14 março 2017

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 81

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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Pénis de punho

Botões de punho em prata de Vivienne Westwood, com bolsa e certificado de autenticidade.
O charme sem cerimónias... na minha colecção.












A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

13 março 2017

Luís Gaspar lê «A um ti que eu inventei» de António Gedeão

Pensar em ti é coisa delicada.
É um diluir de tinta espessa e farta
e o passá-la em finíssima aguada
com um pincel de marta.

Um pesar grãos de nada em mínima balança,
um armar de arames cauteloso e atento,
um proteger a chama contra o vento,
pentear cabelinhos de criança.

Um desembaraçar de linhas de costura,
um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça,
um planar de gaivota como um lábio a sorrir.

Penso em ti com tamanha ternura
como se fosses vidro ou película de loiça
que apenas com o pensar te pudesses partir.

António Gedeão
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (Lisboa, 24 de Novembro de 1906 - Lisboa, 19 de Fevereiro de 1997), português, foi um químico, professor de Físico-Química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes e Liceu Camões, pedagogo, investigador de História da ciência em Portugal, divulgador da ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra Filosofal e Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Promescent - «Lábios de lado»

Postalinho da origem do mundo... dos patos


«Corredor» - João

"O problema é que o dia chegava ao fim mas ela não chegava ao fim com ele. Ficava como uma saudade que não se sacode. Vinha um dia, e depois outro, e por fim se a via, tudo voltava ao lugar, como arrumar caixas nos seus lugares, como sair do ar quente e respirar por fim um ar fresco que devolvia à vida, que dizia que ainda havia salvação, que podia rir de novo, que a pele podia arrepiar-se. E tempos sobre tempos assim mostraram-lhe a verdade das coisas. Era estranho. Era estranho dar por si naquele espaço a pensar na ausência dela, e tão estranho que aquela ausência fosse tão imensa naquele momento e espaço, e afinal uma ínfima parte de todo o tempo e todo o espaço que ainda havia para trilhar. Daquele corredor fechara-se a porta, desligara-se a luz. Sobrava-lhe esperar que assim como lha haviam fechado, um dia a abrissem."
João
Geografia das Curvas

12 março 2017

«respostas a perguntas inexistentes (376)» - bagaço amarelo

A cidade

Vivo nos subúrbios de Sófia, onde os velhos edifícios me lembram as torres de caixotes de papelão que eu fazia quando era criança. Parece que se vão desmoronar a qualquer momento, mas uma força qualquer sobrenatural faz com que se mantenham em pé desde o período em que o país era comunista. O tempo que passou por eles passou também por mim, e revejo as cidades que eu construía na casa dos meus pais nessa infância que teima em não me dizer adeus.
Hoje de manhã, quando saía para o trabalho, cruzei-me com uma vizinha que me sorriu timidamente e me cumprimentou em português. Ensinei-a a dizer "Bom Dia" há alguns meses, mas depois disso nunca mais a vi. Até hoje, claro. Ainda se lembrava da nossa pequena conversa de apresentação e permitiu-me ouvir a minha língua materna logo pela manhã. Respondi-lhe em búlgaro, agradecido.
É claro que podemos ver a cidade como uma série de caixotes amontoados, em esforço para se manterem em pé. Podemos ver-lhe as igrejas, os jardins e o intenso trânsito de automóveis normalmente velhos e ruidosos, mas nunca a conhecemos mesmo enquanto não nos cruzarmos com um vizinho de manhã na escada do nosso prédio. Era essa a maior curiosidade da minha infância: como seriam as pessoas das cidades improvisadas por mim.
O tempo trouxe-me também o Amor de uma mulher. Depois de outra e mais outra. Aprendi, felizmente, pouco sobre essa matéria, mas o suficiente para saber que ele é como uma cidade. O que nunca percebi é se devemos procurá-lo a ele ou se é melhor que ele nos encontre a nós, por acaso, numa esquina e numa hora ao acaso. Falo ainda do Amor, claro.
Às vezes, muitas vezes, sou só eu e a cidade. É com ela que falo sobre isso enquanto caminho só. Os eléctricos mastigam o alcatrão da estrada velha, as pessoas caminham como se fossem formigas assustadas e os automóveis roncam como animais enfurecidos. A minha vizinha afasta-se e diz-me adeus com a mão esquerda, enquanto com a outra segura um saco térmico com o que suponho ser o almoço. Nunca senti falta desta cidade antes de a conhecer. E no Amor?


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Desafio do Soneto Serelepe» - Puro êxtase

"Patricia Kimberly, ganhadora de 5 prêmios do canal Sexy Hot, encarna a Chapeuzinho Vermelho na estreia desta 3ª temporada do canal Puro Êxtase. Nossa estrela faz a leitura do livro “Poesia Vaginal” da editora Hedra, escrito por Glauco Mattoso, mostrando que, assim como o prazer é intenso, a poesia também pode ser quente. Afinal, tem coisa melhor do que ter um orgasmo com 100 sonetos sacanas? Ainda mais quando o lobo mau embaixo da mesa é Miyuki Tachibana, a estrela do quadro novo ”Repórter por 1 dia (com calcinha vibratória)”."

Postalinho das medalhinhas de bom comportamento


Teatro das Caldas

Crica para veres toda a história
O actor e o bispo


1 página

11 março 2017

«Diferença» - Cláudia de Marchi

Parece que as pessoas realmente não compreendem a diferença entre o que eu faço e entre o que uma “puta” comum faz, isso sem tirar o meu mérito de ser puta na cama (sou, sim senhor! Muito, demais!), mas falo de atitude. Eu não abro as pernas pelo dinheiro e “será rápido” não é e nem nunca será um atrativo pra mim. Pelo contrário!
Eu quero gozar, meu bem! Eu não quero só dar prazer. O prazer de um homem, ao menos de um homem com H maiúsculo, depende do prazer da mulher. Se você pensa de forma diferente, porque não buscar outra mulher? Dessas “meninas” que, não por falta de humildade, mas por reconhecimento de notórias diferenças culturais e na forma de pensar, agir, sentir e até de vestir eu não gosto de ser comparada? Muitas igualmente bonitas e que cobram menos que eu?
Saber distinguir a postura de uma mulher da outra é essencial, saber o que significa “cortesã”, “luxo”, “culta”, “não faz pelo dinheiro”, também é essencial!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

«Divórcio» - por Rui Felício

O advogado a quem recorreram para lhes tratar do divórcio ficou a saber que viveram 20 anos de casamento, nunca discutiram, comiam em silêncio, viam TV em silêncio, cada um no seu aparelho de televisão, ela tratava da casa com esmero, ele cumpria as suas obrigações profissionais, não despegavam os olhos dos respectivos smartphones, faziam amor calados...
O antigo Código Civil era omisso quanto ao silêncio como causa de divórcio. Quando foi alterado, passou a bastar o mútuo consentimento para que se concretizasse, permitindo-lhes finalmente separarem-se legalmente. Foi das poucas vezes em que se falaram. Para manifestarem expressamente a sua vontade...

«Johnny Zipper - às suas ordens»
Boneco sado-masoquista em borracha com fecho tipo zipper metálico na boca, numa caixa em formato de jaula.
Cha Cha Cha, Espanha, 2005
Colecção de arte erótica «a funda São»

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Sacana


Há 10 minutos comecei a sacar uma série. Agora já acho que devia era estar na rua a sacar gajas.

Patife
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