26 dezembro 2016

Homens, fiquem abananados! (1/3)

«respostas a perguntas inexistentes (357)» - bagaço amarelo

Do que me lembro é de gostares de mim. De me dares a mão num cruzamento onde o cheiro de flores se confundia com o de gasolina queimada e me dizeres que, talvez por isso, uma borboleta branca tivesse optado pelo alcatrão em vez das plantas que rareavam as margens. Sempre gostei que gostasses de mim em sítios inóspitos. O teu conforto fazia-me rir do desconforto da cidade.
E eu segurava-te também a mão, não fosses tu querer fugir e deixar-me ali. Uma borboleta numa manhã de Dezembro só podia estar enganada, disse-te. Mais do que isso, só se estivesse a enganar o mundo enganando também o seu próprio tempo. Talvez não lhe apetecesse ceder aos pequenos caprichos da vida e fazer tudo aquilo para que a genética a programou: voar em círculos tortuosos e errantes até morrer.

- Cala-te.

E eu calei-me. Cedi à complexidade neurobiológica que me fazia estar ali, de sorriso estendido numa cidade encolhida, a sentir o suor da tua mão chover na palma da minha. Depois parámos numa montra e tu apontaste para um quadro da cidade, pintado por alguém cujo nome não se reconhecia na assinatura.

- É por isso que te Amo. Vejo uma coisa bonita e tenho com quem partilhar.

E partilhaste. E abracei-te. É do que me lembro.
O Amor nunca foi de fiar. Há uma altura em que nem sequer conseguimos perceber como é que aquilo que é mais simples se torna tão difícil, ou seja, duas pessoas que gostam uma da outra gostarem-se de facto.
Talvez a tristeza de um desAmor vá sendo só isso. Ter os passos mais curtos porque nunca nos apetece chegar onde estamos a ir. Uma pequena mota ruidosa fere de morte o silêncio da manhã e uma interminável fila de cacos de vidro espreita-me de cima do muro de uma das casas da rua. É Dezembro e acabei de ver uma borboleta branca a pousar num poste público de iluminação.
Lembrei-me de ti. É do que me lembro, aliás. De gostares de mim.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«The thin» - João

"Eu não quero ter frigorífico, troco-o por ti, quero ter-te a ti. Eu não quero máquina de lavar, lavo-me em ti, contigo, os dois debaixo da água, eu não quero um palácio, quero-te a ti, eu não quero um carro caro, quero andar a pé contigo, não quero os trópicos, estou bem contigo sentada num murete qualquer da cidade a falar-te baixinho, eu não quero muita coisa, quero só encostar a minha cabeça ao teu peito e ouvir o coração bater, e saberei então que batem os dois ao mesmo ritmo, o mesmo compasso. Nunca te esqueças do que outrora te disse. Nunca te esqueças, porque to proíbo. Irei atrás de ti se te esqueceres, cravar-te-ei a pele se te esqueceres, gritar-te-ei ao ouvido se te esqueceres. Nunca te esqueças, não to autorizo, mesmo que te diga que esqueças, minto-te, minto-me, mesmo que te bata, sinto carícia, dou carícia, mesmo que te vire a cara, morro de desejo por ti. Se me esqueceres, definho, destruo-me. Ninguém me dá mais que tu. Eu não quero mais que isso. Não quero menos que isso. Quero-te a ti. Through thick and thin, e agora, estou segura, é o thin, em que não sinto nada, digo que não sinto nada, vivo como se não sentisse nada, mas sinto tanto, tanto, que o thin é um translúcido que me cobre e mascara. Como sempre fiz."
João
Geografia das Curvas

Portaste-te mal durante o ano?

Crica para veres toda a história
Época da época para todos


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24 dezembro 2016

PornHub - «Noite solitária»

Jingle bells


Ora vamos lá sair à rua para encontrar uma solitária e dar-lhe a noite da consolada. Até lhe meto um presente no pachachinho.

Patife
@FF_Patife no Twitter

«Voyeur» by Ann Summers

Espartilho basco Ann Summers com padrão «Voyeur», de homens e mulheres em posturas sexuais.
Uma delícia no guarda-roupa íntimo... da minha colecção.












A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Conso(l)ada



23 dezembro 2016

Eva portuguesa - «Analfabeto»

Nossa Senhora dos Analfabetos, dai-lhes sabedoria suficiente para reconhecerem as suas limitações! Meu Deus! É muita burrice, arrogância e estupidez juntas! 
Eu conto: recebo um toque de um número (pois, porque mais uma vez tive que bloquear os privados). Começamos logo aí... dá vontade de dizer: toques dão as putas! Ahahahahah. Dou um toque de volta. Recebo uma mensagem desse mesmo número, escrita com tantos erros que até tive dificuldade em perceber que era português. Textualmente, deixo-vos aqui a «prenda»: ~
"So kasadu mas mutu gira . poço te lomber a kona pur 10erus. Vás adurar." 
Eh, pá, quase que fiquei tentada... mas fiquei na dúvida se os 10 € era ele que pagava ou se estava a pedir... Ahahahahah Demais! :-) :-) :-)

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado