19 agosto 2016

«Gostosinho» - Rubros Versos


Tiago Silva

«Eu prefáci-o» - Ruim

«Ama-te» por Gustavo Santos

Prefácio por Ruim

Foi com enorme agrado que acedi ao convite do Gustavo para escrever este prefácio. De facto, amar-me é algo que pratico com muito afinco desde os 13 e até hoje não parei. Aliás, eu estou neste momento a amar-me. Porque amar é um processo contínuo. Ama e serás amado. O que dizer do Gustavo que já não tenha sido dito em alguma secção de comentários de uma foto do Cifras? Pouco, mas foi por isso que o Gustavo me chamou. Não é coincidência o declínio do Chakall mais aquele cão sarnento que ele chama como se tivesse rolhas na boca e o facto que o Gustavo aparece agora vestido com a roupa deste último em plena praia da Cruz Quebrada. Gustavo entra agora numa nova fase de amar. Ele Alá-ama-se. Para quem criticou a leviandade com que o humor tratou a religião islâmica há algum tempo, é no mínimo curioso que envergue vestes alusivas ao mesmo universo mágico, para promover um livro com 120 textos que podes encontrar em qualquer site . com.br como se isso não fosse mais ofensivo ainda (Alá odeia-te, Gustavo. Mas tu podes ser o Maomérdas, o seu profeta). Mas eu vou amar e não odiar. Amar-me muito. E vou amar-me tanto, que irei jorrar o fruto do meu amor por mim mesmo para cima das páginas do livro do Gustavo para tentar duas coisas com isso : dar algum sentido intelectual ao mesmo, para além do que é atingível por donas de casa mal fodidas e também colar as páginas todas para que ninguém mais leia aquela merda.
Nem este prefácio.
Por isso é que o estou a escrever aqui.

Ruim
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«Sê um homem» - Shut up, Cláudia!




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18 agosto 2016

O erotismo no Palácio Nacional de Mafra

Ai pensas que no Palácio Nacional de Mafra é tudo muito casto e pudico?
Então segue a minha visita guiada:

Começa logo na entrada da basílica, com a Santa Teresa de Ávila a treinar para o seu êxtase, deliciosamente esculpido para a posteridade por Bernini.


No tecto de um dos salões, os frescos são... bem frescos...





... nem faltando sequer um sátiro escondido no mato...


... e, noutro salão, um fresco em «trompe l'oeil» com uma enorme carga erótica.


Outro fresco no tecto de outro salão.


Na sala de jogos, este jogo em especial atrai a atenção...


... pelas figuras humanas de pernas abertas. Alguém sabe que jogo é este?


Num outro salão, estava uma exposição de arte moderna da qual destaco - sabe-se lá porquê - este quadro de Julião Sarmento:



