Tiago Silva
28 março 2016
27 março 2016
Luís Gaspar lê «Volúpia» de Otília Martel
Fecho os olhos e
ousadamente
os meus lábios
tecem o teu corpo
na volúpia da tua pele.
As minhas mãos percorrem
calmamente,
sem pressa,
em carícias incontidas
em desejos refreados
de mulher-fêmea que
se solta nos teus braços.
Um instante abrasador
de loucura.
Nossas peles colam-se
suadas,
frementes
num amor arrebatado
que já não conseguimos conter.
Chuva fina de amor em exaustão –
limites para além da nossa paixão –
eu me dou no teu corpo vivido
bebes-me
sugas-me
a alma dentro do sentimento
em lençóis vermelhos para lá da imaginação.
Sem medos nem pudor
nossos corpos conhecem o caminho …
Otília Martel
Poema incluído no CD “Poesia Erótica” produzido pelo Estúdio Raposaousadamente
os meus lábios
tecem o teu corpo
na volúpia da tua pele.
As minhas mãos percorrem
calmamente,
sem pressa,
em carícias incontidas
em desejos refreados
de mulher-fêmea que
se solta nos teus braços.
Um instante abrasador
de loucura.
Nossas peles colam-se
suadas,
frementes
num amor arrebatado
que já não conseguimos conter.
Chuva fina de amor em exaustão –
limites para além da nossa paixão –
eu me dou no teu corpo vivido
bebes-me
sugas-me
a alma dentro do sentimento
em lençóis vermelhos para lá da imaginação.
Sem medos nem pudor
nossos corpos conhecem o caminho …
Otília Martel
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
«conversa 2155» - bagaço amarelo
Ela - Estás fixe?
Eu - Vou estando... e tu?
Ela - Eu também... sei lá.
Eu (silêncio)
Ela (silêncio)
Eu (silêncio)
Ela (silêncio)
Eu (silêncio)
Ela (silêncio)
Eu (silêncio)
Ela (silêncio)
Ela - Não temos nada para dizer um ao outro, pois não?
Eu - Parece que não.
Ela - Então fica a saber que devias fazer as sobrancelhas.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
26 março 2016
Puro Êxtase - «Episódio 4 - Jully DeLarge e A Casa Das Cartas Delirantes»
Dois brasileiros convidaram algumas mulheres e homens para realizarem tarefas quotidianas, mas enquanto recebem sexo oral.
Tu não madeixas?
A gaja de ontem à noite a pinar era exatamente como o seu cabelo. Tinha nuances.
Patife
@FF_Patife no Twitter
«O diário dela e o diário dele» - por Rui Felício
O DIÁRIO DELA
Querido diário,
Macambúzio, calado, era assim que ele estava ontem ao fim do dia. Convenci-o a irmos jantar fora para desanuviar e tentar que ele animasse.
Escolhi um restaurante romântico, intimo. Mas ele passou o tempo calado, distante, quase sem olhar para mim.
Aliás, já andava assim estranho há uns tempos.
A pergunta minha apressou-se a dizer que não era nada comigo, mas não explicou mais nada.
Pelo caminho, de regresso a casa, declarei-lhe o meu grande amor por ele. Acariciei-o. Limitou-se a passar o braço pelo meu ombro, mas continuou calado.
Chegados a casa, atirou-se para cima do sofá e ligou a televisão. Mas o seu olhar estava distante,fitando o vácuo.
Disse-lhe que me ia deitar.
Um quarto de hora depois ele veio para a cama também.
Sempre calado, para minha surpresa, ele correspondeu às minhas caricias e fizemos amor.
Adormeceu logo a seguir sem sequer se aperceber dos meus beijos ternos.
Fartei-me de chorar.
Não tenho dúvidas, ele tem outra. Só não teve ainda coragem de me dar a noticia. Sei que em breve me vai deixar.
O DIÁRIO DELE
Maldito Diário
Passei a noite toda chateado.
