22 dezembro 2016

«Passar os limites» - por Rui Felício

«Borracha com desenho de mulher»
José Guimarães
Colecção de arte erótica «a funda São»
Primeiro a boca, os dedos, depois os pés, as mãos, as pernas, os braços, o pescoço,o peito...
Helena deixou escorrer pelo corpo, o amor que experimentava pela primeira vez.
Imaginou-se envolta pelo mar, comparou os arrepios aos salpicos das ondas, os odores ao cheiro a maresia, a incompreensão das sensações à imensidão do oceano...
Até que, num súbito desejo, mergulhou! Morreu afogada pouco depois. A Helena não sabia nadar...
Rui Felicio

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Os abstinentes



HenriCartoon

«Orgasmo taxado» - Adão Iturrusgarai


21 dezembro 2016

Assédio nas ruas comentado pelos filhos das mulheres assediadas

«respostas a perguntas inexistentes (356)» - bagaço amarelo

Dos Amores às Escondidas

Se calhar todos nós Amamos às escondidas, como eu. Se for verdade, já todos vivemos algumas centenas de Amores diferentes, ou até milhares, mesmo que só tenhamos tido um Amor Mesmo na vida.
Os Amores às escondidas podem ou não ser recíprocos. Nunca sabemos, precisamente porque são escondidos. Quando, por acaso, passamos a saber que somos correspondidos, então deixa de ser um Amor às escondidas para passar a ser um Amor Mesmo.
Apaixono-me muitas vezes durante cinco minutos pela empregada do café, pela do quiosque onde compro o jornal, pela que se cruza comigo quando vou pôr o lixo lá fora ou pela que me atende na farmácia. Elas não sabem, claro. Nunca lhes disse. Afinal de contas, quando não as estou a ver não me sinto apaixonado. É apenas quando estão perto de mim, o que dá ao Amor uma explicação: a presença.
Há muitos Amores que nascem de Amores às escondidas. Já me aconteceu. O problema do Amor Mesmo é que a explicação desaparece. A presença deixa de ser um motivo para Amar e passamos a Amar sempre, mesmo quando estamos sozinhos em casa, apenas porque sim.
É por isso que quando um Amor Mesmo de alguém está a correr menos bem, não vale a pena aconselhá-lo a deixar de Amar. Se não há motivo nenhum para Amar Mesmo, também não há nenhum para deixar de o fazer. Os Amores Mesmo nunca morrem duma só vez, como os Amores às escondidas. Com o tempo, vão-se fortalecendo ou enfraquecendo. Quando um Amor Mesmo se fortaleceu muito, demora bastante para desaparecer.
Ainda assim, há um conselho que se calhar todos podem seguir quando o seu Amor Mesmo parece doente. Vivam muitos Amores às escondidas. Eu hoje, por exemplo, tenho seis encontros marcados com Amores desses. Eles é que não sabem. Nem vão saber.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Rasgada

Corremos pelas nossas memórias ou saltamos por cima das mesmas e aproveitamos o que estamos a viver? Parece uma máxima mas não é, demasiadas circunstâncias da vida permitem-nos falar assim.
Saltas comigo?  Estamos acima das nuvens, acima dos pensamentos lógicos e eu estou no meu palco enquanto tu me absorves de uma forma quase gulosa mas tem calmam que cada momento tem o seu sabor: a carne quente, rasgas-me a carne, partes-me o desejo ao meio e entras por mim adentro sabendo que eu o quero.
Como te atreves tu a entrar no meu palco? Os deuses irão cobrar-te tal tratamento de deusa cor-de-rosa, vou dizer-lhes que foi à altura.

De ti, minha miragem no meio do deserto, quero apenas isto: simplicidade na agressividade, suor na calma e força nas tuas fraquezas expostas. A carne nunca é fraca, apenas pode ser rasgada.

Já me rasgaram.

Postalinho da vela-supositório

"Numa festa de Natal, por que motivo a decoração da minha mesa era esta?!"
São Rosas


20 dezembro 2016

HELIX - «Gimme Gimme Good Lovin'» 1984

Maravilha da terra de Pablo Neruda


"Daniella Chávez é a chilena mais seguida nas redes sociais"

E a gravura comprova que é devido à sua inteligência fora do comum e assim.



Sharkinho
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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 69

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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Marion, mais uma das mulheres de Milo Manara

Estatueta com personagem de Milo Manara, dentro do seu blister original.
Milo Manara tinha necessariamente que fazer parte da minha colecção. E faz, com vários livros e outros objectos.








A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

19 dezembro 2016

«Condom famous» (célebre por um preservativo)

Concurso de design para criar o preservativo oficial de Toronto (Canadá).
O que pode acontecer a quem ganhar este concurso, promovido pela Toronto Public Health?

Os classificados dos jornais como fonte de inspiração

Que os anúncios dos classificados dos jornais, especificamente os da secção de "Convívio", constituem um manancial de adjectivos e uma larga enumeração de capacidades e descrições morfológicas sobretudo femininas, já sabíamos. 

Quem diria no entanto que esses rectângulos criadores de fantasias libidinosas poderiam também ser fonte de inspiração artística? Pois, foi precisamente isso que aconteceu quando Rosário Pinheiro, uma jovem designer e ilustradora de Viseu, resolveu explorar as páginas de comércio de carinho do «Diário de Viseu» para aí se inspirar e, em seguida, produzir várias ilustrações que depois foram o mote para uma exposição. 

Nessas ilustrações, imaginou a autora ou o autor dos diferentes anúncios com base na descrição de cada anúncio. O resultado pode ser visto aqui, no álbum deste projecto intitulado "Merry Whores".