29 junho 2016

«conversa 2165» - bagaço amarelo





Ela - O meu marido está lá fora, no carro, à minha espera.
Eu - Okay, então falamos depois...
Ela - Não, não. Podemos falar agora.
Eu - Para não fazeres o teu marido esperar...
Ela - Eu quero fazê-lo esperar. Há muito tempo que não temos uma discussão.
Eu - Queres ter uma discussão com o teu marido?!
Ela - Só para ver se ele ainda reage a qualquer coisa. Tem andado tão mortinho...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Trair e amar

A MINHA ideia acerca do conceito de trair resulta numa palavra: circunstâncias. Para mim, amar é amar, mesmo que estando num bar/restaurante/saída com amigos/as, se tenha uma queca mágica... O meu amor pode ter essa queca: a música envolve, os amigos chamam-lhe gay se não for lá e a gaja é boa! Muito bem, que dê a queca mas que me ame a mim e que durma comigo. A típica frase: "Se gostasses de mim, não tinha ido para a cama com ela" para mim, é treta. Quem ama cuida, acompanha, apoia, será que a queca daquela noite afetou isto? Se não afetou, eu nem quero saber que a mesma aconteceu... Agora se se trocam números, começam a existir sms que eram de "ninguém", aí sim, malas à porta e adio. Enquanto casada, é esta a minha filosofia, tenho a certeza de que nunca fui traída, mas sempre lhe disse isso. Se ele me liga a dizer que vai ter com X ou Y, por mim tudo bem, só quero que ele esteja bem e feliz e que se sinta mais feliz por chegar e aconchegar-se nos meus braços. Isto sempre foi assim comigo, sempre será. Certas coisas, pura e simplesmente acontecem...

Pink Poison

Cada macaco no seu galho



28 junho 2016

Postalinho da capital

"São Rosas
Repara nesta promiscuidade na Sé de Lisboa..."
Vânia Beliz


Cana de qualidade


Já trabalhei na indústria do bambu e reparei no magnífico acabamento da peça de mobiliário. Cana tailandesa, aposto.



Sharkinho
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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 45

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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«Kama Sutra Dot-to-Dot»

Pequeno livrinho com passatempos para ligar pontos numerados, formando diferentes figuras do Kama Sutra.
Prendinha de Carla Cristo para a minha colecção.












A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

26 junho 2016

Luís Gaspar lê «Vedes, formosa senhora…» de Fernan Rodriguez Calheiros

Português moderno

Vedes, formosa senhora minha,
segurament’ o que farei:
enquanto eu vivo for,
nunca a minha dor vos direi,
pois não me haveis de crer,
ainda que me vejais morrer.
Por que vos hei de eu, senhora minha,
dizer nada do meu mal?
Pois disto sou sabedor,
seguramente, sem qualquer dúvida
pois não me haveis de crer,
ainda que me vejais morrer.
Servir-vos-ei eu, senhora minha,
quant’ eu poder, enquanto viver,
mas, pois de coita sofredor
sou, não vo-lo hei de dizer,
pois não me haveis de crer,
ainda que me vejais morrer.
Pois eu entendo, senhora minha,
quão pouco proveito me vem
de vos dizer quão grande amor
vos tenho, não vou falar disso,
pois não me haveis de crer,
ainda que me vejais morrer

Português antigo

Uedes, fremosa mha senhor,
segurantent’ o que farey:
en tanto com’ eu uyuo for,
nunca uos mha coyta direy,
ca non m’ auedes a creer,
macar me ueiades morrer.
Por que uos ei eu, mha senhor,
a dizer nada do meu mal?
Pois d’ esto sõo sabedor,
segurament’ u nõ iaz al,
que non m’ auedes a creer,
macar me ueiades morrer.
Seruyr-uos-ey eu, mha senhor,
quant’ eu poder, nientre uiuer,
mays, poys de coyta sofredor
sõo, non uo’ l’ ey a dizer,
ca non m’ auedes a creer,
maçar nue ueiades morrer.
Poys eu entendo, mha senhor,
quan pouco proueito me ten
de uos dizer quã grãd’ amor
uos ey, nõ uos falarei en,
ca non m’ auedes a creer,
maçar me ueiades morrer.

Fernan Rodriguez Calheiros
Trovador português, muito provavelmente ativo nas primeiras décadas do século XIII, ou seja, na fase inicial da poesia galego-portuguesa, como a colocação das suas composições nas secções iniciais dos Cancioneiros parece confirmar.
Este poema faz parte do iBook “Coletânea da Poesia Portuguesa – I Vol. Poesia Medieval” disponível no iTunes.
Transcrição do Português antigo para o moderno de Deana Barroqueiro.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«conversa 2164» - bagaço amarelo




Ela - Sabes... às vezes olho para trás e tenho pena de nunca me ter apaixonado por ti.
Eu - Apaixonaste-te por outros. Isso não se controla.
Ela - Pois... mas tenho a sensação que...
Eu - Que quê?!
Ela - Que sempre me meti com homens demasiado inteligentes.
Eu - Estás a chamar-me burro?
Ela - Não. Não sei bem explicar...


bagaço amarelo
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