11 maio 2016

E assim corro...

E assim corro, em busca não sei bem do quê, como o alquimista que correu o mundo e tinha dentro de si a alquimia.
A alquimia de ver tudo com os seus olhos, e interessam os dos outros?
De que adianta termos suores frios quando alguém liga, quando alguém respira quando não podemos correr para ela?
Adianta.
Sentimos
Procuramos
Sonhamos
Alimentar-nos
De sonhos?
Sim, seja, Sonho, acordo, passa o dia e sonho de novo, a conduzir, a falar, sozinha ou não... Correr sim vale o esforço, de desejar, de desejar ser desejada, de gostar , de amar e guardar, na caixinha do nosso coração o que aqui vai.
Porque a pessoa é linda , da beleza mais estonteante que se conhece, porque não importa o mundo, o mundo nada nos dá, as corridas em busca do nosso sei lá o quê, vale, o suor... Como num treino de Krav Magá...

Do meu mundo

Calor... ias?




10 maio 2016

Let's talk about..

... SEX!


Isto é que é facturar!

"Ausência de orgasmo é muito frequente. Estatísticas americanas: mais de 75% das mulheres apresentam algum tipo de dificuldade em alcançar o orgasmo."

Os portugueses não chegam para as encomendas, lamento.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 38

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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Réplicas eróticas do império romano

Âncora fálica - colar com réplica de amuleto da sorte para marinheiros
Síntese de Príapo - réplica de pendente com amuleto fálico romano feita pelo arqueólogo que encontrou a peça original, François Buet (Paco), que me vendeu estas peças e me mostrou muitas outras.
Ambas as peças são em bronze, obtidas pelo método da cera perdida, com efeito de envelhecimento por aplicação de produtos químicos e por enterramento por um período de pelo menos 2 anos.
Falinho da sorte - réplica de pendente com pequeno amuleto fálico, oferta do Paco.
Um miminho de bolsa de compras - bolsa da loja Mithra, com lacre gravado a cunho e pintado a ouro, com réplica de gravura de casal a praticar sexo, do período romano.
Comprinhas feitas na loja Mithra, em Mérida, para a minha colecção.


















A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

09 maio 2016

Convite do Casimiro de Brito

"Amigos caros,

No próximo sábado será lançado (duas vezes) o meu livro
que escrevi com a poeta espanhola Pura Salceda, que será um livro muito erótico.

É o sétimo livro num género que eu criei em Portugal, um longo poema a duas vozes. E criei esse género com a publicação, em 1969, do livro
(entretanto traduzido em várias línguas) DUAS ÁGUAS, UM RIO que escrevi com o António Ramos Rosa.

O seu lançamento vai ser muito original:
1.- não há apresentação crítica;
2.- explicarei apenas como foi possível fazer um livro desses entre duas pessoas que só se viram uma vez (em Barcelona, na apresentação de um livro semelhante, AMO AGORA, com a cantora de tangos argentina Marina Cedro);
3.- como o livro é composto por 50 poemas de homem e 50 poemas de mulher a apresentação será assim;
- eu leio o primeiro poema e a Pura lê o segundo;
4.- depois há um homem que se levanta não se sabe de onde e lê um poema masculino;
5.- e depois uma mulher que responde com o sequente poema feminino;
6.- para esta leitura múltipla já tenho 12 pessoas.

Os lançamentos são no sábado dia 14
às 16:00 no Centro Galego (a Pura Salceda é galega)
Rua Júlio Andrade, 3

E depois às 22:00 no excelente espaço da
Livraria Ler Devagar (LX.FACTORY, Rua Rodrigues de Faria).

Um grande abraço,

Casimiro"

Framepool - «Earth Porn» (porno do planeta Terra)

Com o pretexto de poupar em emissões de CO2 com viagens à volta do mundo para fazer vídeos da natureza e, assim, ajudar a salvar o meio ambiente, a Framepool publicita o seu banco de vídeos.

Não se deveria pregar partidas com mamas

Crica para veres toda a história
Ups!...


1 página

Eva portuguesa - «Professor minete»

Ainda tenho as pernas a tremer de tanto prazer que tive! Vim-me vezes sem conta na tua boca e cada orgasmo que tu bebias incentivava-te a provocares-me outro... e outro... e outro... 
Perdi a conta às vezes em que bebeste o meu prazer. Foi tão... forte... violento... irreal... 
Nem sabia ser possível ter -se tanto prazer em tão curto espaço de tempo. 
As coisas que tu fazes com a língua, com a boca, com os lábios... meu Deus! Já sinto um arrepio na espinha só de lembrar... 
Lindo,disse-te e foi sentido: tu devias ser professor da arte de fazer um minete. Porque na tua boca, este acto sexual torna-se uma arte! 
Obrigada pelos orgasmos, pelo prazer, pela visita... 
Volta depressa ;)

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Quem peixe procura, peix'acha


08 maio 2016

Luís Gaspar lê «Frémito» de Florbela Espanca


Frémito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doido anseio dos meus braços a abraçar-te,

Olhos buscando os teus olhos por toda a parte,
Sede de beijos, amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e a farte!

E vejo-te tão longe! Sinto a tua alma
Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que me não amas …

E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas …

Florbela Espanca
Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930), batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, é uma conhecida e popular poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotismo, feminilidade e panteísmo.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«coisas que fascinam (190)» - bagaço amarelo

Nunca a vi senão bonita. E eu, sempre feio, fechado num silêncio de quem contempla o mar pela primeira vez. Às vezes via-a a sorrir, outras vezes com ar de quem se zangara com o mundo. E foi assim, nesse segredo, que lhe aprendi as marés.
Uma vez parei na grande escadaria do liceu, entre o formigueiro de alunos que corria para as aulas, porque ela vinha lá, entre todas as formigas. Contornou-me e continuou, até desaparecer na curva de um imenso corredor. Nem sequer olhou para mim e eu, perdido no ruído daquela imensa selva, voltei para trás como um predador falhado.

- Não vai à aula? - Ouvi a voz da contínua atrás de mim.
- Não.
- Tem que ir...
- Dói-me o coração.

Nunca a imaginei senão brilhante. E eu, sempre apagado, à deriva por um estrondo Amor adolescente, percorria sozinho as ruas da cidade na vã esperança de me cruzar com ela. Talvez pudesse acontecer o milagre de a ver deixar cair a carteira e correr atrás dela para, como quem não quer a coisa, devolver-lha num sorriso. Estranho! Nunca aconteceu.
Ninguém sabia disto, para além de um amigo que nunca mais vi e das árvores das ruas que me viam a deambular entre elas para a encontrar a ela. Acho que às vezes me tentavam avisar que não valia a pena, mas eu nunca lhes liguei nenhuma.
Talvez eu seja um dos poucos sortudos deste mundo que encontrou em adulto o grande Amor da adolescência. Serei mesmo, mas a maior sorte foi não o ter encontrado antes. Só isso me permitiu Amá-la com esta história de mar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»