Livro de humor, de 1964.
O humor é uma parte muito importante da minha colecção de arte erótica.
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31 dezembro 2015
30 dezembro 2015
Mais uma coisa sem importância nenhuma...
Parafraseando um conhecido eterno comentador e actual candidato, esta não lembra ao careca…
Um piropo ou uma ordinarice deliberadamente obscena? Uma questão de verbalizar uma manifestação de apreço ou um assédio sem pudor e com recurso a violência verbal para dar largas a um lamentável espírito de macho frustrado e javardo? Em suma: uma sedução ou uma violentação?
Nada me parece claro ou em vias de clarificação numa iniciativa legislativa do PSD no passado Agosto – e apenas agora divulgada, vá lá saber-se porquê… – e, conforme se pode ler no DN de 28 de Dezembro e da autoria de Fernanda Câncio, se trata «de um aditamento ao artigo 170º do Código Penal, "importunação sexual", o qual criminalizava já o exibicionismo e os "contactos de natureza sexual", vulgo "apalpões".»
Vejamos, e se alguém disser à personagem onde lhe anda focalizado o interesse qualquer coisa do género: «Senhora, a sua beleza confunde-me; faça-me um homem feliz e aceite jantar comigo…». Não será isto um caso flagrante de «proposta de teor sexual»? Em princípio, o convite para jantar não se destinará a culminar num jogo da bisca. E, além da desgraceira de uma muito provável nega, o presuntivo e incontido amante ainda corre o risco de ser preso. E não de amores!
Eu até nem teria, à partida, grande coisa em contrário relativamente a esta iniciativa, mas sempre que se legisla sobre questões educacionais, culturais, civilizacionais, éticas, enfim, como se se pudesse alterar a correnteza da vida meramente por decreto, tenho tendência para ficar cheio de reticências e de urticária.
Interessa, entretanto, esclarecer – não vá o Diabo tecê-las… – que gosto tanto do chamado sexo oposto ao meu, considerado ele em abstracto e genericamente mas também e muito especialmente em concreto, que o meu respeito por ele é sem medida. Creio que terá sido coisa que me foi incutida pelos meus pais e, até, por outros educadores, ao longo da vida.
Talvez por isso não é meu uso proferir qualquer comentário quando uma mulher que me é sugestiva mas estranha cruza o meu caminho. Mas receio que o meu olhar possa ser algo indiscreto ou revelador de alguma saudável (pelo menos assim a reputo) perturbação que comigo ocorra… E quantas vezes a imaginação voa, desatinada e sem barreiras perante alguma evidência circunstancial mais apelativa?
Julgo, mesmo, que, em tempos de imberbe juventude, um rubor, incómodo e indiscreto, me inundava a face com perturbadora frequência quando uma bela jovem ou mulher era, por alguma circunstância, minha interlocutora. Timidez, seguramente. Condimentada por pensamentos porventura indizíveis mas incontroláveis. Porém, se a intensidade fosse por demais intensa, poderia chegar ao ponto, como sói dizer-se, de meter conversa a esse propósito, a bem de alguma sanidade mental, que os recalcamentos nunca foram bons conselheiros.
Claro que, aqui chegados, interessa sabermos que não somos todos (nem todas) iguais e o escalonamento de atitudes será, decerto, tão diverso quanto o mundo.
Isto traz-nos à incomensurável dificuldade em apurar, então, o grau do acto criminoso em cada caso que, por acaso, não me parece, no contexto legislativo, que seja indiferente ao género, nomeadamente.
Além disso, poderei eu queixar-me do flagrante, ainda que improvável, assédio por parte de uma vizinha ou de mera passante? E que fazer, nesses casos, para obter meio de prova? Andar sempre acompanhado por duas testemunhas insuspeitas, ou ter sempre um gravador ligado no bolso, para o que der e vier?
Por outro lado, não será igualmente e socialmente perigoso entrar num elevador sem dar os bons dias a quem lá esteja? Imagine-se que a menina Ofélia, do 3º esquerdo, sofrendo de depressão profunda, leva a ausência de cumprimento à conta de agravamento da sua falta de auto-estima e, subindo ao nono andar, se suicida logo ali? Não será de acautelar legislativamente a obrigatoriedade de cumprimentar os vizinhos nos ascensores, para evitar casos análogos?
