29 janeiro 2016

Spencer Tunick no Zocalo (Praça da Constituição na cidade do México)


Spencer Tunick - MFs from Mariachi Films on Vimeo.

«respostas a perguntas inexistentes (323)» - bagaço amarelo

O maior adversário do Amor é o tempo que passa. Digo adversário para não lhe chamar inimigo, porque tento acreditar que o Amor não pode ter inimigos. Ainda assim, o tempo que passa é um perigo. Consegue pegar no maior dos Amores e encostá-lo a um lado sombrio da nossa vida.
O problema do tempo que passa é que não é decidido. Prefere fazer as coisas sorrateiramente para que ninguém dê por elas. Se pegasse num grande Amor e o destruísse de vez, era uma coisa. Agora assim, a morder pela calada, é outra. O que ele faz é traiçoeiro: atrai o Amor para a sombra tão lentamente que podemos passar anos sem perceber o que nos aconteceu.
Um dia, como noutro dia qualquer, abrimos a porta de casa rodando duas vezes a chave, damos doze passos até ao sofá da sala onde esperamos um abraço daqueles que compensa os dias maus que acontecem, mas o que recebemos é uma hesitação.
Acontece a todos, até porque o tempo passa também por todos. O que não acontece a todos é conseguir andar com o relógio para trás. Pegar nesse tempo que passou e Amá-lo como único que foi, virando-lhe a ampulheta como se vira um lençol.
Para quem não consegue, o tempo que passa será o melhor remédio. Para quem consegue também.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Opá!» - Ruim

"Opá, adoro como ele deixa sempre a tampa da sanita para cima. É tão ele. Tão expressão máxima de liberdade do rabo. Gosto muito dele".
"Opá, adoro como ele é tão apaixonado pelos hobbies dele. Era capaz de ficar horas a vê-lo a jogar PS4 com os amigos. Gosto muito dele e dos amigos todos, até de um que está sempre a dizer para irem todos a Santarém. Adoro homens que gostem de viajar em grupo para sítios."
"Opá, adoro como ele come com as mãozinhas. É tão exótico e cenas. Adoro, adoro, adoro! Aliás, por mim mandávamos já os talheres todos pela janela e comíamos que nem javardos a vida toda."
"Opá, a maneira como ele bebe cerveja que nem um camelo da ISIS bebe água é tão apaixonante. Adoro um homem apaixonado pelo que ama."
"Opá, adoro como ele tem tantas migas e mais migas e todas giraaaaaas e boas. Adoro. É sempre FANTÁSTICO ver um homem que se dá tão bem com tantas mulheres!"
"Opá adoro como ele ressona que nem uma vara de porcos com sinusite. É tão homem, tão testosterona de cenas. Ai pá, por mim punha como toque de telemóvel e tudo!"
"Opá, adoro que quando há um arrufo, ele meta os phones para não querer escalar aquilo ainda mais. É tão bom ser ignorada e isso não mexe nada com o meu sistema nervoso."
"Opá, adoro que ele nunca me atenda o telemóvel porque "não tinha som" e quando o faz é sempre a despachar, porque tadinho tem sítios a ir, cenas a fazer e isso é apaixonante e tão mas tão testosterona de cenas independente"
Opá... ao inicio tudo é muito giro! Até os defeitos! Certo?
Suas Brancas de Neve repaginadas!

Ruim
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«Enfrascou-se» - Shut up, Cláudia!




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28 janeiro 2016

«A República» - Roberto Ferri


Eva portuguesa - «O preço das palavras»

Estarão as palavras assim tão caras que tenham perdido o valor?... 
Boa tarde, obrigado e por favor estão fora do vocabulário de grande parte dos que me ligam. Pergunto-me: estarão assim com um preço tão inacessível que não se podem usar com quem se pretende que até nos faça sentir bem?... Ou será que na mente de quem não os utiliza, têm demasiado valor para serem desperdiçados com quem se pretende passar momentos íntimos?... 
Terão palavras de boa educação e carácter aumentado assim tanto de preço?... Ou perderam o valor?... 
Falar com pessoas que não dão preço às palavras, mas sim valor, é outro nível... 

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Movimentações

Alguns dos bonecos de corda da minha colecção.












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«Orgasmo» - Adão Iturrusgarai


27 janeiro 2016

William Belli - «Gosto de ti como gosto de piços realmente grandes»


Willam Belli - Love You Like a Big Schlong from Woelkchen on Vimeo.

«pensamentos catatónicos (330)» - bagaço amarelo

Lembro-me do tempo em que me apaixonava e desapaixonava frequentemente. Era um tempo bom porque também era um tempo mau, o da minha juventude. Era bom à tarde e mau à noite, por exemplo, para voltar a ser bom na manhã seguinte.
O que o tempo das paixões espontâneas nos ensina, é a relativizar o que é bom e o que é mau. Nem o bom é tão bom assim, nem o mau é tão mau assim. Pelo menos quando falamos de Amor, claro. O truque passa por relativizarmos apenas quando estamos mal e sermos propositadamente ingénuos quando estamos bem.
Quando atingimos uma idade que eu não sei muito bem qual é, apaixonarmo-nos começa a ser cada vez mais difícil, até chegarmos à fase da vida em que nos custa acreditar que aconteceu. É quando nos vemos aos espelho e mesmo assim duvidamos que o nosso coração deixou de nos pertencer. A relativização do bom acaba, porque o que se passa é mesmo bom. É o absolutismo do Amor em detrimento da Relatividade.
Por outro lado, desapaixonarmo-nos também começa a ser cada vez mais difícil. Se gostarmos de alguém a sério se tornou quase um milagre, deixarmos de gostar desse alguém é um milagre maior. E eu, que ateu me confesso, não acredito em milagres.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho de Paris

"Parisienses... chamem-lhe finanças, sim!"
Joyce Craveiro

Gulodice