O Sporting perdeu.
O treinador e o presidente já nem se falam.
O sonho do campeonato já lá vai.
Ao menos ainda fiz amor com a minha mulher antes de adormecer.
Mas já nada me alegra. Tenho de mudar de clube...
Rui Felício
Facebook
Blog Escrito e Lido
Querido diário,
Macambúzio, calado, era assim que ele estava ontem ao fim do dia. Convenci-o a irmos jantar fora para desanuviar e tentar que ele animasse.
Escolhi um restaurante romântico, intimo. Mas ele passou o tempo calado, distante, quase sem olhar para mim.
Aliás, já andava assim estranho há uns tempos.
A pergunta minha apressou-se a dizer que não era nada comigo, mas não explicou mais nada.
Pelo caminho, de regresso a casa, declarei-lhe o meu grande amor por ele. Acariciei-o. Limitou-se a passar o braço pelo meu ombro, mas continuou calado.
Chegados a casa, atirou-se para cima do sofá e ligou a televisão. Mas o seu olhar estava distante,fitando o vácuo.
Disse-lhe que me ia deitar.
Um quarto de hora depois ele veio para a cama também.
Sempre calado, para minha surpresa, ele correspondeu às minhas caricias e fizemos amor.
Adormeceu logo a seguir sem sequer se aperceber dos meus beijos ternos.
Fartei-me de chorar.
Não tenho dúvidas, ele tem outra. Só não teve ainda coragem de me dar a noticia. Sei que em breve me vai deixar.
«Eusébio» Boneco de cordel das Caldas, com peso de chumbo na ponta do cordel Colecção de arte erótica «a funda São» |
O DIÁRIO DELE
Maldito Diário
Passei a noite toda chateado.
O Sporting perdeu.
O treinador e o presidente já nem se falam.
O sonho do campeonato já lá vai.
Ao menos ainda fiz amor com a minha mulher antes de adormecer.
Mas já nada me alegra. Tenho de mudar de clube...
Rui Felício
Blog Escrito e Lido
25 março 2016
«respostas a perguntas inexistentes (331)» - bagaço amarelo
Um Amor nunca nos faz falta, ao contrário do que se possa pensar. A razão é simples, mas quase ninguém a entende por um motivo ainda mais simples: quase ninguém sabe Amar porque quase ninguém sabe sonhar.
Nenhum Amor nasce para colmatar uma falta, porque o Amor é muito maior do que a própria vida. Na vida, ou vivemos e está tudo como há-de ir, ou vivemos e Amamos e está tudo como num sonho.
Nunca nos apaixonamos para que o nosso dia-a-dia continue o mesmo, mas com um Amor. Apaixonamo-nos para que a vida seja outra e a lógica existencialista se desvaneça um pouco no nosso dia-a-dia. Só quando estamos apaixonados é que nos apercebemos que há qualquer coisa que precede o corpo. Não é a alma, é o Amor.
Quando não estamos apaixonados ou o nosso Amor nos mandou à merda, tornamo-nos existencialistas de novo e olhamos para o nosso corpo como a essência da vida. Não é mau. É o nosso corpo que faz Amor mesmo que não Amemos ninguém. O que não deixa de ser irónico.
É por isso que cada vez que o nosso corpo se envolve com outro podemos acordar de duas maneiras: ou na vida ou depois dum sonho. Se acordamos na vida, na vida estamos. Se estamos num sonho, que acordemos o mais tarde possível.
É isso a que chamamos Amor, até um dia acordarmos. A não ser que não saibamos sonhar.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«Cenas do Facebook» - Ruim
Comecem a marcar as galdérias do vosso bairro com eventos de "vou", "não vou" ou "com interesse" para não se atrapalharem uns aos outros.
Giro é depois ver no feed coisas como "Carlos foi a Tânia recentemente", "Carlos vai hoje a uma Tânia perto de si" e merdas parecidas.
E rimos bisda. Menos a Tânia, claro.
Ruim
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