É que, nestas coisas, nunca se sabe e mais vale prevenir…
Afinal e pelo meio destas minudências, onde fica posicionado o tão estimulante jogo da sedução? Ou, até, pior: como iniciar uma relação, um namoro? Impossível! À primeira abordagem, qualquer um/a corre o risco de deparar com um/a interlocutor/a desarvorando numa grita aflitiva de que está ali um/a caramelo/a com segundas ou terceiras intenções e o/a pobre corre o risco de ir bater com os costados na cadeia, com um amor por cumprir…
Por outro lado, deparamos nesta legislação com um manto diáfano sobre a expressão de «assédio sexual», essa, sim, coisa mais concreta, definida e nada rara, que vitima tanta mulher – e, porventura, alguns homens – e que se revela através do recurso a pretensas prerrogativas de hierarquias que, apenas por serem tal, presumem que o estatuto é extensivo ao direito de chegarem à cama… ou a qualquer esconso de conveniência.
Mas dizer-se assédio, isso é que não, que a crueza do termo não é compatível com alguns espíritos mais delicados e titubeantes.
Agora, o porquê da oportunidade de tão momentoso acréscimo legislativo, na verdade, escapa-me. E logo numa altura de crise da construção civil, área de onde é suposto emanarem algumas das pérolas javardolas…
Haverá razões que a razão desconhece nestas matérias legislativas. Mas espera-se sempre que seja para nosso bem. Ou, quem sabe e à falta de melhor, quiçá para reforçar a confiança dos mercados…
Ora, façam é o favor de terem todos um óptimo 2016, com piropos e, se possível, muito amor, namoro e felicidades que tais! Se possível, também, a dois que a coisa assim assume outra graça.
Um piropo ou uma ordinarice deliberadamente obscena? Uma questão de verbalizar uma manifestação de apreço ou um assédio sem pudor e com recurso a violência verbal para dar largas a um lamentável espírito de macho frustrado e javardo? Em suma: uma sedução ou uma violentação?
Nada me parece claro ou em vias de clarificação numa iniciativa legislativa do PSD no passado Agosto – e apenas agora divulgada, vá lá saber-se porquê… – e, conforme se pode ler no DN de 28 de Dezembro e da autoria de Fernanda Câncio, se trata «de um aditamento ao artigo 170º do Código Penal, "importunação sexual", o qual criminalizava já o exibicionismo e os "contactos de natureza sexual", vulgo "apalpões".»
Vejamos, e se alguém disser à personagem onde lhe anda focalizado o interesse qualquer coisa do género: «Senhora, a sua beleza confunde-me; faça-me um homem feliz e aceite jantar comigo…». Não será isto um caso flagrante de «proposta de teor sexual»? Em princípio, o convite para jantar não se destinará a culminar num jogo da bisca. E, além da desgraceira de uma muito provável nega, o presuntivo e incontido amante ainda corre o risco de ser preso. E não de amores!
Eu até nem teria, à partida, grande coisa em contrário relativamente a esta iniciativa, mas sempre que se legisla sobre questões educacionais, culturais, civilizacionais, éticas, enfim, como se se pudesse alterar a correnteza da vida meramente por decreto, tenho tendência para ficar cheio de reticências e de urticária.
Interessa, entretanto, esclarecer – não vá o Diabo tecê-las… – que gosto tanto do chamado sexo oposto ao meu, considerado ele em abstracto e genericamente mas também e muito especialmente em concreto, que o meu respeito por ele é sem medida. Creio que terá sido coisa que me foi incutida pelos meus pais e, até, por outros educadores, ao longo da vida.
Talvez por isso não é meu uso proferir qualquer comentário quando uma mulher que me é sugestiva mas estranha cruza o meu caminho. Mas receio que o meu olhar possa ser algo indiscreto ou revelador de alguma saudável (pelo menos assim a reputo) perturbação que comigo ocorra… E quantas vezes a imaginação voa, desatinada e sem barreiras perante alguma evidência circunstancial mais apelativa?
Julgo, mesmo, que, em tempos de imberbe juventude, um rubor, incómodo e indiscreto, me inundava a face com perturbadora frequência quando uma bela jovem ou mulher era, por alguma circunstância, minha interlocutora. Timidez, seguramente. Condimentada por pensamentos porventura indizíveis mas incontroláveis. Porém, se a intensidade fosse por demais intensa, poderia chegar ao ponto, como sói dizer-se, de meter conversa a esse propósito, a bem de alguma sanidade mental, que os recalcamentos nunca foram bons conselheiros.
