13 abril 2016
12 abril 2016
Postalinho de Férias - S. Martinho do Porto
Calcorrear as ruas cheias de luz de S. Martinho do Porto abre o apetite e não tive que procurar muito para saber onde ia almoçar...
«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 35
O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.
Página pessoal
no Facebook
no Tumblr
Página pessoal
no Facebook
no Tumblr
Cow-girl
Boneca em resina pintada, com 30 cm de altura.
"Vai um tirinho"... na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
"Vai um tirinho"... na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
11 abril 2016
Eva portuguesa - «Desistir»
Desistir não é opção. Nunca. Jamais. Porque não. Temos que seguir o caminho. Continuar. Qual caminho? O nosso. Aquele que escolhemos. Ou que foi escolhido para nós. Porquê? Porque sim. Por nós. Pelos nossos. Então cai, levanta, sacode a poeira, lambe as feridas e continua de cabeça erguida. Em frente, sempre em frente. Sem olhar para trás. Desistir?... Não!
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
10 abril 2016
Luís Gaspar lê «A Natália – Ode» de autor desconhecido
Cópia dactilografada, de autor desconhecido, atribuível aos surrealistas do grupo do Café Gelo, mais provavelmente a Luiz Pacheco, reclamando da não inclusão da sua obra na “Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica” de autoria de Natália Correia.
Publiquei este poema neste blog, em 15 de Janeiro de 2015. Agora, podem ouvi-lo na voz d'ouro do Luís Gaspar (link no final).
Poesia respeitosíssima
pra que o leitor ou leitora
co’os olhos da alma a leia,
dedicada à Ilustríssima
e Excelentíssima Senhora
Cona Natália Correia.
Quando vi na Portugália
essa grande Selecção
publicada pla Natália,
a vaidade emocionou-me,
seguro de haver razão
para lá ver o meu nome,
ou a minha poesia,
pois em lugares dispersos
já publiquei muitos versos
bem dignos de Antologia!
Afinal nem uma linha,
nem uma nota mesquinha,
a Autora me concedeu!
Eu bem sei que pouco valho,
mas por que é que me esqueceu?
Ó Natália! Que caralho!
Acha acaso que os meus versos
não são bastante perversos,
obscenos e porcalhões,
e só por isso os recusa?
Não falam tanto em colhões
como exige a sua Musa?
– Pois vão ver como versejo,
a Natália e sua malta,
literatos de eleição.
Quero dar-lhes um ensejo
pra repararem a falta
numa 2.ª edição.
Bem sei que os versos que faço
não é co’o desembaraço
da Autora da Antologia,
que das Artes tem o ceptro:
ela de noite e de dia
fá-los finos e pequenos
e fá-los com grande metro.
Fá-los grossos e obscenos,
fá-los líricos e puros
e fá-los que até dá brado!
Fá-los erectos e duros
e fá-los de pé-quebrado.
Fá-los brancos, sem ter rima,
e fá-los muito vermelhos,
muito rubros, escarlates.
Fá-los de baixo pra cima,
fá-los até com pentelhos
e um grande par de tomates!,
que a Autora da Antologia
é mestra em falusofia!
Como eu sou da escola antiga,
se quiserem que lhes diga
qual a minha opinião,
não faço disso mistério:
nem sempre aprovo o critério
que serviu à Selecção.
Mas o crítico David,
com seu fino bisturi,
e talentosa centelha,
já afirmou nos jornais
que as poesias são daqui
(mimar atrás da orelha
ou nas partes genitais).
Natália,
Natália que o Tejo salga,
sabe a espuma, sabe a alga,
sabe mais: – sabe a algália!
Natália, não é chacota,
às vezes lembra Bocage:
quando apanha uma pichota,
como aquela boca age!
Só o que é belo a exalta.
A Poetisa, em maré alta,
nunca conhece declives.
E sans peur et sans reproche!
cinzela como um ourives:
cada poema é um broche!…
Adora qualquer manjar
(com tomates, então, pula!)
é simples, é popular,
ingénua, leve, garrula,
é ouvi-la perguntar:
– deito fora, ou quer que engula?
