22 agosto 2016

Eva portuguesa - «O meu corpo pede o teu»

O meu corpo pede o teu. O teu procura o meu. 
A espera é o desencontro que provoca o aumento do desejo e a antecipação do gozo. Cheiros, toques, gemidos que irão dançar juntos a melodia do prazer. Entre o suor do calor e da acção, e o som discreto da ventoinha, brilhará o reconhecimento de dois corpos que se querem. Que se procuravam e finalmente se encontraram... 
O meu corpo pede o teu. E o teu? Procura o meu?

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

O espelho



Autor anónimo

Via mon ami Bernard Perroud

21 agosto 2016

Luís Gaspar lê «Ouve» de António Botto

Ouve, meu anjo:
Se eu beijasse a tua pele?
Se eu beijasse a tua boca
Onde a saliva é mel?

Tentou, severo, afastar-se
Num sorriso desdenhoso;
Mas ai!,
A carne do assassino
É como a do virtuoso.

Numa atitude elegante,
Misteriosa, gentil,
Deu-me o seu corpo doirado
Que eu beijei quase febril.

Na vidraça da janela,
A chuva, leve, tinia…

Ele apertou-me cerrando
Os olhos para sonhar –
E eu lentamente morria
Como um perfume no ar!

António Botto
António Tomás Botto (Concavada, Abrantes, 17 de Agosto de 1897 — Rio de Janeiro, 16 de Março de 1959) foi um poeta português. A sua obra mais conhecida, e também a mais polémica, é o livro de poesia "Canções" que, pelo seu carácter abertamente homossexual, causou grande agitação nos meios religiosamente conservadores da época.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«pensamentos catatónicos (348)» - bagaço amarelo

Caminho por Sófia. A cidade conta-me histórias do futuro. De quem, em nome dele, abdicou do presente e pôs a vista num ponto distante lá mais à frente, que ainda não se via muito bem, à espera de o poder tocar. Mas o futuro nunca se toca. Quando lá chegamos, já ele nos enganou e se transformou no presente.
É o presente que tocamos, porra. No Amor também, na luz que entra pelas frinchas da persiana e se deita com a mesma mulher que eu, lhe segreda o mesmo silêncio e agradece o momento. É o presente que nos pode abraçar. O passado é da saudade e o futuro é da solidão, esse ponto lá à frente continuamente desfocado.
Cruzo-me com um homem que o sabe, mas engole a sabedoria toda num estranho olhar silencioso. É o presente mesmo à frente dele e ele nunca o tinha visto. É o Amor, pá! Que não se pode adiar.



fotografia do blogue fotográfico Love You Sófia

bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI do Quatro


Maitena - Condição feminina 41




20 agosto 2016

Postalinho de Moinhos Velhos do Vouga

"Rocha cabeçuda tocada por uma língua... ou animal..."
Paulo M.



Até parece brochedo!


Ela estava sentada a ler uma brochura que é coisa que não se deve fazer em público.Toda a gente sabe. Vem nos manuais de decoro da brochice.

Patife
@FF_Patife no Twitter

«Ele dizia que tinha o melhor pai do mundo!» - por Rui Felício

Chibatas com extremidade em
cabedal com forma de pénis
Cha Cha Cha
Colecção de arte erótica «a funda São»





Tenho um amigo de Coimbra que, quando era rapaz, descobriu que era masoquista.
Andava sempre a procurar zaragatas com o fito de obter prazer quando lhe batiam.
O pai dele tinha um desgosto enorme por esta perversão do filho.
Por causa disso e porque ele não ganhava emenda, castigava-o todos os dias.
Dava-lhe cada tareia…

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Um sábado qualquer... - «As Deusas do Buteco!»



Um sábado qualquer...

19 agosto 2016

«Kanamara Festival» - Festival da Fertilidade em Kawasaki (Japão)

«Gostosinho» - Rubros Versos


Tiago Silva

«Eu prefáci-o» - Ruim

«Ama-te» por Gustavo Santos

Prefácio por Ruim

Foi com enorme agrado que acedi ao convite do Gustavo para escrever este prefácio. De facto, amar-me é algo que pratico com muito afinco desde os 13 e até hoje não parei. Aliás, eu estou neste momento a amar-me. Porque amar é um processo contínuo. Ama e serás amado. O que dizer do Gustavo que já não tenha sido dito em alguma secção de comentários de uma foto do Cifras? Pouco, mas foi por isso que o Gustavo me chamou. Não é coincidência o declínio do Chakall mais aquele cão sarnento que ele chama como se tivesse rolhas na boca e o facto que o Gustavo aparece agora vestido com a roupa deste último em plena praia da Cruz Quebrada. Gustavo entra agora numa nova fase de amar. Ele Alá-ama-se. Para quem criticou a leviandade com que o humor tratou a religião islâmica há algum tempo, é no mínimo curioso que envergue vestes alusivas ao mesmo universo mágico, para promover um livro com 120 textos que podes encontrar em qualquer site . com.br como se isso não fosse mais ofensivo ainda (Alá odeia-te, Gustavo. Mas tu podes ser o Maomérdas, o seu profeta). Mas eu vou amar e não odiar. Amar-me muito. E vou amar-me tanto, que irei jorrar o fruto do meu amor por mim mesmo para cima das páginas do livro do Gustavo para tentar duas coisas com isso : dar algum sentido intelectual ao mesmo, para além do que é atingível por donas de casa mal fodidas e também colar as páginas todas para que ninguém mais leia aquela merda.
Nem este prefácio.
Por isso é que o estou a escrever aqui.

Ruim
no facebook