Claro que, aqui chegados, interessa sabermos que não somos todos (nem todas) iguais e o escalonamento de atitudes será, decerto, tão diverso quanto o mundo.
Isto traz-nos à incomensurável dificuldade em apurar, então, o grau do acto criminoso em cada caso que, por acaso, não me parece, no contexto legislativo, que seja indiferente ao género, nomeadamente.
Além disso, poderei eu queixar-me do flagrante, ainda que improvável, assédio por parte de uma vizinha ou de mera passante? E que fazer, nesses casos, para obter meio de prova? Andar sempre acompanhado por duas testemunhas insuspeitas, ou ter sempre um gravador ligado no bolso, para o que der e vier?
Por outro lado, não será igualmente e socialmente perigoso entrar num elevador sem dar os bons dias a quem lá esteja? Imagine-se que a menina Ofélia, do 3º esquerdo, sofrendo de depressão profunda, leva a ausência de cumprimento à conta de agravamento da sua falta de auto-estima e, subindo ao nono andar, se suicida logo ali? Não será de acautelar legislativamente a obrigatoriedade de cumprimentar os vizinhos nos ascensores, para evitar casos análogos?
É que, nestas coisas, nunca se sabe e mais vale prevenir…
Afinal e pelo meio destas minudências, onde fica posicionado o tão estimulante jogo da sedução? Ou, até, pior: como iniciar uma relação, um namoro? Impossível! À primeira abordagem, qualquer um/a corre o risco de deparar com um/a interlocutor/a desarvorando numa grita aflitiva de que está ali um/a caramelo/a com segundas ou terceiras intenções e o/a pobre corre o risco de ir bater com os costados na cadeia, com um amor por cumprir…
Por outro lado, deparamos nesta legislação com um manto diáfano sobre a expressão de «assédio sexual», essa, sim, coisa mais concreta, definida e nada rara, que vitima tanta mulher – e, porventura, alguns homens – e que se revela através do recurso a pretensas prerrogativas de hierarquias que, apenas por serem tal, presumem que o estatuto é extensivo ao direito de chegarem à cama… ou a qualquer esconso de conveniência.
Mas dizer-se assédio, isso é que não, que a crueza do termo não é compatível com alguns espíritos mais delicados e titubeantes.
Agora, o porquê da oportunidade de tão momentoso acréscimo legislativo, na verdade, escapa-me. E logo numa altura de crise da construção civil, área de onde é suposto emanarem algumas das pérolas javardolas…
Haverá razões que a razão desconhece nestas matérias legislativas. Mas espera-se sempre que seja para nosso bem. Ou, quem sabe e à falta de melhor, quiçá para reforçar a confiança dos mercados…
Ora, façam é o favor de terem todos um óptimo 2016, com piropos e, se possível, muito amor, namoro e felicidades que tais! Se possível, também, a dois que a coisa assim assume outra graça.
«pensamentos catatónicos (328)» - bagaço amarelo
Eras a mulher ideal para o fazer, basicamente porque não te conheço de lado nenhum. Eu talvez até te Ame, mas não tenho a certeza. É tão bom quando isso me acontece, não ter a certeza de um Amor mas ter a certeza da vontade de um abraço.
O Amor é um bocado hipócrita às vezes, sabes? O sexo, pelo menos é sempre honesto. É por isso que também é mais ansioso e apressado. Não perde tempo com rodriguinhos. Tem a desvantagem de não se deixar enganar. É por isso que o Amor é giro. Se me tivesses abraçado hoje, eu podia fingir que te Amava e depois partíamos para a honestidade do sexo.
Não aconteceu. Se acontecer um dias destes, não te esqueças de fingir que me Amas.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Eva portuguesa - «O padre»
Oh, pá, a sério... a mim vem-me calhar tudo!
Recebo um e-mail de alguém que me pergunta as condições e me pede sigilo absoluto, pois é padre.
Ora bem, primeiro que tudo, seja quem for, não só dou como exijo sigilo absoluto. Depois, não tenho nada a ver, nem me interessa a profissão que o cliente tenha, seja ministro ou traficante. Desde que me trate bem e me pague, é-me completamente indiferente. Terceiro: se o senhor não dissesse, eu não saberia.
Bom, a tal pessoa diz que então vem ter comigo e que, como vamos ambos pecar, se oferece para me ouvir em confissão.