Com um notável desplante
e grande poder de acção,
leva sempre a sua avante.
Levar é sua ambição
pois tem alma até Almeida!:
leva na boca, na peida,
leva, é claro, na vagina,
leva em qualquer orifício,
e com algum sacrifício
até leva na narina!
Tão requintado é seu vício
que onde este amor goza mais
‘inda é nas fossas nasais!
Se manda a criada ao talho
(outra rima do caralho)
a Natália, casta e pura,
a Deusa da maravilha,
a Poetisa da berguilha,
sempre obtém o que procura:
três doses de rabadilha
e uma dose de fressura.
Ninguém há que a ultrapasse,
é um vate de alta classe:
é Vat 69!
Põe casos de geometria
a quem dela se apaixone:
saber se alguém avalia
o volume do seu cone,
que não será conezia,
pois não há qual mais funcione,
seja de noite ou de dia!
Mas uma coisa consola:
quando passa pelas ruas
sua piedade é sem par:
se lhe pedem uma esmola,
Natália dá sempre duas
ou três, sem desencavar.
Em política é extremista
e acha que é preciso sermos
todos assim sem dilema.
Também no leito esta artista
não é lá de meios termos:
“tudo ou nádega” – é seu lema.
Seria uma grande perda
se ela fosse prá masmorra
por causa de tanta merda.
Não é lá por que discorra:
gosta de apartar prá esquerda
pra sentir melhor a porra!
Tão respeitável senhora
digna do tít’lo “honóris”
é ditosa detentora
dum tão comprido clitóris
que cada vate panasca
que ela enraba fica à rasca,
alguns com o seu rasgão,
que gostam de pôr a nu.
Pois tão Ínclitos varões
‘stão todos na Selecção
(todos, todos não cab’rão,
porque há lá muitos cabrões!)
mas a doer-lhes o cu!
É coisa averiguada:
como a Natália é dotada
de grande ivaginação,
tudo a põe em excitação
(como melhor se diria
em termos de Antologia):
– tudo a enche de tesão!
De ir prá cama tem a ânsia
esta notável vedeta.
Não desdenha uma punheta,
mas fode com elegância:
tem garbo naquela greta!
Quando a Natália se vem,
quando a Natália se esvai,
até grita pela mãe,
até grita pelo pai!
E então a morder a fronha,
etérea Natália sonha
no seu leito, casta e pura,
nuvens fofas de langonha
e alguma esporra à mistura.
Se depois desta poesia
com tanta palavra erótica,
que um suave lirismo doura,
eu não for pra a Antologia,
pela vontade despótica
da ilustre Selectora,
é tão grave represália,
filha de inveja ou intriga,
que outra igual nunca se viu.
E então consinta, Natália,
que à puridade lhe diga: – Vá prá puta que a pariu!»
Autor desconhecido
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
«respostas a perguntas inexistentes (333)» - bagaço amarelo
Uma amiga telefona-me e pergunta-me se eu estou bem. Não sei bem responder, porque apesar de não estar, acabei de ficar assim que vi o nome dela no ecrã do telemóvel. Penso um bocado.
- Sim, estou! - respondo.
"Estar" é o verbo mais importante desta vida, mais importante até do que o verbo "ser". O que nós somos é sempre ultrapassado por aquilo que estamos. É por isso que o que somos é sempre mentira e o que estamos é sempre verdade.
Quando dizemos que alguém é simpático, é porque o conhecemos num momento em que estava simpático. Todos nós, com excepção dos funcionários das casas de fast food (que têm sempre que estar simpáticos ou são despedidos) estamos simpáticos às vezes e antipáticos outras.
É como estar bem ou estar mal. É até como não estar coisa nenhuma.
O Amor e a Amizade também não são aquilo que são, mas sim aquilo que estão. É por isso que dizemos que estamos apaixonados e não que somos apaixonados por alguém. Quando falamos de Amor, foge-nos a boca para a verdade.
O Amor está sempre alguma coisa, mas nunca é nada. Digo-o eu, que estou apaixonado às vezes por quem não me é nada.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Subscrever:
Mensagens (Atom)