A explicação é simples. Não me apaixono facilmente, mas desapaixono-me mais dificilmente ainda. Nas mudanças abruptas devíamos conseguir chegar a um cruzamento e virar noventa graus. Pelo menos, devíamos ter evoluído por aí.
Eu não evoluí. Salto de estrada para percorrer outro caminho, sim, mas as minhas estradas são quase paralelas. Percorro-as afastando-me muito lentamente da estrada que sempre percorri no passado e, ingenuamente, dou-me à esperança de voltar ao percurso anterior.
O Amor interessa-me assim, lento. Quando me encontro num caminho sem saída possível, é porque já o percorri durante muitos quilómetros.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»