Juro: tive que morder a língua para não responder, porque esta figura precisa de alguém que o ponha no lugar dele! Se quer falar em pecados, fale nos dele, porque de mim não sabe nada! E ouvir-me em confissão?! Oh, por favor! Realmente o sexo faz muita falta! Já se costuma dizer: "gente bem fodida não se mete em vida alheia"! E, para não alterar a ideia que eu tenho da igreja católica, fez uma falsa marcação! Parabéns ao senhor prior! Que não acredito nem por um instante que seja quem diz ser. E a sacanagem e baixeza de carácter são tantas que ainda teve o descaramento de me enviar hoje um e-mail a dizer que tinha estado comigo, que tinha gostado e que vai fazer uma publicação naquele fórum nojento! A sério?! Fez uma marcação falsa e vai fazer uma publicação?!
Mais um retardado mentiroso... já são poucos! Que a paz esteja com ele!... ah ah ah ah ah
PS - Obviamente, o remetente destes e-mails está bloqueado.
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Recebo um e-mail de alguém que me pergunta as condições e me pede sigilo absoluto, pois é padre.
Ora bem, primeiro que tudo, seja quem for, não só dou como exijo sigilo absoluto. Depois, não tenho nada a ver, nem me interessa a profissão que o cliente tenha, seja ministro ou traficante. Desde que me trate bem e me pague, é-me completamente indiferente. Terceiro: se o senhor não dissesse, eu não saberia.
Bom, a tal pessoa diz que então vem ter comigo e que, como vamos ambos pecar, se oferece para me ouvir em confissão.
Juro: tive que morder a língua para não responder, porque esta figura precisa de alguém que o ponha no lugar dele! Se quer falar em pecados, fale nos dele, porque de mim não sabe nada! E ouvir-me em confissão?! Oh, por favor! Realmente o sexo faz muita falta! Já se costuma dizer: "gente bem fodida não se mete em vida alheia"! E, para não alterar a ideia que eu tenho da igreja católica, fez uma falsa marcação! Parabéns ao senhor prior! Que não acredito nem por um instante que seja quem diz ser. E a sacanagem e baixeza de carácter são tantas que ainda teve o descaramento de me enviar hoje um e-mail a dizer que tinha estado comigo, que tinha gostado e que vai fazer uma publicação naquele fórum nojento! A sério?! Fez uma marcação falsa e vai fazer uma publicação?!
Mais um retardado mentiroso... já são poucos! Que a paz esteja com ele!... ah ah ah ah ah
PS - Obviamente, o remetente destes e-mails está bloqueado.
Eva
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29 dezembro 2015
... e de têxteis!
"Verões chuvosos e calças apertadas são terríveis prós tomates."
Vincent Poursan no Twitter
Assim se vê quem afinal percebe da lavoura.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
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Sharkinho
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Mulher nua no meio de muita verga
Grande fruteira (41cm de diâmetro) em faiança com moldura à volta, em vime (sim, sim, seus malandrecos, vime).
Uma excelente obra de artesanato proveniente da França para a minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Uma excelente obra de artesanato proveniente da França para a minha colecção.
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28 dezembro 2015
«Não estás a entender» - João
"Não estás a entender, dizia-lhe, e os corpos agitavam-se, e ela chorava e resistia, e dizia que não podia, que não devia ser assim, que tinha de ser mais, que só podia ser mais, e ele a pegar-lhe e ela a contorcer-se, e os pulsos a querer fugir e ele a agarrá-los com força, e a encostá-la à parede com força e a dizer-lhe ao ouvido que não estava a entender, que não era nada disso, e ela a debater-se como se fosse uma virgem da Ilha dos Amores numa fuga agitada mas cheia de vontade, a dualidade de não querer e querer tanto, e o sexo a acontecer entre eles, a parede a segurá-los, mais a eles que ao resto do edifício, e ela a queixar-se que era pouco, e ele a insistir que não era nada disso, e depois, depois de ela se vir e tremer até ao chão, sem forças, ele a pegar num casaco quente e a cobrir-lhe o corpo a arrefecer, e a aninhar-se frente ao seu rosto e a repetir-lhe que não tinha entendido nada, que não era nada daquilo, e ela percebeu então. Percebeu por causa do casaco quente, dos olhos dele, e porque não se foi embora como nas histórias de foda, dos dias curtos de sentir."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
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