02 março 2016

Little Big - «My dick is big» (o meu pau é grande)

«pensamentos catatónicos (332)» - bagaço amarelo

Quando nos divorciamos, a sensação é a de que nos divorciámos do mundo, porque de facto é a um mundo que dizemos adeus. A única diferença para com o mundo verdadeiro, aquele que habitamos no terceiro planeta a contar do Sol, é que dele eu não gosto assim tanto. Abdicaria facilmente dele se pudesse viver noutro.
Do meu Amor não.
Porque não tenho outro, dedico-me agora a esse mundo de que gosto menos. Faço pequenos jogos com ele e conto-lhe os meus segredos. Hoje apostei com ele, por exemplo, que era capaz de passar algumas passadeiras pisando só nos riscos brancos. Depois sentei-me em cima de um escorrega e assisti ao amanhecer da cidade. Percebi como o cheiro a erva fresca e matinal se foi transformando num pesado aroma de alcatrão e gasóleo queimado.
É ele, o mundo, a explicar-me que não é o melhor dos mundos.
Talvez um dia encontre outro.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Aconchega-te em mim

Usa os meus lábios para te sentires bem... beija-me e sente o quente que a minha boca te dá.
Usa os meus braços, já que aqui estás... abraçar-te-ei como se fosse uma conchinha que te protege do frio, da chuva, dos seres maus e até de ti.
Queres que pare o relógio? Eu paro...
Porque o tempo é mesmo amigo e inimigo e às vezes queremos tempo e outras vezes queremo-lo parado...

Do meu mundo

Quando se sabe oder (escrever odes), há sempre alguém que também nos ode... e bem:

"Os teus lábios são a fonte de onde aspiro o gosto do amor...
Beijo-te e reconheço-me mais dono de nosso mundo.
E depois desse beijo, leve meus lábios...
Já não preciso deles... os teus lábios viram meus.
O teu braço e teu abraço...
Me encontro no mais doce espaço
Onde tu me guias com a luz de teus olhos e com teus passos...
Não pare o tempo... pois o Tempo me disse....
Não me pares pois sou o Tempo ladrão, mau, que se ri do que roubou.
Roubarei teu amor numa horrível trama
Pois ao levá-la, o que me ficará
Será o calor do que me consome,
Meu amor por ti e minha chama"
Pequenos Delitos Renovados

A cobra cuspideira...


01 março 2016

Tutorial para depilação íntima feminina

Diz lá que este blog não é de serviço púbico!


Tutorial para depilação íntima feminina from Sweetlicious Tube on Vimeo.

Os passos, descritos por quem sabe:

1 despir e deitar na marquesa
2 abrir bem as pernas
3 sentir a espátula de cera quente a tocar no clítóris
4 Sentir o puxar, porque ali faz um remoinho
5 sentir os puxões nos lábios
7 zona anal, outra puxadela se assim o exigir
8 sair dali com um sorriso na cara e um andar novo
9 Sexta lá vou eu
Pink Poison

... ou astro-presidente, para republicanos


Há olhos que brilham de forma tão bonita quando reflectem a luz do sol que parecem um sinal de agradecimento da Natureza ao astro-rei.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 29






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Ai as freiras, que eram danadas para a brincadeira!...

Estudo «Que seja em segredo» de Ana Miranda (pesquisa e introdução), com a recolha de "escritos da devassidão nos conventos brasileiros e portugueses dos séculos XVII e XVIII. Poemas luxuriosos, românticos, por vezes sarcásticos, escritos para e por freiras, em plena Inquisição, documentam tal costume dessa época em que, como poucas, a interdição sexual teve a função de afrodisíaco".
1ª edição (2014) de L&PM Editores, Porto Alegre (Brasil).
A malta católica sempre foi pouco católica... na minha colecção.


Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

29 fevereiro 2016

«Somos mulheres, não objectos»

Campanha contra o uso da mulher como objecto na publicidade.


Somos #MulheresNaoObjetos from Sweetlicious Tube on Vimeo.

«Telefone» - João

"A mesa. Tu. Eu. A mesa. Tu. O telefone. Eu. Pinga água na rua, multiplicada por milhões, assobia o vento e as árvores dobram-se. A mesa, tu, o teu telefone, eu, algures, e enquanto alternas o olhar entre os pingos da rua e o telefone, estás mais perto dele, e a tua mão lança-se, e lança-se, e agarra, aperta, o ouvido, o telefone, e eu do outro lado, e pergunto se me queres foder, e tu dizes que sim, que queres foder-me, muito, e bem, e desligas, desligo, deslizamos e estamos naquele espaço asséptico, reino de foda, e arranco-te a roupa da corpo, movimento as mãos na tua pele e quase aposto conseguir ler-te escrita como tatuagens, e avanço para te arremessar contra a parede mas sou travado, e dou por mim dominado, atirado, eu, para cima da cama, e lanças-te à minha roupa que tiras à pressa, dás-me a ordem, assertiva, de me deixar ficar, e começas a esfregar a tua cona no meu caralho, devagar, e tudo é confusão de corpos, tão depressa ma esfregas quanto depois te sentas sobre a minha boca para te provar os sumos doces que deixas em mim, e não me autorizas a fazer nada, brincas como queres, fazes o meu caralho desaparecer na tua boca, abanas a tua cona ao meu olhar como que a provocar-me, que o caralho é para ali que vai, que me vais foder tinhas dito, eras tu, a mesa, o telefone e eu, e eu tinha perguntado, tu respondido, que me ias foder, que me querias foder, e no fim estás a fazer-me um trapo, um objecto duro que deixas, enfim, entrar em ti, e montas como uma sela, corres apressada pelos campos, num cavalgar imaginário de uma cama a ranger, e a tua cona a comer-me a pouco e pouco, até te vires, até me vir, as minhas mãos nas tuas costas a puxar-te para mim, a entrar fundo, e afinal a mesa, o telefone, tu e eu, espaços de foda, e a cona a pingar, o caralho a secar, a tesão a fluir. Queres foder-me? Quero, quero muito, disse."
João
Geografia das Curvas

«A mulher mais bela» - Mathilde Caltot



Reprodução em fotografia de «Crepúsculo», de William Bouguereau:



Via mon ami Bernard Perroud

«Naná» - Rubros Versos


Tiago Silva