«Texto feminista dos tempos "idos" da advocacia...» - Cláudia de Marchi

Vocês acham que quando a gente fala em feminismo estamos levantando uma campanha de castração de homens? Que a gente vai alforriar a depiladora, a cabeleireira, os cosméticos, o salto alto, a gilete ou a manicure? Que por falar em descriminalizar o aborto a gente vai parar de usar métodos contraceptivos pra começar a engravidar e abortar, afinal, com toda certeza, aborto deve ser melhor do que orgasmo e chocolate, não é mesmo? Delícia! Vocês acham que a gente quer obrigar você mulher que fica em casa a sair trabalhar fora ou que a gente está ofendendo o seu ser “do lar”?
Caraca, guria, você pode ser puta, Amélia, perua, galinha, vaca, serpente e o bicho que quiser! O que a gente quer é liberdade pra você não ser julgada, não ser a apedrejada de todas as vezes. Vocês acham que a gente tá aplaudindo de pé os 30% a mais que os homens ganham para fazer o mesmo que nós em nossas respectivas profissões e, ainda brincando toscamente: “É feminista, então paga/divide a conta.”. Ora essa! Paga você com seus 30% a mais, porque ser feminista nos dá o direito de gastar no que bem entendemos e ser mulher não é barato! Portanto, ao invés de vir com a piadinha da conta do restaurante ou do motel, vai morrer na guerra, já que isso é coisa de macho não é?! Vocês acham que quando a gente fala em feminismo a gente está dizendo que “odeia” homem, pênis e tudo o mais que a natureza lhes deu? Cara, homens são necessários pra nós, principalmente quando somos hetero, afinal nem só de língua e dedo se faz uma boa transa! O que a gente não gosta é de homem fascista, homem burro, que não lê, baba ovo de patrão, daqueles que usam a frase “vai pra Cuba”, a gente não curte homem que manda a mulher lavar a louça, que tem nojo e incompetência até pra fazer um sexo oral decente na mulher, (mas adora falar do alistamento militar e da gororoba que o exercito lhes servia)! Esse tipinho que acha que de dentro da vagina da criatura vai sair um monstro e engolir eles lá pra dentro, tamanha a incompetência e o medo do cabra! A gente gosta de homem e só queremos do mundo o respeito que eles tem, não porque somos “delicadas”, “maternais” ou “meigas” (aliás, quem disse que a gente é isso aí galera?), mas porque somos humanas e só por isso merecemos respeito! Queremos que o nosso “não” seja interpretado como “não”, que nossas roupas, curtas ou longas, chamem a atenção se for o caso, mas não sejam um convite à cantada escrota e nem desculpa pra estupro de vulnerável. Queremos poder beber o quanto quisermos sem sermos molestadas por macho broxa que precisa pegar a mina bêbada, porque sóbria ela fugiria dele e se recordaria que o “pintinho amarelinho” do coitado não cabe nem na “mão”. Queremos liberdade para não termos medo de ir a pé até um ponto de táxi sozinhas à noite. Entenderam? A gente não quer o mal de ninguém! A gente quer é respeito, meu amor! Respeito, pai do amor ao próximo, aquele que Cristo falou há milhões de anos e vocês, que andam com a bíblia embaixo do braço e postam versículo todos os dias na internet, ainda não conseguiram compreender, porque respeitar o igual é fácil, o diferente não. Daí jogam pedra na Geni, jogam pedra no cotista, jogam pedra no umbandista, jogam pedra no ateu, jogam pedra no socialista e segue esse baile hipócrita de apedrejamento em que só “vocês” são “justos”. Sim, sim, eu manjo dessas “nóias” de vocês que entenderam o “amar ao semelhante” no sentido literal: só amam o seu reflexo, o seu igual. Realmente, a falta de interpretação de texto e o analfabetismo funcional não é uma celeuma atual!

Crônica de Simone Steffani quando exercia sua profissão de formação (Direito)

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

O dragão e o casal

Pequena medalha com figuras em relevo nas duas faces: um dragão e um casal a fazer sexo.
Um trabalho original de Pierre Leroux, que ofereceu para a minha colecção.





A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Vamos banguear?» - Adão Iturrusgarai


17 agosto 2016

Postalinho de Lalim

"Pelourinho no centro da povoação de Lalim.
Esta malta da região de Lamego é danada para a brincadeira!
O gajo que vai a passar, na segunda foto, também é danadinho..."
Paulo M.



