04 outubro 2016

Korreia Sutra

Correia de viola em couro gravado e pintado à mão, com uma sequência de imagens de homens e mulheres em várias posições sexuais.
Se a internet tivesse cheiro, neste momento sentir-se-ia um intenso odor a cabedal.
É uma belíssima obra de arte. Uma maravilha na minha colecção.




















A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

02 outubro 2016

Luís Gaspar lê «Curtas» de David Mourão-Ferreira

Quem foi que à tua pele conferiu esse papel
de mais que tua pele ser a pele da minha pele?

Cintilação de luas

assim que te desnudas

às escuras

Diante do teu ventre
como não dizer “sempre”

novamente.

Ó lâmina e bainha

de outra espada ainda

Tua língua

Ruge. Reprende. Arrasa
Desde que sempre o faças

com as asas

Vem dos arcanos de outro tempo
ou dos anéis de outra galáxia
esta espessura transparente
que só na cama as almas ganham.

David Mourão-Ferreira
David de Jesus Mourão-Ferreira (24 de Fevereiro de 1927 — 16 de Junho de 1996) foi um escritor e poeta lisboeta licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951, onde mais tarde, em 1957, foi professor, tendo-se destacado como um dos grandes poetas contemporâneos do Século XX.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«respostas a perguntas inexistentes (349)» - bagaço amarelo

Uma incerteza certa

Com a vida, aprendemos que o Amor é a certeza mais incerta. Sempre que vivemos um Amor, temos a certeza que ele é tão forte que nunca vai falhar. Até ao dia em que falha, claro.
Podemos repetir a experiência uma, duas, dez ou vinte vezes que não interessa. Sempre que nos apaixonamos e somos correspondidos, o Amor enche-nos a alma de certezas e, mesmo que a nossa História nos diga que o Amor é incerto, não acreditamos. O Amor cega-nos para o podermos ver um bocadinho melhor. Deixamos de ver o que pode correr mal para ver apenas o que pode correr bem. Não podia ser de outra maneira. Se duvidamos do Amor, então é porque não é Amor o que vivemos. Nalguns casos mais intensos, podemos também aprender que o Amor é a incerteza mais certa. Se por acaso vivemos um Amor forte, mas com base na incerteza, podemos ter a certeza que mesmo quando tudo falhar continuaremos a Amar.
E da incerteza da minha vida é a única certeza que tenho.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

A polpa da tua boca



Maitena - Condição feminina 47



01 outubro 2016

«Girls of paradise» (raparigas do paraíso)

Campanha francesa pela penalização dos clientes da prostituição.
Parte de algumas premissas falaciosas ao fazerem generalizações, como dizer que "ser prostituta, hoje em dia, significa ser vítima de extrema violência".

Acontece...


«A força do amor» - por Rui Felício

«O fauno e a flora»
Laurent, tinta da china sobre papel, 2010
Colecção de arte erótica «a funda São»



Mil vezes a olhei, indiferente
Muitas outras a pisei, inconsciente.
Aquela lisa laje de granito
Estática, fria, estéril
Transformou-se em fecundo útero.
Rachou, alargou e permitiu
Que brotasse das entranhas
A bela, frágil e perfumada flor
Germinada pela inusitada força
Das suaves gotas do amor.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

É no que dá viver num apartamento


A pinada que dei ontem à noite foi tão intensa e selvagem que até os vizinhos fumaram um cigarro no fim.

Patife
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