"Vem carnavalgar"...
Convite de duas gatas de Cantanhede, nos anúncios de Relax do jornal «as Beiras» de hoje.
02 fevereiro 2016
Boas acções têm a sua recompensa
«Fumo de cigarro»
Pauta musical da canção «Fumo de cigarro» (anos 40?) com ilustração na capa de uma mulher nua a aparecer no fumo de um cigarro.
Música de António Teixeira da Silva e letra de Marta Mesquita da Câmara - edição Centro Musical Júlio da Fonseca Lda (Porto).
Oferta de Lourenço M. para a minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Música de António Teixeira da Silva e letra de Marta Mesquita da Câmara - edição Centro Musical Júlio da Fonseca Lda (Porto).
Oferta de Lourenço M. para a minha colecção.
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01 fevereiro 2016
«Rendição» - João
"Dou por mim a olhar para ti, e tu não sabes o que estou a pensar, porque sorrio contigo e tu divertes-te comigo, eu alinho nas tuas conversas e é quando dou por mim a pensar que não sei bem quando é que decidi que queria abrir as minhas pernas para te receber dentro do meu corpo. E depois, depois de alguns instantes, pergunto-me se não o sei, ou se não quero saber, porque isso pode não ser importante, ou porque pode querer dizer que muito mais do que uma sedução, fui vítima de mim mesma, apaixonei-me por aquilo que vi, pelo que tu és, e não tanto pela vontade crescente de da roupa fazer estilhaços.
Talvez já estivesse rendida a ti quando fui ao teu encontro debaixo de um Sol abrasador, e olha que eu bem te avisei, eu bem te disse que tivesses atenção, que tomasses nota, que eu não fazia aquilo por um qualquer. Talvez já estivesse rendida quanto te vi de calções e gostei de imaginar as tuas pernas presas nas minhas. Talvez já estivesse rendida muito antes de perceber que o estava. Quando te procurava como companhia numa tarde de Verão, perguntando se estavas por perto, porque eu estava, e a ressentir-me porque a tua resposta não chegava, e eu a querer que chegasse, e eu a querer que viesses.
Nos dias em que repeti o teu nome vezes sem conta enquanto sentia o que temia já não existir, nos dias em que te disse o quão louca estava por ti, do quanto era tua, nesses dias em que sabia que estava rendida, estava só atrasada a reconhecer o que já tinha muito, muito tempo. Rendi-me cedo, rendeste-te cedo também, a resistência a que nos votámos é que foi admirável, e enquanto penso em ti, enquanto sorrio com as coisas que eu sei que tu dizes, enquanto imagino o que estás a fazer, penso no admirável que é tanta rendição nunca ter tido bandeira branca agitada ao vento, e porque, provavelmente, nunca a terá, rendida que permaneço, mas ainda de armas apontadas a ti e camuflada como nenhum camaleão alguma vez conseguiria."
João
Geografia das Curvas
Talvez já estivesse rendida a ti quando fui ao teu encontro debaixo de um Sol abrasador, e olha que eu bem te avisei, eu bem te disse que tivesses atenção, que tomasses nota, que eu não fazia aquilo por um qualquer. Talvez já estivesse rendida quanto te vi de calções e gostei de imaginar as tuas pernas presas nas minhas. Talvez já estivesse rendida muito antes de perceber que o estava. Quando te procurava como companhia numa tarde de Verão, perguntando se estavas por perto, porque eu estava, e a ressentir-me porque a tua resposta não chegava, e eu a querer que chegasse, e eu a querer que viesses.
Nos dias em que repeti o teu nome vezes sem conta enquanto sentia o que temia já não existir, nos dias em que te disse o quão louca estava por ti, do quanto era tua, nesses dias em que sabia que estava rendida, estava só atrasada a reconhecer o que já tinha muito, muito tempo. Rendi-me cedo, rendeste-te cedo também, a resistência a que nos votámos é que foi admirável, e enquanto penso em ti, enquanto sorrio com as coisas que eu sei que tu dizes, enquanto imagino o que estás a fazer, penso no admirável que é tanta rendição nunca ter tido bandeira branca agitada ao vento, e porque, provavelmente, nunca a terá, rendida que permaneço, mas ainda de armas apontadas a ti e camuflada como nenhum camaleão alguma vez conseguiria."
João
Geografia das Curvas
31 janeiro 2016
«pensamentos catatónicos (331)» - bagaço amarelo
Hoje tirei vinte minutos da minha vida só para mim. Encostei o meu carro na estrada e aventurei-me num pinhal. Abri a porta e desliguei o rádio para poder cheirar o forte aroma do silêncio. Foi uma forte de combate ao desAmor.
Quando nos sentimos sós, é como se o tempo custasse a passar mas não custasse a ter passado. É como se cada segundo durasse minutos a passar, mas depois de ter passado fosse tudo demasiado rápido. O tempo passa a uma velocidade estonteante, mas emperra quando passa por nós. É assim um Amor apagado, mesmo que esteja em vias de se acender.
Quando um Amor nos corre mal porque alguém se distanciou de nós, quem nós perdemos não é apenas esse alguém, mas sim quem nós pensávamos que esse alguém era. As outras pessoas são sempre, pelo menos em parte, resultado da nossa criatividade, incluindo no Amor. Isso vale para os dois lados, porque nós também somos o que os outros fazem de nós.
Amanhã vou tirar vinte minutos da minha vida só para um abraço, ainda não sei de quem. Sei que, seja quem for, será também um bocadinho do que eu preciso e desejo. Espero que eu possa ser o mesmo. É assim que às vezes se começa um Amor.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
30 janeiro 2016
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