«tolices» - bagaço amarelo

Está ali um rapaz a brincar sozinho. Deve ter uns seis ou sete anos de idade e só ele entende o que está a fazer. Tem um pau partido numa mão e uma pedra suja na outra, com que vai fazendo fricção como se fosse possível fazer fogo assim. Ri-se. É tolo. O avô, que o olha a cerca de dez metros de distância, sentado num banco do jardim, também o acha tolo. Também se ri, embora menos.
O meu avô também me vigiava assim, a alguns metros de distância e sentado num banco de jardim enquanto eu brincava de forma tola. Não me lembro de o ouvir a chamar-me tolo ou a censurar de alguma forma as minhas brincadeiras, a não ser uma vez quando decidi trepar um dos pilares do coreto do parque. Tarde demais. Rasguei as calças e abri um ferida enorme no joelho. Chorei baba e ranho. Ele comprou-me rebuçados para acalmar a minha dor.
Tenho saudades dos passeios que dava com o meu avô no jardim em Aveiro e o facto de estar num jardim em Sófia não atenua essa saudade. Pelo contrário, aumenta-a. E, no entanto, os nossos passeios eram só isso. Eu a fazer tolices e ele a guardar-me como um pastor guarda o gado, para que ninguém o roube nem lhe faça mal.
As crianças são tolas e deve ser disso que eu mais tenho saudades. De ser uma criança tola. A maior tolice das crianças é acreditarem que o mundo vai ser sempre assim, com elas a brincarem num parque com um avô a vigiar, como se uma pessoa com noventa anos de idade pudesse ficar ali mais cem anos a olhar para elas.
É uma tolice inteligente, esta das crianças. Nunca mais somos tolos assim durante a vida. A não ser, talvez, no Amor. Quando nos apaixonamos também acreditamos que vai ser sempre assim, connosco a fazer tolices enquanto nos vigiamos mutuamente. Como se um Amor com dez anos pudesse ficar ali mais cem.
Não pode, mas por um Amor vale sempre a pena voltar a ser criança. E então ouço o rapaz a chorar e o avô a dizer-lhe qualquer coisa. Deve ter caído e aleijou-se. Espero que aquele velho com um ar gentil, que agora o ajuda a levantar-se, lhe compre um doce qualquer para lhe acalmar a dor. Afinal de contas, o miúdo não pode fazer ideia onde é que vai estar daqui a quarenta anos, quando tiver saudades deste momento.
Não faço a mínima ideia quando é que o Amor me passou a perna, mas sei que foi sempre uma mulher que me ajudou a levantar, a oferecer-me um doce e a fazer-me acreditar que o Amor e a vida são tão imutáveis quanto a nossa infância. É uma tolice, mas é uma tolice inteligente. Deixá-lo.
O avô e a criança desaparecem numa curva do jardim. Alivia-me o facto de perceber que o choro do menor já passou. Faltam cerca de vinte minutos para me encontrar com uma mulher que conheci ontem num bar. Tinha um copo de gin numa mão e uma garrafa de água tónica na outra. Só as mulheres é que bebem coisas assim, tão complexas que precisam de duas mãos. Foi o que eu lhe disse enquanto pedia uma cerveja junto a ela, num balcão deserto. Estava sozinha, ficámos a falar toda a noite. Perguntou-me do que é que eu tinha mais saudades em Portugal e eu respondi-lhe que era dos passeios no jardim com o meu avô. Convidou-me para vir aqui hoje, a um sítio parecido onde se passam coisas também parecidas. E eu vim. Estou à espera dela. É uma tolice, mas é uma tolice inteligente.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Sabores

Imagem da Pink sem permissão para qualquer tipo de partilha
Hoje o teu beijo vai saber a ti.
Hoje a tua língua vai ser caxemira.
Hoje o nosso suor vai ser canela.
Os nossos beijos vão ser brisas quentes, o roçar dos nossos corpos, cheiro a terra molhada.
O som do nosso amor será um arfar que lembra magnólia. Os teus ombros vão saber a papaya doce e no fim, o nosso sabor, o nosso cheiro, valerá tudo...

Do meu mundo

Vícios da adolescência


16 agosto 2016

Cross - «Death Rattle»


Cross - Death Rattle from Cross on Vimeo.

Parece fácil... e devia sê-lo!

Não sendo um alcoólico de facto, tenho um percurso nessa matéria que garante ser sempre possível entender a expressão "não quero".

Da mesma forma, mesmo com os copos, não acredito na viabilidade de ter sexo com alguém sem estar em condições de o dizer.


Sharkinho
@sharkinho no Twitter