Gosto de amizades coloridas, de miúdas sabidas e cotas aprumadas. Gosto que me objectifiquem e de objectificar. Sei o que faço, com quem faço e como faço. Não há pastilhas elásticas aqui. Há uma amizade. Há conexão. Ninguém quer mandar ninguém pela janela no final. Ficamos a falar, a rir e a ver vídeos do Youtube. Levanto-me e até lhe preparo um lanche. Não há compromisso ou justificações. Não sao one night stands ou all life stands. Nós não nos amamos, nós gostamos-nos. Talvez haja quem finja que não sente. Talvez eu já tenha fingido que não sentia e não pensei mais nisso. Despertar o amor numa mulher para te vires. Conseguir despir todas as camadas emocionais a uma rapariga para ter 10 minutos de intimidade em que ela tenta entrelaçar os dedos nos teus em vão e tu lhe puxas os cabelos e a chamas de cabra. Posso partir estrados e gajas com mestrados. Posso ser vazio e fútil no toque.
Posso não ser grande coisa… mas tu, “herói”... és um filho da puta.

Ruim
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