Dois brasileiros convidaram algumas mulheres a realizarem tarefas quotidianas, mas enquanto recebem sexo oral por baixo da mesa.
12 março 2016
Hás-de ficar sempre solteiro...
Patife
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«Flagrantes esquecidos da vida real» - por Rui Felício
Esfregava os braços no corpo, batia com os pés no chão empedrado daquela esquina de um cruzamento de movimentadas ruas da cidade.
Chovia se Deus a dava e ela ali estava, na borda do passeio, sem arredar pé, encharcada até aos ossos.
A roupa ensopada colava-se ao seu corpo esguio de adolescente.
O tecido fino do vestido acompanhava a ondulação suave de dois seios pequenos, bem desenhados, das curvas das ancas e das pernas altas e firmes.
Apertava debaixo do braço dois livros escolares e um caderno, completamente empapados.
Não devia ter mais de dezasseis anos.
Abrigado a uns dez metros, sob o toldo de um café, observei-a. O cabelo preto escorria-lhe pela cara e pescoço, sobre os bonitos olhos azuis.
Pareceu-me que chorava, mas com a chuva diluviana que se abatia sobre ela, provavelmente não eram lágrimas. Era certamente a água da chuva que lhe escorria em bica.
A cabeça pendente, a boca entreaberta, o olhar triste, aquela rapariga misteriosa e com tão estranho comportamento era o retrato de uma figura trágica.
Sim, trágica era a palavra adequada para a descrever.
Tentei adivinhar qual seria a dor que a dilacerava.
Um desgosto de amor?
Um mau ambiente em casa?
O sofrimento de pais desavindos?
As dificuldades de uma família pobre sofrendo a crise e a austeridade?
Perdido nas minhas conjecturas, decidi-me ir ter com ela para a convencer a abrigar-se da intempérie e conversar, acarinhá-la.
Ainda nem tinha saído do meu lugar e vejo-a dar dois passos rápidos e decididos para a rua no exacto momento em que um automóvel se aproximava veloz do local. O chiar dos travões e uma forte buzinadela não impediram o violento embate que projectou o corpo da jovem a grande distância.
Pouco tempo depois o INEM chegou e ouvi dizer aos circunstantes que a rapariga estava morta. Não havia nada a fazer.
Dias mais tarde, investiguei e procurei descortinar as razões que estariam na origem de tão funesto desenlace.
Estive em casa dela, falei com os pais inconsoláveis, vi as confortáveis condições da sua habitação, mostraram me o quarto da moça, onde nada faltava.
Namorava e, segundo os pais, parecia feliz.
Só depois da sua morte os pais vieram a saber, através de alguns colegas da escola, quem era o seu namorado.
Um homem de quarenta e tal anos de idade. Um crápula por quem ela se apaixonara e que a obrigava a prostituir-se em seu proveito, chantageando-a sob ameaça de ir contar tudo aos pais.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Chovia se Deus a dava e ela ali estava, na borda do passeio, sem arredar pé, encharcada até aos ossos.
A roupa ensopada colava-se ao seu corpo esguio de adolescente.
O tecido fino do vestido acompanhava a ondulação suave de dois seios pequenos, bem desenhados, das curvas das ancas e das pernas altas e firmes.
Apertava debaixo do braço dois livros escolares e um caderno, completamente empapados.
Não devia ter mais de dezasseis anos.
Abrigado a uns dez metros, sob o toldo de um café, observei-a. O cabelo preto escorria-lhe pela cara e pescoço, sobre os bonitos olhos azuis.
Pareceu-me que chorava, mas com a chuva diluviana que se abatia sobre ela, provavelmente não eram lágrimas. Era certamente a água da chuva que lhe escorria em bica.
A cabeça pendente, a boca entreaberta, o olhar triste, aquela rapariga misteriosa e com tão estranho comportamento era o retrato de uma figura trágica.
Sim, trágica era a palavra adequada para a descrever.
«A prostituição através dos tempos na sociedade ocidental» Nickie Roberts, editorial Presença, 1ª edição, Lisboa, 1996 Colecção de arte erótica «a funda São» |
Um desgosto de amor?
Um mau ambiente em casa?
O sofrimento de pais desavindos?
As dificuldades de uma família pobre sofrendo a crise e a austeridade?
Perdido nas minhas conjecturas, decidi-me ir ter com ela para a convencer a abrigar-se da intempérie e conversar, acarinhá-la.
Ainda nem tinha saído do meu lugar e vejo-a dar dois passos rápidos e decididos para a rua no exacto momento em que um automóvel se aproximava veloz do local. O chiar dos travões e uma forte buzinadela não impediram o violento embate que projectou o corpo da jovem a grande distância.
Pouco tempo depois o INEM chegou e ouvi dizer aos circunstantes que a rapariga estava morta. Não havia nada a fazer.
Dias mais tarde, investiguei e procurei descortinar as razões que estariam na origem de tão funesto desenlace.
Estive em casa dela, falei com os pais inconsoláveis, vi as confortáveis condições da sua habitação, mostraram me o quarto da moça, onde nada faltava.
Namorava e, segundo os pais, parecia feliz.
Só depois da sua morte os pais vieram a saber, através de alguns colegas da escola, quem era o seu namorado.
Um homem de quarenta e tal anos de idade. Um crápula por quem ela se apaixonara e que a obrigava a prostituir-se em seu proveito, chantageando-a sob ameaça de ir contar tudo aos pais.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
11 março 2016
«coisas que fascinam (186)» - bagaço amarelo
A explicação é simples. Não me apaixono facilmente, mas desapaixono-me mais dificilmente ainda. Nas mudanças abruptas devíamos conseguir chegar a um cruzamento e virar noventa graus. Pelo menos, devíamos ter evoluído por aí.
Eu não evoluí. Salto de estrada para percorrer outro caminho, sim, mas as minhas estradas são quase paralelas. Percorro-as afastando-me muito lentamente da estrada que sempre percorri no passado e, ingenuamente, dou-me à esperança de voltar ao percurso anterior.
O Amor interessa-me assim, lento. Quando me encontro num caminho sem saída possível, é porque já o percorri durante muitos quilómetros.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
10 março 2016
Postalinho da mercearia do bairro
"Na mercearia do meu bairro, por 0,70€, é só pinoca nos ouvidos para toda a família"
Pedro Miguel C. V.
Pedro Miguel C. V.
A primeira vez dos brasileiros
Ensaio «Coisas eróticas - a história jamais contada da primeira vez do cinema nacional», de Denise Godinho e Hugo Moura (Editora Original Ltda, S. Paulo - Brasil, 2012) sobre o filme brasileiro «Coisas eróticas», estreado no cinema em 1982 e que foi o primeiro filme pornográfico (de sexo explícito) a ser exibido no Brasil e que teve um estrondoso sucesso.
Um livro recheado de episódios curiosos. Por exemplo, o primeiro cartaz do filme (ver abaixo) originou uma enorme debate sobre quem seria a proprietária daquele traseiro. Quase no final do livro, revelam-nos que... era um travesti.
Um pedacinho erótico da História do Brasil... na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Um livro recheado de episódios curiosos. Por exemplo, o primeiro cartaz do filme (ver abaixo) originou uma enorme debate sobre quem seria a proprietária daquele traseiro. Quase no final do livro, revelam-nos que... era um travesti.
Um pedacinho erótico da História do Brasil... na minha colecção.
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09 março 2016
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