24 julho 2016

«respostas a perguntas inexistentes (345)» - bagaço amarelo

que o Amor não me engane

Um homem e uma mulher nunca se Amam de verdade. Podem ter os dois uma enorme vontade de fingir que sim e, nesse caso, fazem um esforço que pode durar uma vida inteira. O fim desse esforço é o fim do Amor ou, em casos de perseverança, o fim da vida é que é o fim do Amor. De qualquer forma, o Amor exige sempre esse esforço.
Ainda assim, um homem e uma mulher podem Amar-se em mentira. Não faz mal nenhum esforçarmo-nos quando Amamos alguém em mentira, para que tudo pareça verdade. O que temos que aprender é a não deixar que o Amor nos minta a nós, para sermos nós a mentirmos-lhe a ele. É que quando ele nos bate à porta pela primeira vez, tudo parece fácil. Algum tempo depois é que ele nos diz que não é bem assim.
Quando eu e ela discutíamos, eu optava sempre por me calar. Um dia ela disse-me, num tom acusatório, que eu nem sequer tinha opinião sobre as coisas. A minha mentira era essa, mas eu preferia o silêncio à verdade.
Acho que no dia em que a vi partir, deixei-a ir tão facilmente por a saber tão verdadeira que nem sabia fingir que o nosso Amor era verdade.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI do desejo tatuado na pele


Maitena - Condição feminina 37



23 julho 2016

Spencer Tunick - «Ring» (anel) - Festival de Ópera de Munique 2012


Spencer Tunick's RING - Munich Opera Festival 2012 from Bureau Mirko Borsche on Vimeo.

Foi bom ou foi uma merda?


Gostava de fazer uma lobotomia para extrair a memória da queca que acabei de dar. Mas enfim. Tudo vale a pena quando a pila não é pequena.

Patife
@FF_Patife no Twitter

Dançarina de cabaré com elfo a espreitar

Prato em bronze do início do século XX, proveniente de França para a minha colecção.














A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Um sábado qualquer... - «Deus controlando o nosso destino»



Um sábado qualquer...

21 julho 2016

«Think pink» (pensa cor de rosa)


Think Pink from LeoBurnettBrussels on Vimeo.

"Simone, por que você faz isso?" - Cláudia de Marchi

- Simone, por que você faz isso?
- “Isso” o que?
- Sei lá, é acompanhante, faz sexo por dinheiro?
- Ah! Porque eu sempre gostei de sexo e faço por prazer. Porque nunca descontentei nenhum homem na cama e nem precisei fingir pra agradá-los. Porque a vida longe do sexo é injusta! Porque você se dedica a seu trabalho e é passada para trás e, ainda, não é valorizada como merece, porque a sociedade é machista, mas é no ato de pagar por sexo que o homem demonstra a sua humildade. E, porque a gente tem na vida o valor que a gente se dá e eu me valorizo muito. Não há nada de errado em fazer sexo por dinheiro, meu caro! Errado é manter casamento pra não dividir bens, é dizer para o marido que vai trabalhar em seu consultório à noite para transar com o segurança da agência bancária, errado é dizer que ama pra ganhar presentes caros, errado é ser infiel e desleal, errado é fazer faculdade pra ficar de olho no coleguinha filho de fazendeiro, terminar casando, “aposentando” os sonhos e o diploma pra obedecer a homem machista, transar sem sentir prazer, levar chifre e aguentar tudo calada, porque precisa da conta bancária do marido pra “viver bem”!
- Nossa! Mas, Simone, seu nome não é inspirado na feminista Simone de Beauvoir? Enfim, você não é feminista?
- Ora, sou sim! Mas, e daí? Amigo, você sabe com quantos idiotas eu namorei? Sim, namorei, porque até decidir mudar de vida eu transava com os caras e em seguida namorávamos. Ah, por favor! Eu me valorizo tanto que resolvi colocar preço no que faço de excelente para não correr o risco de me envolver afetivamente com homem babaca! Enfim, baby, não me menospreze, porque seus pecados são diferentes dos meus! Eu amo escrever, ler, estudar e também amo transar! Ah, eu sou é muito feliz! E, nessa profissão, tudo depende de mim! Não preciso puxar saco de colega escroto para ser mantida num cargo, não preciso tolerar instituição de ensino superior particular que trata aluno como objeto! Aqui sou só eu e o meu prazer! Aqui, ninguém me “passa a perna” no sentido ruim, só no bom! E eu tenho prazer na medida em que dou.
- Ah, e você não acha que está cobrando caro já que é nova no ramo?
- Claro que não! Eu sei o meu valor e sei, principalmente, que não tenho só bons orgasmos para oferecer! Eu tenho cultura, história, assunto e alegria, além de depravação pra vender, não pra oferecer, queridinho! Afinal, não esqueça: eu não faço nada gratuitamente! E sim, sou feminista e sou independente! Se você não entende “como isso pode”, o burro é você!
Simone Steffani
Brasília/DF, fevereiro de 2016

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!